quinta-feira, 26 de abril de 2012

Como a primeira empresa a minerar asteróides pretende trazer trilhões de dólares à Terra

Um grupo de bilionários e ex-cientistas da NASA revelaram a primeira empresa de mineração de asteróides na história, e o Gizmodo US fez o liveblog completo. A Planetary Resources vai explorar asteróides com órbita próxima à Terra, para obter água e metais raros (como ouro e platina). E eles dizem que farão seu primeiro lançamento espacial em até 24 meses. A empresa vai primeiro enviar objetos espaciais para prospecção de asteróides, e depois vai elaborar um plano para capturar seus recursos – seja em depósitos em órbita, seja trazendo-os à Terra. O Arkyd 101 deve ser o primeiro equipamento da Planetary Resources a ser enviado o espaço. Ele opera em órbita baixa ao redor da Terra, e age como um telescópio espacial. A empresa também já desenvolveu outro telescópio, o Arkyd 102, ainda sem previsão de lançamento. Depois dos telescópios, vem a série Arkyd 200 de equipamentos espaciais: eles terão propulsores e serão os primeiros a realmente fazer a prospecção dos asteróides – ou seja, identificar quais serão objeto de exploração. E a série Arkyd 300 parece a fronteira final: estas sondas espaciais vão chegar aos asteróides e finalmente realizar a mineração dos recursos. Eric Anderson, cofundador da Planetary Resources, reconhece que a mineração dos primeiros asteróides deve acontecer “dentro de uma década”. Sim, vai demorar bastante, mas é um avanço incalculável. Bem, na verdade dá pra calcular: a empresa diz que ganhará trilhões de dólares “nas próximas décadas, tanto da mineração de metais raros como da água como combustível no espaço”. E isso gastando “dezenas de milhões” de dólares, o que parece barato: a empresa diz que uma exploração dessas custaria, normalmente, “centenas de milhões” de verdinhas. Eles pretendem explorar metais do grupo da platina, que custam caro por serem escassos na Terra – a platina custa US$53 por grama. O preço vai cair à medida que acaba a escassez, mas nem tanto: eles esperam maior demanda por estes metais, usados em produtos eletrônicos e motores. Eles também querem minerar água, seja para fornecê-la na forma líquida em depósitos orbitais da NASA, seja para quebrá-la em hidrogênio e oxigênio e obter combustível. A exploração deverá ser feita completamente por robôs: não teremos mineradores humanos batendo suas picaretas contra asteróides. Ou seja, provavelmente este não será um projeto concorrente ao SpaceX ou Blue Origin, que ganham dinheiro levando pessoas ao espaço. O projeto é arriscado e deve trazer retorno só daqui a muitos anos. Por isso mesmo ele é ambicioso, e promete “trazer o Sistema Solar à nossa esfera econômica de influência”. Boa sorte, mineradores do espaço.

Créditos: Gizmodo

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