Descoberto em 2011 pelo Centro Catalina de Pesquisa do Céu, o asteróide 2011 AG5 logo tomou conta do noticiário após ser apontado como potencial candidato a um impacto com a Terra em 2040. Agora, novos cálculos mostram que as chances de impacto diminuíram, mas os pesquisadores são cautelosos em descartar totalmente essa possibilidade. Reunidos em um workshop promovido pela Nasa no mês de maio, diversos pesquisadores e astrônomos apresentaram suas últimas conclusões sobre asteróides potencialmente perigosos e como não poderia deixar de ser um dos objetos mais discutidos foi 2011 AG5. Quando foi descoberto em 2011, as chances de impacto do corpo celeste com o a Terra era de 1 em 625, mas eram necessárias mais observações para que a rota do objeto fosse estabelecida com precisão. Agora, durante o workshop, cientistas se mostraram mais céticos quanto às probabilidades de impacto e chegaram a afirmar que havia mais de 99% de chances de que isso não aconteceria. No entanto, nenhum dos participantes chegou a descartar totalmente essa hipótese. "Embora haja um consenso quase geral de uma chance muito pequena de impacto, ainda vamos estar atentos e prontos para tomar medidas adicionais se as novas observações indicarem que isso não está descartado", disse o cientista Lindley Johnson, chefe do programa NEO de observação de objetos próximos à Terra, da Nasa. Atualmente, as observações de 2011 AG5 estão severamente limitadas devido à localização da rocha, situada além da órbita de Marte, com o Sol exatamente na frente. Somente a partir da primavera de 2013 as condições de observação irão melhorar, permitindo que telescópios espaciais e terrestres possam rastrear melhor o caminho do asteróide. Nesta ocasião a rocha estará a 148 milhões de quilômetros de distância, mas em condições mais favoráveis a ser observado no céu noturno. Somente a partir de fevereiro 2023, no entanto, é que será possível determinar com precisão se poderá ou não ocorrer o impacto em 2040. O motivo é que em 2023 o asteróide passará a apenas 1.8 milhão de quilômetros da Terra, próximo de uma localização espacial conhecida como "buraco de fechadura", capaz de alterar a órbita de um objeto. Se 2011 AG5 passar dentro da área de 365 km do buraco de fechadura, a perturbação gravitacional da Terra poderá ser suficiente para fazê-lo retornar em 2040 já em rota de colisão. Se não passar pelo buraco, o choque não acontecerá. Apesar de não se conhecer com exatidão a densidade da rocha, cálculos padronizados mostram que se houver de fato a colisão, AG5 deverá iniciar a ruptura a cerca 95 km de altitude, transformando-se em uma chuva de fragmentos a uma altura de 7 mil metros. O asteróide tem 140 metros de diâmetro e o choque com a alta atmosfera deverá liberar uma energia equivalente a 90 megatoneladas de TNT, 50% maior que a detonação da Tsar Bomb, a maior bomba nuclear já construída.
Créditos: Apolo 11
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