Foram descobertas duas supernovas “superluminosas”, 10 a 100 vezes mais brilhantes que as outras supernovas, nas partes mais distantes do universo. As supernovas, descobertas pela equipe do astrofísico Dr. Jeffrey Cooke, da Universidade de Tecnologia Swinburne (Austrália), além de serem extremamente brilhantes, também detém o recorde das mais distantes já encontradas, com redshift (desvio para o vermelho) maior que dois (z>2), o que corresponde a mais de 10 bilhões de anos no passado. Para que uma estrela exploda em uma supernova superbrilhante, é preciso que ela seja gigantesca, pelo menos 100 a 250 vezes mais massivas que o nosso Sol. Este tipo de estrela só era possível nos primeiros bilhões de anos depois do início do Big Bang, ou seja, essas são estrelas de primeira geração, que se formaram direto das nuvens de hidrogênio produzidas pela nucleossíntese do Big Bang. O mecanismo que faz com que elas brilhem tanto não é muito bem conhecido, mas se supõe que a explosão começa quando fótons se transformam em pares elétron-pósitron, ou seja, quando a energia transformava-se em matéria e antimatéria. Estas características, o brilho alto e o redshift maior que 2, encorajaram o dr. Cooke e sua equipe a procurar as supernovas usando o gigantesco telescópio Keck, no Havaí. Eles monitoraram dezenas de milhares de galáxias jovens, as mais prováveis a abrigar as estrelas em questão. A pesquisa rendeu estas duas supernovas, em redshifts de 2,05 e 3,90, batendo o recorde anterior de uma supernova “normal”, que tinha o redshift de 2,36. Quer ver o trabalho completo? Ele leva o título de “Super-luminous Supernova Discoveries at z=2.05 and z=3.90″ (“Descoberta de Supernovas Superluminosas em z=2,05 e z=3,90″) e está online (em inglês) no periódico Nature.
Créditos: Hypescience
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