sexta-feira, 13 de abril de 2012

Planetas em órbita de KIC 05807616 poderão ser um Júpiter partido?

Em Dezembro do ano passado, o CAUP nos dava esta notícia: “Esta equipe detectou dois candidatos a planetas à volta da estrela KIC 05807616 (ou KOI 55), uma sub-anã do tipo B. Esta estrela é extremamente quente (com a temperatura à superfície a exceder os 27.450 ºC) e é basicamente o núcleo exposto de uma antiga gigante vermelha. Os planetas KOI 55.01 e KOI 55.02, com respetivamente 0,76 e 0,87 vezes o diâmetro da Terra, foram detectados através de asterossismologia, uma técnica que mede as oscilações naturais das estrelas (algo semelhante a sismos nas estrelas). Estas oscilações provocam variações no brilho da estrela e tornam possível “observar” a sua estrutura interna. Ao medir estas oscilações, a equipe encontrou duas variações periódicas de brilho, com períodos de 5,8 e 8,2 horas respectivamente, oscilações demasiado lentas para terem origem na estrela em si. Um dado surpreendente acerca destes candidatos a planetas é a distância a que se encontram da estrela – cerca de 900 mil e 1,14 milhões de quilômetros da estrela (64,5 e 50 vezes mais próximos que Mercúrio está do Sol, respectivamente). A ser confirmada a existência destes planetas, significa que estes seriam gigantes gasosos, que terão sido atraídos para dentro da estrela na fase de gigante vermelha, mas massivos o suficiente para não serem completamente consumidos. Quando a fase de gigante vermelha da KIC 05807616 acabou, há cerca de 18 milhões de anos, o núcleo sólido desses planetas sobreviveu ainda intacto.” Agora, um novo estudo sugere que esses 2 planetas serão fraturas de um planeta como Júpiter que se partiu ao aproximar-se demasiadamente da estrela. Originalmente poderá ter havido um planeta gigante gasoso 5 vezes mais massivo que Júpiter. Ao se aproximar da estrela, perdeu todo o gás, e ficou somente o seu núcleo rochoso. Ao continuar a aproximar-se, esse núcleo partiu-se em vários bocados do tamanho da Terra. A hipótese também diz que poderão haver outros pedaços de núcleo em órbita da estrela, e por isso será possível virmos a detectar outros pequenos planetas a orbitando essa estrela.

Créditos: AstroPT

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