Com a atual tecnologia de propulsão que pode ser usada por uma nave, que é equivalente a 0.005% da velocidade da luz, uma viagem só de ida para o sistema estelar mais próximo do Sol, Alfa Centauri, duraria 80.000 anos para percorrer os 4 anos-luz que a separam de nós, disse o pesquisador Sidney Perkowitz, Candler Professor of Physics Emeritus na Universidade Emory em Atlanta nos EUA. Aceitando que uma viagem interestelar irá durar na melhor das hipóteses décadas, alguns especialistas estão considerando usar o processo conhecido como suspended animation, onde o ser humano fica num estado de hibernação, ou até mesmo pensam na idéia de carregar nessa hipotética nave amostras de DNA e outros recursos necessários para recriar o ser humano durante a viagem. Porém antes de pensar em como o ser humano irá suportar uma viagem dessas, devemos começar pensando em como impulsionar quem quer que seja em direção ao sistema Alfa Centauri. Assim devemos começar pensando num foguete que possa atingir uma altíssima velocidade, o que ainda está longe de ser conseguido, mas como Perkowitz descreve, mesmo com motores baseados na navegação por fótons ou na fusão nuclear estamos muito longe de alcançarmos a velocidade da luz. Alguns modelos teóricos oferecem intrigantes opções. Por exemplo, o pesquisador Miguel Alcibierre tem a idéia de contrair o espaço-tempo em frente à nave e expandir o mesmo espaço-tempo atrás dela, assim seria criada uma bolha que poderia impulsionar a nave a qualquer velocidade sem violar a relatividade especial. Tomando esse exemplo, Perkowitz explica que a matemática é impecável, mas que o modelo requer uma única premissa complicada de se conseguir, massa negativa, onde até onde alcança nosso conhecimento e nossa imaginação, essa massa negativa não existe. Perkowitz diz que vai chegar a hora de pensarmos seriamente nessa possibilidade de viajar até Alfa Centauri, já que estamos explorando muito bem o Sistema Solar, já estamos no espaço com a ISS e estamos a cada momento descobrindo mais e mais exoplanetas. O sistema de Alfa Centauri é na verdade um sistema triplo de estrelas, das três estrelas, a mais a apagada, conhecida como Proxima Centauri é na verdade a mais próxima de nós. As estrelas brilhantes Alfa Centauri A e B formam um sistema binário bem próximo já que estão separadas por uma distância equivalente a somente 23 vezes a distância entre a Terra e o Sol, algo um pouco maior que a distância entre o Sol e Urano. Na imagem principal desse post, o brilho das estrelas saturou a fotografia dando a impressão que elas são gigantescas, mas são na verdade pequenos pontos de luz. A estrela Alfa Centauri A é também conhecida como Rigil Kentaurus, é a estrela mais brilhante da constelação de Centaurus e é a quarta estrela mais brilhante no céu noturno. Sirius que é a estrela mais brilhante do céu está a uma distância maior que o dobro até Alfa Centauri. Mas o que desperta mesmo a imaginação e a vontade de se viajar até Alfa Centauri é que ela é uma estrela do mesmo tipo que o Sol, de modo que existem muitas especulações sobre o fato dela conter exoplanetas e mais, planetas que possam abrigar vida.
Créditos: The Daily Galaxy
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