terça-feira, 7 de setembro de 2010

Uma extraordinária espiral celeste


Essa imagem impressionante feita pela Advanced Camera for Surveys a bordo do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, mostra uma das mais perfeitas formas geométricas criadas no espaço. Essa imagem mostra a formação de uma incomum nebulosa pré-planetária, conhecida como IRAS 23166+1655, ao redor da estrela LL Pegasi (também conhecida como AFGL 3068) na constelação de Pegasus (o cavalo alado). A imagem mostra o que parece ser um fino padrão espiral de um vento muito regular ao redor da estrela que não é visível por estar escondida atrás da espessa poeira. O padrão espiral sugere uma origem periódica e regular para a forma da nebulosa. O material que formou o espiral está se movendo para longe da estrela a uma velocidade de 50.000 km/h e combinando essa velocidade com a distância entre as camadas espirais, os astrônomos calculam que as conchas foram formadas com um espaçamento de aproximadamente 800 anos. A forma espiral nasce, pois a LL Pegasi é um sistema binário, com a estrela que está perdendo material e uma companheira orbitando uma a outra. O espaçamento entre as camadas observado na espiral acredita-se que reflita diretamente o período orbital do sistema binário que deve então ser de aproximadamente 800 anos. A criação e as formas existentes das nebulosas planetárias é uma interessante área da evolução estelar. Estrelas que possuem uma massa igual a metade da massa do Sol até estrelas que possuem 8 vezes a massa do Sol, não explodem como supernovas no final de suas vidas. Ao invés disso, um final mais real espera por elas à medida que as camadas externas de gás são ejetadas e começam a vagar pelo espaço, criando essas intrigantes estruturas que os observadores privilegiados na Terra enxergam como pinturas de aquarelas. A IRAS 23166+1655 está apenas começando esse processo e a estrela central tem ainda que emergir de seu casulo central. Essa imagem foi criada a partir de imagens feitas com o Wide Field Channel da Advanced Camera for Surveys a bordo do Hubble.

Créditos: Cienctec

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