Não é apenas o Sol que influencia no aspecto e nas características da nossa lua. Raios cósmicos, provenientes de muito além do sistema solar, incidem diretamente sobre nosso satélite natural, sendo capazes de alterar a química e até a cor do gelo e da poeira depositados sobre a superfície. Os dados sobre este bombardeio cósmico foram coletados pelo Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, na sigla em inglês), uma sonda não tripulada lançada ao espaço pela NASA em 2009 com o objetivo de monitorar a Lua. A radiação direta, conforme verificam os astrônomos, pode ter influência tanto na composição lunar como em missões espaciais. Na superfície da Lua em si, os raios cósmicos (constituídos primordialmente de prótons, elétrons e outras partículas carregadas) atingem o gelo. No contato, tendem a forçar as moléculas de água congelada a liberar átomos de oxigênio. Este oxigênio avulso, por sua vez, está livre para se unir ao carbono e formar novas moléculas. Os problemas práticos desta radiação, no entanto, dizem respeito aos astronautas. Cientistas americanos já estão desenvolvendo testes para determinar quais seriam os riscos da radiação no corpo de astronautas durante viagens à Lua ou a Marte, por exemplo. Os pesquisadores afirmam que tal radiação, proveniente de algum lugar desconhecido da galáxia, pode representar perigos aos cosmonautas no espaço, o que demandaria materiais especiais nas naves e nas vestimentas para protegê-los. Este mesmo bombardeamento também atinge a Terra, mas felizmente estamos protegidos pela atmosfera. A Lua, obviamente, não tem a mesma sorte.
Créditos: Hypescience
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