Na próxima segunda-feira, as duas sondas gêmeas que estão na órbita lunar serão arremessadas contra o topo de uma montanha, marcando o fim de uma missão de 12 meses ao redor do nosso satélite. O impacto será fulminante e ocorrerá próximo ao pólo norte da Lua. As duas sondas, batizadas de Flow e Ebb (Fluxo e Refluxo) foram lançadas em 1 de janeiro de 2012 como parte da missão GRAIL (Gravity Recovery and Interior Laboratory) que elaborou o mais detalhado mapa gravitacional do nosso satélite. "Está sendo muito difícil dizer adeus às nossos pequenos robôs gêmeos", disse a cientista Maria Zuber, principal investigadora para os dados da missão junto ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts, MIT. As duas sondas serão destruídas propositadamente, já que sua baixa altitude e o baixo nível de combustível impedem a continuação das operações científicas. A primeira sonda a se chocar contra a Lua será Ebb, com o impacto previsto para acontecer às 20:28:40 BRST (hora brasileira de verão) da segunda-feira, 17 de dezembro. A sonda Flow atingirá a Lua 20 segundos depois. Ambos os impactos ocorrerão próximos à cratera chamada Goldschmidt. De acordo com o JPL, laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, antes do impacto final as naves realizarão um último experimento, que fará seus foguetes serem acionados pela última vez até que o combustível dos tanques seja esgotado. O objetivo será validar os modelos de previsão de gasto de combustível, melhorando a confiabilidade das previsões de consumo para futuras missões. Como a quantidade exata de combustível remanescente nos tanques é desconhecida, os engenheiros do JPL optaram por fazer uma descida gradual que poderá levar diversas horas, com a nave "raspando" a superfície da Lua até atingir um terreno mais elevado ou uma montanha próxima ao local planejado. Ainda segundo o JPL, durante o impacto não haverá geração de imagens, uma vez que a região do alvo estará mergulhada na sombra. Esta não é a primeira vez que uma sonda se choca contra a Lua. Em junho de 2009 a sonda Kaguya impactou contra o hemisfério sul do nosso satélite e em outubro do mesmo ano foi a vez da nave estadunidense LCROSS fazer o mesmo. Antes disso, em setembro de 2006 a nave européia Smart-1 também fez o mesmo, atingindo uma cratera de 150 km de diâmetro, localizada no hemisfério sul da Lua.
Fonte: Apolo 11
Nenhum comentário:
Postar um comentário