É um fenômeno que já foi descrito por diversas culturas ao longo dos últimos 2.000 anos. Mas, se você perder essa oportunidade, vai ter que esperar até o ano que vem.
O cometa Swift-Tuttle gira em sua órbita ao redor do Sol, igual o nosso planeta, só que em um ângulo diferente. Então, todos os anos a Terra se choca com a órbita desse cometa “e com todos os detritos que ficam para trás”, diz o astrônomo Edward Bloomer, do Museu Real de Greenwich, na Inglaterra.
O entulho cósmico é formado por elementos como gelo, poeira e pedaços de rocha do tamanho de um grão de arroz. Conforme Bloomer, assim que essa massa atinge camadas elevadas da atmosfera, pega foto de uma maneira impressionante, embora algumas vezes não dure mais do que 1 segundo.
A chuva de meteoros Perseidas é bastante observável e em alguns casos já pode ser percebida desde o fim de julho, com seu pico de atividades em meados de agosto. Aliás, ela poderá ser vista a olho nu, por diversas noites consecutivas.
Um pedaço maior pode se desprender do cometa, gerando um efeito ainda mais encantador. “Se você tiver sorte, poderá ver essa bola de fogo estranha, mas espetacular”, comenta Bloomer.
Esse é um efeito considerado como fogos de artifício naturais. A chuva é das mais intensas, tanto que um observador desatento ainda conseguiria encontrar até 100 estrelas cadentes a cada hora.
Por mais que estes meteoros atingem a atmosfera da Terra a uma velocidade de 215 mil km/h, eles não trazem perigo algum. Além disso, esse é um fenômeno que pode ser curtido no mundo inteiro!
Bloomer explica que a chuva de meteoros Perseidas carrega este nome porque as estrelas cadentes parecem vir da constelação de Perseu. Outra curiosidade é que este fenômeno já foi observado por diversas culturas, ao longo da história da humanidade.
Inclusive, a tradição católica conta que são “Lágrimas de São Lourenço”, um dos sete diáconos de Roma, que foram perseguidos por romanos no ano 258. A história conta que o santo foi queimado vivo no dia 10 de agosto, então o folclore mediterrâneo diz que as estrelas cadentes dessa época são faíscas daquele incêndio.
Entretanto, antes dos romanos já havia registros astronômicos envolvendo as chuvas de meteoros, feitos por povos da Pérsia, Babilônia, Egito, Coreia e Japão. Assim, a primeira observação pode ter sido feita na China, no ano 36, onde astrônomos descreveram que “mais de 100 meteoros voaram para lá durante a manhã”.
Créditos: SoCientífica
Nenhum comentário:
Postar um comentário