No dia 28 de Junho de 2012, a sonda Cassini da NASA passou por Tétis, uma lua de Saturno que tem 1.062 quilômetros de diâmetro e que é feito quase que completamente de gelo. Tétis é coberto por crateras de todos os tamanhos, mas a mais impressionante delas é a enorme cratera Odysseus, que se espalha por incríveis 450 km no hemisfério norte da lua, ocupando aproximadamente dois quintos de todo o diâmetro do satélite. De fato, o que quer que seja que se chocou com Tétis no passado distante, provavelmente deve ter se partido em muitos pedaços, mas não foi isso que aconteceu. Tétis, provavelmente absorveu o corpo que se chocou criando a Odysseus. Isso se deve ao fato de que o satélite no momento do impacto ainda estava parcialmente derretido, de modo que ele pôde absorver a energia do impacto evitando a desintegração completa do projétil cósmico, embora essa colisão tenha deixado uma marca eterna na superfície do satélite. As imagens aqui apresentadas são imagens brutas feitas pela sonda Cassini durante sua última passagem por Tétis, mostrado claramente a superfície bem acidentada do satélite além de parte do terreno da Odysseus a uma distância de 68.521 quilômetros. O pico central da Odysseus entrou em colapso, deixando uma depressão, outro indicativo de que a lua não estava totalmente sólida quando o impacto aconteceu. Tétis orbita Saturno a uma distância de 294.660 quilômetros, o que é perto em termos cósmicos, só para se ter uma idéia, é bem mais perto do que a distância entre a Terra e a Lua. Essa proximidade faz com que Tétis esteja sujeito a forças de marés, o aquecimento friccional provavelmente ajudou a manter Tétis mais derretido por mais tempo antes de se congelar e solidificar totalmente. Uma das consequências disso é que Tétis se apresenta com menos crateras do que por exemplo as luas Réia e Dione que ainda mantém as marcas dos primeiros impactos, embora ao olharmos para a região ao sul da Odysseus é difícil imaginar um lugar que tenha mais cratera do que essa região. Tétis é outro objeto que nos lembra do lugar violento que o Sistema Solar pode ser.
Créditos: Universe Today
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