terça-feira, 19 de julho de 2011

Dilema sobre a origem das colinas no interior da cratera Humboldt na Lua

Ao observar a Lua às 5:30 da manhã do sábado dia 16 de Julho de 2011, o experiente astrônomo Chuck Wood notou uma longa cratera no terminador da Lua. O que o intrigou mesmo foi uma montanha massiva central surgindo à medida que o Sol se punha enquanto que o resto da cratera, exceto as cristas do seu anel estavam cobertas pelas sombras. Outro fato intrigante sobre essa montanha massiva central é que a mesma não estava centrada, ela se estendia a uma considerável distância para o norte. Pelo tamanho e pela posição ele sabia que a cratera era a Humboldt, mas não sabia porque o pico central estava tão afastado do centro da cratera. Felizmente, outro experiente astrônomo e também experiente estudioso da Lua, Maurice Collins registrou uma imagem, no início do mesmo dia, desse modo, essa imagem pôde confirmar as observações iniciais. As duas imagens eram bem semelhantes pois os dois pesquisadores usaram instrumentos semelhantes e de mesmo diâmetro 3”. Pesquisando em um banco de dados pôde-se encontrar a imagem mostrada à direita e assim pôde-se ver que a cratera Humboldt tem uma longa cadeia linear além de um pico central. A imagem abaixo mostra uma fotografia clássica da Apollo 15 que mostra o pico central da cratera e a linha de colinas. A questão que se pode colocar aqui então é, qual é a origem dessas colinas? Uma visão vertical obtida pela sonda LRO também mostrada abaixo, apresenta marcas longas de material ejetado para NE, na mesma direção da cadeia de colinas. Talvez, a cratera Humboldt se formou por meio de um impacto oblíquo de baixo ângulo, criando assim uma cadeia central, como a encontrada na cratera Schiller. Porém a Schiller é uma cratera muito mais alongada que a Humboldt. A massa principal de material derretido por impacto está para SE, indicando que essa possa ter sido a direção do impacto. E a cadeia de colinas marca a fronteira entre a parte plana do interior e a parte coberta por colinas. Essas pistas parecem suficientes para sugerir uma origem para a linha de colinas observada na cratera Humboldt, mas é necessário um tempo maior para se analisar e entender completamente essas informações.

Créditos: Cienctec

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