O robô Curiosity fez a sua primeira análise do solo marciano. No caso, significou literalmente “comer terra”. Assim que o robô chegou ao local de exame, algumas pedrinhas brilhantes de cerca de um milímetro de largura chamaram a atenção dos cientistas. As imagens em close feitas pela sonda mostraram grãos completamente diferentes dos grãos vermelhos que eles já haviam examinado. Na semana anterior, as câmeras do Curiosity já haviam encontrado algo diferente, que os cientistas concluíram tratar-se de um detrito plástico do próprio robô (isso os deixou bastante paranóicos com a possibilidade de colocarem amostras contaminadas no laboratório da sonda). Depois de examinar bastante, eles chegaram à conclusão que, desta vez, se trata de algo do próprio solo marciano, o que levou a outra questão: por que este material brilha? A primeira hipótese levantada é de que as pedras eram minerais que foram cortados durante sua formação, criando assim superfícies achatadas e brilhantes que refletem a luz do Sol melhor do que a areia marciana típica. A segunda hipótese é de que se trata de um mineral diferente, misturado com a areia comum marciana. A análise de raio-X de um dos instrumentos do Curiosity, junto com as leituras adicionais a laser, devem revelar qual delas (ou se nenhuma) é verdade. Para fazer a análise das pedras, a sonda derrubou uma pazinha de material sobre o sistema de amostragem, para limpá-lo. Uma segunda pazinha também foi usada desta forma para garantir que não havia contaminação. A terceira pazinha foi sacudida pelo sistema, e parte da areia foi desviada para análise na sonda. A análise mineralógica é uma parte importante da missão de dois anos da Curiosity, para determinar se Marte possui os recursos químicos necessários para ser habitável. Outro laboratório a bordo do Curiosity é o “Análise de Superfície de Marte”, ou SAM, que deve receber sua primeira amostra nas próximas semanas. Posteriormente, o Curiosity deve também usar sua furadeira pela primeira vez em uma rocha marciana. Todas estas análises devem demorar algumas semanas, revelando boa parte dos segredos de Glenelg, região onde três formações geologicamente distintas se encontram. Mais perto do fim do ano, a nave Curiosity deve dirigir-se a uma montanha de 5 km de altura, no meio da Cratera Gale, a 10 km de distância.
Créditos: Hypescience
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