terça-feira, 8 de maio de 2012

Recordes Espaciais: Conheça qual é o planeta mais quente, mais frio, mais velho, mais jovem, mais rápido...

Nos último 50 anos, como nossos telescópios têm se tornado maior e melhor, nós começamos a aprender um pouco mais sobre nossos vizinhos cósmicos. E os astrônomos descobriram uma enorme variedade de planetas lá fora, com algumas características surpreendentes, certamente dignos de menção em uma versão intergaláctica do Guinness Book of Records. Por exemplo, há o planeta mais rápido – SWEEPS-10 - que gira em torno de seu sol a uma distância de apenas 1 milhão de quilômetros – aproximadamente três vezes a distância da Lua da Terra, ou seja, um dia dura apenas 10 horas. Existe outro que é o maior planeta conhecido por nós – TrES-4 – 1,7 vezes o tamanho do “Golias” do nosso sistema solar: Júpiter. Este planeta também poderia concorrer à vaga de planeta ‘estranho’, visto que é tão leve – com a densidade de uma cortiça – que provavelmente se arrasta em torno de uma cauda de cometa, como composto de uma atmosfera própria. Georgi Mandushev, do Observatório Lowell, no Arizona, disse: “A densidade média é de cerca de apenas 0,2 gramas por centímetro cúbico. E por causa da tração relativamente fraca do planeta em sua atmosfera superior, parte da atmosfera provavelmente escapa, deixando um rabo como de um cometa.” O catálogo de planetas estranhos foi criado pelo portal Space e nos mostra algumas das características surpreendentes deste universo, que continuam a mudar a nossa percepção da física. Por exemplo, encontrar o planeta Methusela (ou, se preferir o nome real, PSRB1620-26 b). É o planeta mais antigo já descoberto, um dos avôs do universo, tendo se formado a cerca de 12.7 bilhões de anos – tornando-se, 8 bilhões de anos mais velho que a Terra. Methusela foi formado apenas dois bilhões de anos após o Big Bang. A descoberta, em 1993, mudou a nossa percepção da formação do planeta, o que implica dizer que existem muitos planetas mais velhos lá fora esperando para serem descobertos. Implicações indicam que há uma maior probabilidade de vida no universo – como a vida poderia ter evoluído mais cedo do que se pensava – e o planeta pode ter passado por evoluções em sua vida, o que nos levaria a um estudo fascinante como o fato do crescimento de nossas habilidades de observação. Os cientistas da NASA também acreditam que o planeta pode ter evoluído em torno de uma estrela diferente, que se autodestruiu, antes de ser capturada por outra estrela. No outro extremo da escala, a menos de um milhão de anos, há um planeta ainda sem nome, que orbita a estrela Coku Tau, em uns 420 anos-luz. O planeta mais quente já descoberto é o WASP-12b. É um planeta gasoso com uma temperatura por volta dos 2.200 graus Celsius. É também um candidato para um dos maiores, quase o dobro do tamanho de Júpiter. Em contra partida temos o planeta mais frio – OGLE-BLG-390L. Menos cinco vezes a massa da Terra; é um planeta rochoso e um dos mais distantes conhecidos pelo homem, 28.000 anos-luz. Epsilon Eridani (b) não pode ter tantas propriedades únicas para isolá-lo – mas não ganha o prêmio especial por ser apenas 10,5 anos-luz distante de nós, o que significa que poderá, em breve, ser possível visualizá-lo através de telescópios, tal como nós podemos ver a nossa própria vizinhança solar hoje. No entanto, enquanto não é provável encontrar vida – a distância de seu sol, congela qualquer oceano - não se espera que encontrem outros planetas do mesmo sistema solar que valha a pena explorar. Mais uma excentricidade. Certamente é o menor planeta na lista. Kepler-10b é apenas 1,4 vezes maior que a Terra, cerca de 560 anos-luz de distância, e só foi anunciado ao mundo em janeiro de 2011. Embora esteja fora da zona do chamado “Goldilocks” – perto da superfície de seu próprio sol onde a água não congele, o planeta está longe o suficiente para a água não evaporar, sua descoberta foi anunciada como um marco importante pela NASA, como foi o primeiro ‘planeta rochoso, sem dúvida, orbitando uma estrela fora do nosso sistema solar’. Com telescópios mais avançados chegaremos a extensões cada vez maiores do espaço podendo capturar imagens e informações sobre novos planetas a cada mês. A pergunta é: Que descobertas fantásticas os próximos 50 anos irão nos trazer?

Créditos: Jornal Ciência

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