terça-feira, 29 de junho de 2010

Observações em luz ultravioleta revelaram uma cauda desconhecida na galáxia IC 3418


Observações em luz ultravioleta revelaram uma cauda desconhecida na galáxia IC 3418 que pode ajudar a compreender melhor o processo de formação de estrelas. Usando o Galaxy Evolution Explorer, uma equipe de cientistas descobriu a existência de uma cauda repleta de novas estrelas que se estende até o aglomerado de galáxias de Virgem. A explicação para a formação da cauda está justamente na interação da IC 3418 com o aglomerado, a 54 milhões de anos-luz da Terra. Ele contém cerca de 1.500 galáxias, esse aglomerado é tão grande que sua força gravitacional está puxando IC 3418 para o seu centro a uma velocidade de 3,6 milhões de km/h, o que deixa para trás amontoados de gás que formam esse rastro. Com isso, o pouco gás da galáxia está sendo empurrado para a cauda. Segundo um estudo publicado neste mês no The Astrophysical Journal Letters, esse gás é influenciado pelas outras galáxias (assim como a cauda de um cometa é atingida pelos ventos solares), acaba por condensar e formar estrelas. No entanto, para que as estrelas encontradas na cauda se formassem, seria necessária a presença de um tipo específico de gás proveniente da galáxia. Fazendo uma analogia com um ambiente da Terra, os gases, no geral, são como a areia carregada por um pé de vento. No entanto, o gás necessário para formar estrelas é considerado mais pesado, como pedrinhas, e não pode ser soprado do corpo da IC 3418 para fora da galáxia. Essas novas observações indicam, portanto, que o gás da cauda se formou na própria “esteira” da galáxia. A presença dessas jovens estrelas mostra aos cientistas que um ingrediente crucial para a formação das estrelas (nuvens densas de um gás chamado de hidrogênio molecular) surgiu nesta região.

Créditos: NASA & INFO Online

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