domingo, 15 de janeiro de 2012

Nave espacial européia será testada em janeiro

Menos de três anos depois de dar o sinal verde para a construção de sua primeira nave espacial retornável, a agência espacial européia (ESA) agendou o primeiro teste de seu protótipo. O IXV (Intermediate eXperimental Vehicle, ou Veículo Experimental Intermediário) fará seu primeiro teste de reentrada na atmosfera em Janeiro, em preparação para sua entrada em operação em 2014. Lançado a partir do Espaçoporto Europeu, na Guiana Francesa, a bordo de um foguete Vega, a nave experimental atingirá uma órbita de 450 quilômetros de altitude, mais alta do que a órbita padrão da Estação Espacial Internacional. Isto permitirá que a nave atinja uma velocidade de 7,5 km/s durante a reentrada na atmosfera, atingindo as marcas hipersônicas e supersônicas necessárias para testar tecnologias inéditas, nunca antes usadas em veículos espaciais. Ao contrário dos ônibus espaciais, a IXV fará uma reentrada totalmente autônoma, com seu vôo sendo o tempo todo controlado por motores e flaps aerodinâmicos. Esses flaps espaciais foram testados com sucesso em laboratório no último mês de Julho. Depois de já totalmente na atmosfera, a nave será trazida ao solo por pára-quedas, completando um teste extremamente realístico - o lançamento equivalerá a uma missão real completa da nave, quando em operação definitiva. Se tudo der certo, começará a fase final de montagem da primeira IXV real, que deverá fazer seu vôo de estréia entre Janeiro e Setembro de 2014. A ESA também já iniciou a construção do centro comando da missão IXV em terra, incluindo o prédio de controle da missão, os sistemas de telemetria e rastreamento, as antenas móveis e a rede de comunicações. O teste também valerá para a validação final do foguete Vega, que ainda não está em operação comercial. O Vega pode levar ao espaço cargas de até 2.500 kg, dependendo do tipo e da altitude da órbita - a referência é uma carga de 1.500 kg a uma altitude de 700 quilômetros. A nave IXV pesa 1.800 kg, e terá versões para carga e para tripulantes.

Créditos: Inovação Tecnológica

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