domingo, 5 de agosto de 2012

Nasa quer registrar cada detalhe de chegada hipersônica a Marte

O pouso da sonda Curiosity em Marte, previsto para ocorrer na próxima madruga, é uma manobra ousada da Nasa. Com uma massa 10 vezes maior e o dobro do tamanho das "irmãs" Spirit e Opportunity, a chegada do equipamento em solo marciano é um desafio para os engenheiros da agência espacial americana. Mas, por outro lado, eles querem registrar cada detalhe do processo e usar isso para aprimorar as próximas missões - até as tripuladas. São 14 sensores presos ao escudo de calor, que deve proteger o robô durante os sete minutos de descida. Sete sensores vão medir a temperatura do escudo durante o processo, enquanto os demais vão medir mudanças na pressão atmosférica. Os dados serão gravados e enviados para a Terra. Os pesquisadores do projeto estão ansiosos. Dizem que mal podem esperar para receber os dados. "Nós nunca tivemos a chance de coletar material de alta qualidade de uma espaçonave entrando na atmosfera de outro planeta", diz Jim Pittman, líder da pesquisa sobre a chegada da Curiosity em Marte. As informações sobre o complicado pouso serão usadas para melhorar as futuras idas ao planeta vermelho. Os engenheiros da agência esperam as informações de como o escudo de calor vai se comportar na atmosfera marciana, já que ela chegará em velocidade hipersônica (cinco vezes a do som). No futuro, isso permitirá a chegada de equipamentos ainda maiores e, possivelmente, uma missão tripulada. O sistema que vai registrar os detalhes da chegada da sonda custou US$ 28 milhões, valor pequeno se comparado ao total do projeto: cerca de US$ 2,5 bilhões. Ontem, a Nasa informou que uma tempestade de poeira que atingiu o hemisfério sul de Marte na madrugada de sábado e que poderia complicar a missão já estava se dissipando. "Marte está cooperando e oferecendo um bom clima para a aterrissagem. A tempestade de poeira está transformando em apenas uma inofensiva nuvem de poeira", explicou em entrevista coletiva Ashwin Vasavada, um dos cientistas da agência espacial americana.

Créditos: Terra Ciência

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