O estrondoso sucesso da missão Lunar Reconnaissance Orbiter, ou LRO, com certeza existe devido ao fato dela ter sido uma das primeiras missões na Lua a fazer excelentes imagens oblíquas da superfície do nosso satélite. Existem centenas dessas imagens que ilustram de maneira perfeita a beleza e o caráter científico de tal aquisição. A imagem acima é um exemplo desses e mostra uma visão em direção ao sul ao longo da costa nordeste do Oceanus Procellarum. No ponto indicado com o número 1 está a fonte de lavas do Sharp Rille, que começa em uma abertura em forma de V que é ainda duas vezes mais profunda do que o canal de lava que flui dela se contorcendo ao redor e então indo em direção ao sul. Um canal de lava sinuoso anterior é sobreposto pela abertura, mas flui para leste, contornando as colinas até o ponto identificado pelo número 2, onde algo interessante acontece, uma bifurcação com parte indo para cima e outro canal virando para esquerda, mas morrendo rapidamente. Usando a ferramenta de altimetria da sonda LRO pode-se descobrir que o assoalho do canal soerguido é mais alto do que o ponto de junção. Isso poderia significar que o canal foi um velho canal abandonado à medida que ele virou para a esquerda, de modo que talvez ele nunca tenha fluido em ambas as direções no mesmo momento. Mas, pelo fato do canal superior parecer mais recente do que o da esquerda essa interpretação pode ser algo mais trabalhoso. No ponto identificado pelo número 3 existe uma cratera de impacto bem recente com 7 km de diâmetro e chamada de Louville D, e perto dela está a cratera concêntrica, denominada de Louville DA. O nítido canal torna-se mais difícil de ser visto, ou seja, menos nítido e o ponto identificado pelo número 4 mostra que um canal mais estreito se divide de um mais largo e contorna para a esquerda enquando que o canal mais fino passa perto da cratera brilhante e então sobre uma cadeia baixa. Nessa visão o subduzido Sharp Rille toma seu caminho para sul. Na verdade, essa foi provavelmente a fonte para o triângulo de lava escura que é mais jovem e mais brilhante do que a lava a oeste. O canal passa pelo íngreme cone Marian T, identificado pelo número 6. Existem outras feições interessantes aqui. No ponto identificado pelo número 7 existem três crateras próximas com segmentos retos entre elas, elas, provavelmente foram formadas num impacto triplo simultâneo.
Créditos: LPOD
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