quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Novas imagens mostram nuvens no Sol semelhantes a nuvens na Terra

Os físicos liderados pelo pesquisador da University of Warwick, estudando novas imagens de nuvens de material que explodiu do Sol identificaram instabilidades formando nessa nuvem que explodiu, algo similar que é encontrado nas nuvens da atmosfera terrestre. Esses resultados poderiam ajudar muito os físicos tentando entender e prever como é o clima no nosso Sistema Solar. Os pesquisadores, liderados pelo Centre for Fusion Space and Astrophysics, no Department of Physics da University of Warwick, fizeram essa descoberta quando examinavam novas imagens de nuvens de material que explodiu do Sol, por meio do fenômeno conhecido como ejeção de massa coronal, ou CMEs. Essas imagens foram feitas pelo experimento conhecido como Atmospheric Imaging Assembly (AIA) a bordo do Solar Dynamics Observatory da NASA, o SDO. O SDO foi lançado em 2010 e desde então vem presenteando os cientistas com visões do Sol, nunca antes conseguida em múltiplas temperaturas. As novas observações do SDO/AIA fornecem imagens das ejeções de massa coronal na radiação extrema ultravioleta em uma temperatura que não era possível de ser observada com os instrumentos anteriores: 11 milhões de graus Celsius. Examinando essas imagens os pesquisadores de Warwick identificaram um padrão familiar de instabilidade em um dos flancos de uma nuvem que explodiu com material solar que é muito semelhante às instabilidades observadas nas nuvens da Terra e nas ondas da superfície do mar. Quando observadas essas instabilidade de Kelvin-Helmholtz, ou KH, parecem rolar em redemoinhos crescentes na borda entre coisas que se movem com velocidades diferentes, por exemplo, a transição entre o ar e a água. A diferença nas velocidades produz as instabilidades de borda. Condições similares podem acontecer quando olhamos o ambiente magnético da passagem dessas ejeções de massa coronal à medida que elas viajam através da coroa solar. A diferença na velocidade e na energia entre as duas, cria instabilidades muito semelhantes às instabilidades KH que nós observamos nas nuvens. Enquanto que as instabilidades KH têm sido previstas ou inferidas a partir de observações como o que acontece dentro do clima do Sistema Solar, é a primeira vez que eles observam diretamente na coroa. O que faz essa observação mais interessante é que as instabilidades parecem se formar e serem geradas em um dos flancos da CME. Isso pode explicar porque as CMEs aparecem entortadas e distorcidas à medida que as instabilidades se desenvolvem, causando uma diferença em um dos lados da nuvem. Esse efeito será o próximo alvo de estudo para a equipe de pesquisa da University Warwick. O pesquisador Dr. Claire Foullon da University of Warwick disse: “O fato de nós sabermos agora que essas instabilidades de KH nas CMEs são somente observadas na radiação extrema ultravioleta na temeperatura de 11 milhões de graus Celsius, também nos ajudará a modelar o comportamento da CME”. “Essas novas observações podem nos dar uma nova visão sobre como essas CMEs aparecem são rotacionada e são defletidas para longe seguindo um simples caminho direto desde a superfície do Sol. Se as instabilidades se formam em apenas um dos lados elas causarão um aumento na perturbação fazendo com que esse lado se mova mais devagar do que o resto da CME”.


Créditos: Cienctec

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