quarta-feira, 21 de março de 2012

Dione: lua de Satuno pode ser ativa geologicamente

A sonda Cassini da NASA captou possíveis sinais de atividade geológica na Dione, lua de Saturno. As imagens da nave mostram o que parece ser fissuras quentes e indicações de um vulcão congelado no satélite. As fissuras parecem similares as “listras de tigre” encontradas na outra lua de Saturno, Enceladus, que expelem jatos potentes de água para o espaço. Em Dione, essas fissuras podem estar inativas agora, ou, como outras evidências sugerem, alguma (pouca) atividade pode estar em curso. Se as novas descobertas forem confirmadas, a Dione pode se mostrar um lugar muito mais dinâmico do que acreditávamos. A hipótese de atividade geológica em Dione conta com várias linhas de evidência. Observações anteriores do campo magnético de Saturno, por exemplo, detectaram uma corrente de partículas carregadas provenientes da superfície de Dione. Além disso, os cientistas anunciaram no início deste mês que haviam detectado uma fina atmosfera de oxigênio ao redor da lua. Mas a evidência mais óbvia encontra-se nas características de sua superfície. Por exemplo, uma grande região de Dione não possui quase crateras de impacto. Ou materiais cobriram essas crateras, ou elas foram cobertas por escombros de uma erupção, indicando atividade. A pista vem a partir da identificação de um possível criovulcão (vulcão de gelo) na região plana de Dione. Até agora, criovulcões foram encontrados em Enceladus, Tritão (lua de Netuno) e talvez na Titã, lua de Saturno. Eles expelem água e amônia ou metano, em vez de rocha fundida. Imagens da sonda Cassini revelam também a presença de um tipo de crateras que resulta de um impacto de uma rocha espacial em material macio. Isso poderia sugerir que o gelo sob a superfície é mais quente do que o normal. Ainda assim, os cientistas suspeitam que qualquer atividade ocorrendo em Dione está ocorrendo em um nível inferior a Enceladus. Ou seja, não há muito acontecendo por lá. Mas ela pode ter sido muito ativa no passado. As pistas de sua superfície demonstram isso.

Créditos: Hypescience

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