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domingo, 4 de novembro de 2012

Tempestade em Saturno criou o maior vórtice já visto no Sistema Solar

Não se engane pela aparência calma da superfície de Saturno. O planeta acaba de produzir a maior e mais quente tempestade que se tem notícia nos planetas do Sistema Solar. Quando duas tempestades quentes na camada móvel de nuvens de Saturno se fundiram, elas criaram um turbilhão de formato oval. A tempestade não pode ser vista pelo olho humano, mas foi detectada com a ajuda de ondas infravermelhas. Outro dado que intrigou os cientistas foi um pico de temperatura que liberou toneladas de energia, como um enorme “arroto” planetário. A tempestade chegou a impressionantes 65 ºC, muito mais quente que a temperatura média do planeta, que é de -185 ºC. Estes fenômenos estão relacionados à Grande Tempestade de Primavera que castigou as regiões ao norte de Saturno entre 2010 e 2011. Esta tormenta foi a maior já detectada desde 1903 e foi tão grande que circundou o planeta, até encontrar sua própria cauda. A tempestade foi tida como acabada, mas desde maio do ano passado, os cientistas estiveram de olho em duas outras tempestades nas nuvens de Saturno usando a sonda Cassini da NASA e alguns telescópios na Terra. Normalmente, tempestades assim esfriam depois de um mês, mas acabaram se unindo e produzindo um ciclone gigantesco, que por um breve momento foi maior e mais brilhante até que a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, uma tempestade centenária que castiga a superfície do gigante gasoso vizinho de Saturno e se espalha por uma área tão grande que poderia engolir a Terra inteira. Um terceiro dado torna a tempestade ainda mais peculiar: ela liberou uma grande quantidade de etileno, um gás incolor e inodoro tão raro no planeta que os cientistas esperavam que ele contivesse uma quantidade 100 vezes menor deste gás. Ninguém sabe de onde ele veio. Agora, os astrônomos esperam que a tempestade perca força até desaparecer em 2013, apesar de que os pesquisadores ainda se perguntam se há mais surpresas escondidas no planeta.

Créditos: Jornal Ciência

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