A conclusão pode ter implicações nas teorias sobre a formação de estrelas. Segundo as estimativas anteriores, haveria tantas anãs marrons como estrelas de outros tipos, mas os investigadores dizem agora que a proporção é de apenas uma para seis estrelas normais. As anãs marrons são consideradas estrelas falhadas e têm baixa luminosidade, pelo que foram descobertas há menos de duas décadas. Estão geralmente associadas a sistemas binários e podem ter massas de até 75 vezes a de Júpiter. A partir desse limite, há massa suficiente para ocorrer a fusão de hidrogênio no núcleo e forma-se uma estrela brilhante. De acordo com a teoria, as anãs marrons estão num intervalo entre a formação de planetas gigantes e de estrelas. As novas observações podem ser insuficientes para detectar planetas algumas vezes maiores do que Júpiter e cuja proporção nesta parte da galáxia se desconhece. Nas imediações do Sol, num raio de 26 anos-luz, os cientistas da NASA calculam agora que haverá 33 anãs marrons para 211 estrelas. As conclusões do estudo foram publicadas no Astrophysical Journal. O WISE foi lançado em 2009 e é um telescópio de infra-vermelho concebido para fazer imagens globais do universo, tendo concluído a missão principal por duas vezes. Já sem o combustível para manter temperaturas muito baixas, a máquina foi entretanto reutilizada para observar objetos no sistema solar (está sendo importante no estudo do cinturão de asteróides) e da zona da galáxia próxima do Sol, com destaque para a observação das anãs marrons.
Créditos: DN Ciência
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