Segundo novos relatórios, a Rússia está conversando com a NASA e com a Agência Espacial Européia (ESA) sobre a construção de colônias de pesquisa tripuladas na Lua. A Agência Espacial Federal da Rússia, conhecida como Roscosmos, também consultou a possibilidade de colocar estações espaciais tripuladas em órbita lunar. Um corpo crescente de pesquisa suporta a suposição de que a humanidade pode viver por longos períodos de tempo na ou ao redor da Lua. “Hoje, sabemos o suficiente sobre isso, sabemos que há água em suas áreas polares”, disse Vladimir Popovkin, chefe da Roscosmos. Popovkin disse que autoridades espaciais russas já começaram a investigar um sistema de transporte tripulado potencial para a Lua. Um esforço para se estabelecer em chão lunar complementaria os planos da Rússia de exploração robótica. A nação espera enviar duas missões não tripuladas, chamadas Luna-Glob e Luna- Resources, à Lua até 2020. A parceria entre a Rússia, a NASA e a ESA em um projeto espacial não é novidade; as três agências têm trabalhado em conjunto por mais de uma década para construir e operar a Estação Espacial Internacional. Também participam de discussões ativas – junto com um punhado de outras agências espaciais – sobre como a humanidade deveria explorar melhor o espaço sideral. O porta-voz da NASA, JD Harrington, disse que a agência tem se reunido com dirigentes da Rússia e nove outras agências espaciais para avançar a exploração do espaço coordenado. “O ISECG, como este grupo é chamado, tem desenvolvido uma estratégia de longo alcance para a exploração humana em relação ao ano passado”, explicou. O Roteiro de Exploração Global desse grupo começa com a Estação Espacial Internacional e então se expande com a presença humana fora do sistema solar, em última instância, para a exploração humana da superfície marciana. O roteiro identifica dois caminhos possíveis para Marte – indo para um asteróide primeiro, ou à Lua. No entanto, a Rússia pode ter causado alguma tensão em suas parcerias internacionais, por causa da sequência do fracasso da nave Phobos-Grunt, que caiu na Terra domingo (15 de janeiro). Essa semana, algumas autoridades espaciais russas disseram que as emissões fortes a partir de uma estação de radar dos Estados Unidos nas ilhas Marshall podem ter acidentalmente derrubado a Phobos-Grunt. Peritos dizem que esse cenário é altamente improvável. A Phobos-Grunt foi apenas uma das cinco grandes falhas do programa espacial russo em 2011. O país também sofreu três maus lançamentos de satélites não tripulados e a queda da nave de abastecimento Progress 44, que levava carga para a estação espacial. O acidente da Progress 44 foi causado por um problema no motor de seu foguete Soyuz. A Rússia usa uma versão similar do Soyuz para o lançamento de astronautas à estação espacial, mas os vôos para a estação foram cancelados temporariamente até que o problema seja identificado e corrigido.
Créditos: Hypescience
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