sábado, 6 de outubro de 2012

Apenas 11 equipes no planeta terão acesso a amostras de asteróide

Em 2010, a sonda japonesa Hayabusa completou uma missão inédita na pesquisa espacial: ela chegava à Terra com as primeiras amostras coletadas em um asteróide e trazidas para o planeta. Agora, 11 equipes de pesquisadores ao redor do planeta vão ter acesso a 70 pequenos grãos que o robô conseguiu pegar na pedra de 500 m. Uma delas, da Universidade de Manchester, por exemplo, recebeu sete grãos por ter o sistema mais sensível para detectar os raros gases xenônio e criptônio. O time da Inglaterra - liderado por Henner Busemann e com pesquisadores da Alemanha, Suécia e Suíça - espera descobrir o quão rapidamente e através de quais processos a superfície foi modificada e se material do asteróide Itokawa acabou na Terra - acredita-se que substâncias importantes do nosso planeta vieram desses corpos, como a água. "Meteoritos são amostras que caíram na Terra de asteróides, e aprendemos muito com eles", diz Busemann em nota da universidade. "Contudo, esses grãos são únicos porque nós sabemos de qual dos milhões de asteróides eles vieram e eles não foram expostos ao ambiente da Terra. Estamos aprendendo muito sobre como os asteróides se formam e evoluem." Segundo a universidade, Itokawa foi apenas o terceiro corpo do qual o ser humano conseguiu coletar amostras e trazer à Terra. Além das missões Apollo e Luna, que visitaram nosso satélite natural, a Stardust conseguiu amostras do cometa Wild 2. O estudo atual pretende entender melhor os primórdios do Sistema Solar, na época da formação dos planetas, há cerca de 4,5 bilhões de anos.

Créditos: Terra

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