A sonda americana Voyager 1 já está na zona prévia à saída do sistema solar, para se transformar no primeiro aparelho humano a percorrer o espaço interestelar, informou a Nasa nesta segunda-feira. A Voyager entrou em uma nova região nos confins do sistema solar, na última etapa antes de atingir o espaço intersideral, revelam os instrumentos a bordo da sonda, lançada em 1977 e que já está a 18,5 bilhões de quilômetros do Sol. A sonda se encontra em uma "estrada" magnética através da qual partículas altamente carregadas de energia que provêm do espaço interestelar entram no sistema solar e partículas com pouca energia escapam do mesmo sistema, explicaram os cientistas a cargo da missão durante entrevista coletiva. "Acreditamos que se trata da última etapa do périplo da Voyager 1 antes de ingressar no espaço interestelar", disse Edward Stone, responsável do projeto no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltec), em Pasadena. "Segundo nossas estimativas, a Voyager 1 poderá sair do sistema solar no prazo de dois meses a dois anos", revelou Stone, assinalando que ninguém esperava por isto antes do lançamento da sonda. "Com ela é preciso estar preparado para o inesperado". As duas sondas Voyager lançadas em 1977, com um mês de intervalo, seguem em bom estado e funcionando. A Voyager 2 está atualmente a 15 bilhões de quilômetros do Sol. O programa de exploração Voyager tinha por objetivo estudar planetas do sistema solar. As duas sondas passaram por Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, incluindo 48 luas. Os dados obtidos pelos nove instrumentos a bordo de cada uma das sondas fizeram desta missão a mais bem sucedida da história da exploração do sistema solar. As Voyagers revelaram numerosos detalhes dos anéis de Saturno e permitiram descobrir os anéis de Júpiter. Também transmitiram as primeiras imagens precisas dos anéis de Urano e de Netuno, descobriram 33 novas luas e revelaram atividade vulcânica em Io, além da estranha estrutura de duas luas de Júpiter.
Créditos: Terra
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