A primeira tentativa de rastrear o gás metano em Marte terminou em decepção. Embora possa ser produzido por fontes abióticas, o metano na Terra é produzido primariamente por fontes biológicas. Em 2009, a NASA anunciou com estardalhaço a descoberta de metano em Marte, com medições feitas a partir de telescópios terrestres. Isso gerou grande expectativa pelas medições a serem realizadas pelo robô Curiosity, que levou a bordo equipamentos de última geração para detectar traços de elementos com concentrações tão baixas quanto 1 parte por bilhão (ppb). As simulações indicavam que o instrumento SAM (Sample Analysis at Mars) deveria encontrar metano em concentrações entre 20 ppb e 35 ppb. Mas, depois de fazer e refazer quatro análises de duas amostras, o resultado foi zero. Devido às incertezas nas medições, os cientistas afirmam que os resultados indicam que o metano em Marte "pode existir entre 0 e 5 ppb, com 95% de certeza". Mas mesmo esse limite superior (5 ppb) seria baixo demais para todas as hipóteses levantadas até agora envolvendo vida bacteriana. "O metano claramente não é um gás abundante na região da Cratera Gale, se é que ele existe. Neste ponto da missão nós estávamos muito entusiasmados com a busca por metano," disse o cientista Chris Webster, durante uma conferência promovida pela NASA onde ninguém conseguiu disfarçar o desapontamento. Mas os cientistas da missão afirmam que a questão ainda está em aberto, e que os resultados podem mudar com novas medições e, sobretudo, com o uso de outros equipamentos do Curiosity - o robô possui 10 instrumentos voltados para a busca de sinais de vida microbiana em Marte.
Créditos: Inovação Tecnológica
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