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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Foguete russo explode e produz toneladas de lixo espacial

Autoridades espaciais estadunidenses confirmaram que o estágio superior de um foguete russo Proton explodiu violentamente, injetando no espaço centenas de fragmentos de lixo que podem colidir com diversos satélites científicos, militares e também com a Estação Espacial Internacional. Até agora, já foram contados pelo menos 500 pedaços do foguete. A explosão aconteceu no dia 16 de outubro e foi provocada por uma falha no propulsor Breeze M, que equipava o foguete russo Proton, de 3 estágios. O foguete foi lançado no dia 6 de agosto e tinha como objetivo colocar em órbita dois satélites de comunicação, Telkon 3 da Indonésia e MD2, da Rússia. Ambos os satélites deveriam ser inseridos em orbita geoestacionária a 36 mil km de altitude, mas uma falha na ignição do terceiro estágio impediu o êxito da missão e o estágio Breeze M permaneceu muito abaixo da altitude programada, repleto com 22 toneladas de hidrazina e tetróxido de nitrogênio, uma mistura hipergólica altamente inflamável que não pode ser colocada em contato. No caso de um foguete Proton, o procedimento padrão em caso de falha ou final da missão é despressurizar os tanques propulsores, tornando-os inertes. Segundo as investigações preliminares, a explosão provavelmente aconteceu devido a uma falha neste procedimento, que inadvertidamente colocou em contato os dois propelentes, ocasionando a explosão. Segundo a tenente-coronel da força aérea americana, Monica Matoush, porta-voz junto ao Pentágono, os militares americanos estão rastreando de perto o lixo espacial produzido na explosão e de acordo com a nota divulgada, pelo menos 500 objetos já foram catalogados. "Acreditamos que esse número deve aumentar à medida em que avançam os trabalhos de análise do campo de fragmentos", disse Matoush. Antes da explosão, o estágio Breeze M estava posicionando em uma orbita elíptica entre 270 km de altura de perigeu e 4.960 km de apogeu, com 49.9 graus de inclinação. Segundo o JSOC (Joint Space Operations Center), órgão militar que mantém vigilância sobre satélites e lixo espacial, até agora não foram detectados fragmentos próximos à Estação Espacial, mas em boletim divulgado diariamente pela Nasa os controladores da missão mencionaram os fragmentos como "não insignificantes". Para rastrear os satélites e lixo espacial o JSOC utiliza um grande arranjo de radares, telescópios óticos e câmeras a bordo de satélites. Juntos, esses equipamentos são capazes de detectar objetos de pelo menos o tamanho de uma bola de tênis. Fragmentos menores, como os gerados por explosões antigas ou do Breeze M não são detectados. A explosão de 16 de outubro é a terceira de uma série de desintegrações ocorridas com estágios do tipo Breeze M após falha de lançamento. Em 2011, uma falha de lançamento manteve em órbita outro estágio desse tipo, que ainda está intacto. Para rastrear o lixo espacial que está em volta da Terra e saber quando os fragmentos poderão reentrar na atmosfera, utilize o Satview.org. Você poderá se surpreender.

Créditos: Apolo 11

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