A imagem acima mostra uma condição de iluminação com o Sol muito baixo na cratera Hygenius. Isso é como o astrônomo que fez a imagem a descreveu, uma imagem quase que num momento pré-nascer do Sol. Com o Sol tão baixo assim no horizonte, ondas suaves e outras delicadas feições presentes na região são visíveis. Existe uma grande ondulação imediatamente a leste (à direita) da cratera Hygenius, e a imagem acima sugere que a área baixa a leste dessa é gerada devido a uma cratera perfeitamente circular, com o tamanho aproximado da ondulação, que foi inundada por material ejetado do Imbrium. Não conseguimos nos lembrar de termos vistos essa área anteriormente. Na borda inferior direita existe uma área de baixa elevação de material ejetado que guarda estrias desse evento. A borda superior desse depósito é cortada por um canal diagonal que conecta os canais da Ariadaeus e da Hygenius. Mas aqui nós vemos que o Canal Ariadeaus na verdade continua para noroeste sob o material ejetado do Imbrium. Pistas disso existem em outras imagens, mas essa imagem mostra a evidência clara da sua existência. Podem existir também algum afastamento vertical ao longo da extensão para o norte da lava de mare, causando uma abrupta fronteira de albedo. Todos nós amamos as imagens com resolução de 100 metros obtidas pela sonda LRO, mas essas imagens não possuem a capacidade de imagear as regiões da Lua em condições de Sol tão baixo como essa, desse modo, até que essas sondas adquiram tal capacidade, as imagens obtidas por telescópios instalados em jardins de casas serão sempre a melhor opção para continuar revelando paisagens fantásticas da Lua.
Créditos: LPOD
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