Um pulsar pode ter sido visto percorrendo pelo espaço com velocidade que estabelece um novo recorde de velocidade para estes objetos cósmicos. O IGR J11014 está se movendo a uma velocidade entre 8,7 milhões e 10,5 milhões de quilômetros por hora. A única estrela de nêutrons que pode rivalizar com esta velocidade é o candidato encontrado no remanescente de supernova conhecido como G350.1-0.3. A velocidade desta estrela no presente sistema é estimada entre 4,8 e 9,6 milhões de quilômetros por hora. Se as observações são o que parecem ser, os astrônomos terão de recalcular as incríveis forças criadas por explosões de supernovas. Visto em observações feitas com 3 telescópios diferentes: o observatório de raios X Chandra da NASA, o XMM-Newton da ESA, e o radiotelescópio Parkes, na Austrália, o objeto emissor de raios X denominado IGR J11014-6103 parece estar fugindo dos restos de uma supernova na constelação de Carina, a 30.000 anos-luz da Terra. A fonte de raios X foi descoberto pelo INTEGRAL (International Gamma-Ray Astrophysics Laboratory). A evidência para esta velocidade potencialmente recordista vem, em parte, das características destacadas nesta imagem composta. As observações do Chandra (verde) e do XMM-Newton (roxo) foram combinados com os dados infravermelhos do projeto 2MASS e dados ópticos do Digitized Sky Survey (vermelho, verde e azul, mas que aparece na imagem como branco). O objeto em forma de cometa, possui uma “cauda” de cerca de 3 anos-luz, é provavelmente um pulsar, apresentando rápida rotação, sendo restos superdensos de um remanescente de supernova conhecido como SNR MSH 11-61A, cuja idade é estimada em aproximadamente 15.000 anos. Ondas de choque da supernova têm aquecido o gás circundante a vários milhões de Kelvin, fazendo com que o remanescente brilhe intensamente na frequência dos raios X. Os fatos indicam que ele está fraco em comprimentos de onda ópticos e infravermelhos e não mudou o brilho em observações em raios X entre 2003 através do XMM-Newton e 2011 através do Chandra, sustentando que objeto seje um pulsar. O formato do IGR J11014-6103 pode ser o resultado de sua grande velocidade através do espaço, onde o vento no pulsar retorna pela onda de choque de alta energia criada na vanguarda de sua passagem. Um caso semelhante foi observado em outro objeto conhecido como PSR B1957+20. Estes resultados foram publicados na edição de maio de 2012 no periódico The Astrophysical Journal Letters.
Créditos: Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics
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