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sábado, 17 de novembro de 2012

O renascimento de uma nebulosa planetária

Essas imagens da nebulosa planetária Abell 30, mostra uma das mais claras imagens já obtida dessa fase especial da evolução desses objetos. A imagem no detalhe à direita, é uma visão detalhada da A30 mostrando os dados de raios-X obtidos pelo Observatório de Raio-X, Chandra da NASA, em roxo e os dados do Telescópio Espacial Hubble, mostrando a emissão óptica dos íons de oxigênio em laranja. Na esquerda está uma visão maior mostrando os dados ópticos e de raios-X obtidos pelo Observatório Nacional de Kitt Peak e pelo XMM-Newton da ESA, respectivamente. Nessa imagem os dados ópticos mostram a emissão do oxigênio, em laranja, do hidrogênio, em verde e azul e dos raios-X em roxo. Uma nebulosa planetária, assim chamada por se parecer com um planeta quando observada por um telescópio pequeno, é formada no estágio final de evolução de uma estrela parecida com o Sol. Após ter produzido energia de forma constante por alguns bilhões de anos através da fusão do hidrogênio em Hélio em sua região central, ou núcleo, a estrela passa por uma série de crises de energia relacionadas com a depleção do hidrogênio e a subsequente contração de seu núcleo. Essas crises culminam na expansão da estrela até que ela se torna uma gigante vermelha. Eventualmente o envelope externo da gigante vermelha é ejetado e se move para longe da estrela numa velocidade de menos de 160.000 quilômetros por hora. A estrela enquanto isso é transformada de uma fria gigante em uma estrela quente e compacta que produz intensa radiação ultravioleta e um vento rápido de partículas movendo-se a aproximadamente 9 milhões de quilômetros por hora. A interação da radiação UV e do vento rápido com o envelope ejetado da gigante vermelha, cria a nebulosa planetária, mostrada pela grande concha esférica na imagem maior. Em casos raros, reações de fusão nuclear na região ao redor do centro da estrela, aquece o envelope extremo da estrela tanto que ela temporariamente se torna uma gigante vermelha novamente. A sequência de eventos, ou seja, ejeção de envelope seguida por um rápido vento estelar, é repetida numa escala muito mais rápida do que antes, e uma nebulosa planetária de pequena escala é criada dentro da original. Olhando por esse lado, é como se a nebulosa planetária renascesse.

Créditos: NASA

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