Um grupo de astrônomos está convidando o público para se juntar a eles na caça por novas estrelas na galáxia de Andrômeda. Eles querem encontrar grupos de estrelas na nossa galáxia vizinha, também conhecida como M31. Para contribuir, tudo que o interessado precisa é um computador com acesso a internet e a vontade de ajudar, segundo o chefe da equipe, Anil Seth, que também é professor de física e astronomia da Universidade do Utah. A idéia, chamada de “Andromeda Project”, começou na última quarta-feira e deve resultar na maior amostra de aglomerados de estrelas de uma única galáxia espiral quando estiver completo. Os cientistas falam em 2.500 novos aglomerados de estrelas ao final das colaborações do público, o que pode ajudar a entender como esta galáxia em rota de colisão com a Via Láctea se formou. “O benefício geral é entender melhor como as galáxias espiraladas se formam. A Andrômeda é o exemplo mais próximo de uma galáxia [espiralada], exceto a via Láctea. Nós podemos estudar coisas em detalhes que não vemos em distâncias maiores”, disse Anil em entrevista ao LiveScience. A equipe de Anil está usando imagens do Tesouro Andrômeda do Hubble Pancromático (PHAT, na sigla em inglês) para obter imagens de um terço da galáxia quando a pesquisa estiver completa no meio do ao que vem. A pesquisa está tomando dois meses do telescópio Hubble, tornando-a um dos mais longos estudos já realizados por ele. O projeto é tão grande que envolve 20 instituições com vários objetivos científicos diferentes. Primeiramente, a equipe identificou 600 aglomerados em 20% das imagens obtidas, e isso levou meses. Eles queriam automatizar o resto da busca com computadores, mas dificuldades surgiram quando eles tentaram configurar o software para isso. Como o fundo da galáxia varia atrás dos aglomerados, era difícil configurar um software automático para fazer o trabalho. “Nós não pudemos chegar ao ponto em que pudéssemos pegar um grande número de estrelas que identificamos com o olho. Havia milhares de candidatos que não eram aglomerados reais”, disse Anil. Nessa hora, o site Zooniverse propôs uma abordagem diferente a Anil: fazer um crowdsourcing com as imagens, ou seja, usar a ajuda intelectual de diversos internautas para atingir um objetivo. O site já tinha vários projetos bem-sucedidos em sua história. Para a ciência, crowdsourcing era algo muito novo, mas Anil e sua equipe abraçaram a idéia e prepararam 12 mil imagens por seis meses para que o público fizesse observações. Eles esperam de 50 a 100 visualizações em cada imagem até o meio de 2013. Os cientistas possuem vários métodos para aferir a precisão do público, como introduzir aglomerados sintéticos nas imagens como um teste, ou reciclar várias fotos que eles mesmos analisaram. Com as informações que vieram, eles esperam explicar a idade dos aglomerados e como eles se formaram naquela galáxia. “Aglomerados são bons objetos para estudar a história da formação [de Andrômeda] porque eles todos nascem ao mesmo tempo. Ao invés de ter uma única estrela, nós temos centenas de milhares de estrelas que nós tentamos identificar porque elas são todas da mesma idade”, diz Anil. Mais trabalhos relacionados aos aglomerados já estão sendo realizados com as imagens do PHAT. Anil e sua equipe pegaram imagens do Hubble para verificar a velocidade de locomoção de estrelas e aglomerados. Amil calcula que eles analisaram o espectro de mais de 10 mil estrelas com o PHAT. O projeto Andrômeda conta com a colaboração de muitos universitários americanos, do Planetário Adler de Chicago, Universidade de Oxford e a Agência Espacial Européia.
Saiba mais sobre o trabalho da Zooniverse clicando no link https://www.zooniverse.org/project/hubble
Saiba mais sobre o trabalho da Zooniverse clicando no link https://www.zooniverse.org/project/hubble
Fonte: Jornal Ciência
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