quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Resultados de sonda que passou de raspão pelo sol deixam cientistas assombrados

Cientistas começaram a divulgar os resultados da missão Parker Solar Probe, a sonda solar da NASA, e as descobertas poderiam mudar o que sabemos sobre o nascimento e a evolução das estrelas.
Os achados também poderiam ajudar os cientistas a desenvolver formas de proteger os astronautas das condições espaciais, como a radiação, durante viagens de longa distância no sistema solar.
“A complexidade era alucinante quando começamos a analisar os dados”, disse Stuart Bale, um dos cientistas da missão da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA).
A Parker Solar Probe foi o objeto que chegou mais perto do Sol até hoje: sua passagem de raspão pela nossa estrela ocorreu em agosto de 2018, momento no qual a sonda angariou muitas informações interessantes.
A primeira descoberta feita pela equipe da missão é de que os campos magnéticos que emanam do Sol parecem “virar para frente e para trás”, causando perturbações. Essas “reviradas” podem ajudar os pesquisadores a entender como a energia se dissipa a partir do Sol para todo o sistema solar.
Outra descoberta é que os ventos solares rotam ao redor do Sol a velocidades cerca de dez vezes maiores do que as previstas pelos modelos.
Essa foi a primeira vez que observamos diretamente a rotação desses ventos, ao invés de enxergá-los a uma velocidade perpendicular a estrela, em uma trajetória reta, da forma que é possível a partir da Terra.
Além das primeiras análises de dados, publicadas em dois artigos na revista científica Nature, muito mais descobertas nos aguardam, não somente a partir das informações já coletadas, mas de novas que virão com a próxima tentativa da sonda de passar ainda mais perto do Sol, em 29 de janeiro do ano que vem.
“O Sol é a única estrela que podemos examinar de perto. Obter dados na fonte já está revolucionando nossa compreensão de nossa própria estrela e estrelas em todo o universo. Nossa pequena espaçonave está passando por condições brutais para enviar para casa revelações surpreendentes e emocionantes”, resumiu Nicola Fox, diretor da Divisão de Heliofísica da NASA, em um comunicado.

Créditos: Hypescience

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