As lamas e argilas ideais para a preservação de registros fósseis são mais raras nas regiões onde existiam lagos marcianos do que aqui na Terra. Um novo estudo de 226 antigos leitos no planeta vermelho revela que atualmente apenas um terço mostra evidências de tais depósitos à superfície marciana. Uma equipe de cientistas da Universidade de Brown, no estado americano de Rhode Island, estudou imagens da superfície de Marte obtidas pelas sondas MRO (Mars Reconnaissance Orbiter), Mars Odyssey e Mars Express em busca de lagos que no passado já tiveram fluxos interiores e exteriores de água. Os pesquisadores analisaram a luz refletida por cada lago para determinar a sua composição química, na tentativa de identificar as lamas e argilas que se encontram em tais sistemas aqui na Terra. A equipe descobriu que somente 79 dos 226 leitos estudados abrigam efetivamente depósitos de minerais onde residem argilas na superfície. Os cientistas interpretam esta escassez como o resultado da química da mistura de água marciana e do solo ou pode ser outro indício que a água líquida apenas esteve presente na superfície do planeta vermelho durante um breve período de tempo da sua história. O importante a considerar é que se a vida se desenvolveu em Marte no passado, os depósitos de argila e os sedimentos provavelmente conterão a assinatura da sua existência. Quando o rover Curiosity, a próxima missão de exploração de Marte pela NASA, chegar a Marte em 5 de agosto de 2012, os cientistas irão procurar argilas e sedimentos na Cratera Gale e buscar indícios de ambientes que podem ter suportado vida microbiana no passado.
Timothy Groudge, investigador principal do estudo, explicou:
Os minerais nas argilas da Terra são bem conhecidos por preservar as assinaturas da vida. Na Terra, quase todos os lagos que conhecemos têm formas de vida vivendo dentro dos sedimentos ou no próprio lago. Dos possíveis candidatos a conter evidências de vida, os lagos mostram grandes possibilidades.
Uma vez que estes depósitos se formaram em grandes corpos de água, os cientistas acham que possivelmente são promissores para conter evidências fósseis de criaturas. A água que passa através de grãos minerais agitando-os, misturando-os e alterando quimicamente sua estrutura à medida flui. Mas se a água apenas existiu por períodos curtos de tempo (em escalas cósmicas), pode não ter sido suficiente para a criação de grandes quantidades de argila.
Groudge afirmou:
Atualmente em Marte há muita água congelada (nos pólos), mas muito pouca água à superfície como pensamos ter havido no passado. Se os próprios lagos tiveram pouco tempo de vida útil, faz sentido que água líquida à superfície também não tivesse aí ficado durante muito tempo.
De acordo com a equipe da pesquisa, todos os leitos de lagos estudados passaram por alguma forma de mudança superficial, desde que se tornaram inativos há mais de 3,7 bilhões de anos. A lava dos vulcões cobriu alguns dos leitos e geleiras desceram dos pólos para esconder outros. Em outros casos, alguns desapareceram devido à erosão, expondo os sedimentos argilosos. Tal é uma característica aparente na região de Nili Fossae, onde sedimentos expostos em lagos são relativamente densos. A área sofreu erosão substancial, revelando crostas tão antigas com idade de 4,1 bilhões de anos, o que leva a equipe a recomendar o processo de escavar camadas e estudar os depósitos argilosos do passado. Esta hipótese é apenas experimental, mas poderia significar que há muitos outros depósitos que permanecem escondidos sob a superfície em outras regiões de Marte, à espera de serem descobertos. Assim, os cientistas estimam que as argilas enterradas possam conter registros do passado do planeta vermelho, não há limitações de tamanho para tal.
Groudge concluiu:
A grande vantagem dos minerais argilosos é que conseguem preservar a assinatura de vida em uma variedade de escalas diferentes.
O trabalho foi publicado na revista científica Icarus.
Timothy Groudge, investigador principal do estudo, explicou:
Os minerais nas argilas da Terra são bem conhecidos por preservar as assinaturas da vida. Na Terra, quase todos os lagos que conhecemos têm formas de vida vivendo dentro dos sedimentos ou no próprio lago. Dos possíveis candidatos a conter evidências de vida, os lagos mostram grandes possibilidades.
Uma vez que estes depósitos se formaram em grandes corpos de água, os cientistas acham que possivelmente são promissores para conter evidências fósseis de criaturas. A água que passa através de grãos minerais agitando-os, misturando-os e alterando quimicamente sua estrutura à medida flui. Mas se a água apenas existiu por períodos curtos de tempo (em escalas cósmicas), pode não ter sido suficiente para a criação de grandes quantidades de argila.
Groudge afirmou:
Atualmente em Marte há muita água congelada (nos pólos), mas muito pouca água à superfície como pensamos ter havido no passado. Se os próprios lagos tiveram pouco tempo de vida útil, faz sentido que água líquida à superfície também não tivesse aí ficado durante muito tempo.
De acordo com a equipe da pesquisa, todos os leitos de lagos estudados passaram por alguma forma de mudança superficial, desde que se tornaram inativos há mais de 3,7 bilhões de anos. A lava dos vulcões cobriu alguns dos leitos e geleiras desceram dos pólos para esconder outros. Em outros casos, alguns desapareceram devido à erosão, expondo os sedimentos argilosos. Tal é uma característica aparente na região de Nili Fossae, onde sedimentos expostos em lagos são relativamente densos. A área sofreu erosão substancial, revelando crostas tão antigas com idade de 4,1 bilhões de anos, o que leva a equipe a recomendar o processo de escavar camadas e estudar os depósitos argilosos do passado. Esta hipótese é apenas experimental, mas poderia significar que há muitos outros depósitos que permanecem escondidos sob a superfície em outras regiões de Marte, à espera de serem descobertos. Assim, os cientistas estimam que as argilas enterradas possam conter registros do passado do planeta vermelho, não há limitações de tamanho para tal.
Groudge concluiu:
A grande vantagem dos minerais argilosos é que conseguem preservar a assinatura de vida em uma variedade de escalas diferentes.
O trabalho foi publicado na revista científica Icarus.
Créditos: Eternos Aprendizes
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