Os meteoritos palasitos parecem mel em um favo, vindos diretamente do espaço. Essas rochas são formadas por belos e translúcidos cristais verdes encrustados numa estrutura esponjosa que parece ser um favo, compostos de ferro e níquel. Esses raros e belíssimos meteoritos fascinam pesquisadores e curiosos desde que foram identificados pela primeira vez, mais de 200 anos atrás. Apenas 61 palasitos foram registrados no mundo. A beleza desses meteoritos é tanta que muita gente paga caro por pedaços mínimos dessa rocha espacial em leilões. Só agora os pesquisadores começam a entender de onde surgiram esses meteoritos. E essa origem é bem mais dramática do que se imaginava, conforme aponta um novo estudo publicado no periódico Science. Utilizando um laser de dióxido de carbono e outros dispositivos sofisticados, uma equipe de geofísicos, coordenados por John Tarduno da Universidade de Rochester (EUA), descobriu que os palasitos provavelmente foram formados quando um pequeno asteróide colidiu com um corpo planetário, cerca de 30 vezes menor que a Terra. Isso teria resultado na mistura de materiais que compõe esses distintos meteoritos. Pesquisadores acreditam que o objeto que colidiu com o meteoro tinha um raio de cerca de 200 quilômetros, o suficiente para ser considerado um protoplaneta, ou seja, um pequeno corpo celeste com potencial para se tornar um planeta. Esse estudo mostra que é possível compreender como esse tipo de objeto cósmico é formado nos primórdios do sistema solar. O trabalho ajuda também a esclarecer como pequenos objetos celestes podem ter uma atividade dinâmica no universo.
Créditos: Hypescience
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