O telescópio PS1, equipado com a melhor câmera digital do mundo e que se tornou operacional em junho, descobriu um asteróide que chegará a 6 milhões de quilômetros da Terra em meados do mês de outubro. O objeto tem cerca de 50 metros de diâmetro e foi encontrado em imagens de 16 de setembro, quando se encontrava a 30 milhões de quilômetros. Trata-se, de acordo com nota divulgada pelo Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, o primeiro objeto potencialmente perigoso encontrado pela busca Pan-Starrs - sigla em inglês de Telescópio de Busca Panorâmica e Sistema de Resposta Rápida. O asteróide foi designado 2010 ST3. "Embora esse objeto em particular não vá atingir a Terra no futuro imediato, a descoberta mostra que o Pan-Starrs é o sistema mais sensível dedicado a descobrir asteróides potencialmente perigosos", disse, em nota, Robert Jedicke, membro do Consórcio Científico PS1. "Este objeto foi detectado quando ainda estava longe demais para ser visto em outras buscas". A maioria dos maiores objetos potencialmente perigosos já foi catalogada, mas pesquisadores suspeitam que há um grande número de corpos com menos de 1,5 km de diâmetro e que ainda não foram vistos. Esses corpos poderiam causar danos graves em escala regional caso atinjam a Terra. Impactos desse tipo ocorrem, de acordo com estimativas, numa escala de milhares de anos. O consórcio responsável pelo Pan-Starrs espera que o sistema detecte dezenas de milhares de novos asteróides a cada ano, e com precisão suficiente para calcular suas órbitas. Qualquer objeto de tamanho considerável que apresente uma boa chance de se aproximar da Terra nos próximos 50 anos será catalogado como "potencialmente perigoso" e monitorado.
Créditos: Estadão
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