terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Descobertos 19 exoplanetas na zona habitável

Cientistas do telescópio espacial Kepler anunciaram a descoberta de 461 novos candidatos a planetas. O termo "candidato a planeta" é usado para os corpos celestes cuja descoberta exigirá novas observações ou novos detalhamentos para confirmação dos dados. Desses 461 exoplanetas, quatro encontram-se na zona habitável, uma distância da estrela que garante que a atmosfera não seja muito fria e nem muito quente, com as condições adequadas para a manutenção de água em estado líquido na superfície do planeta. Os dados revelam uma tendência de aumento constante na descoberta de planetas de dimensões menores do que os tradicionais gigantes gasosos, assim como do número de estrelas com mais de um planeta. Com os novos resultados, o telescópio Kepler já descobriu 2.740 exoplanetas, orbitando 2.036 estrelas. O número de planetas extrassolares de dimensões comparáveis às da Terra cresceu 43%, enquanto o número de super-terras - ligeiramente maiores do que a Terra, mas menores do que os gigantes gasosos - cresceu 21%. O número de estrelas com mais de um planeta passou de 365 para 467 - 43% dos candidatos a planetas descobertos pelo Kepler têm vizinhos na mesma estrela. O telescópio Kepler identifica planetas medindo repetidamente a mudança no brilho de mais de 150.000 estrelas, em busca de planetas que passam em frente - ou transitam - à frente das estrelas. São necessários pelo menos três trânsitos para que o sinal seja considerado um candidato a planeta. As maiores novidades, contudo, vieram do projeto Planethunters - caçadores de planetas, em tradução livre. No Planethunters, voluntários analisam milhares de imagens em busca de sinais de exoplanetas. Recentemente, dois deles ganharam fama internacional ao descobrir um exoplaneta com quatro sóis. Agora, a equipe anunciou a descoberta de nada menos do que 15 exoplanetas na zona habitável de suas estrelas, elevando o número de descobertas da equipe para 34 exoplanetas com potencial para abrigar vida. Os cientistas também confirmaram com 99,9% de certeza a existência do PH2 b, a segunda descoberta confirmada de um exoplaneta feita pela iniciativa de ciência-cidadã. "Há uma obsessão em encontrar planetas semelhantes à Terra, mas o que estamos descobrindo, com planetas como o PH2 b é muito estranho," disse o Dr. Chris Lintott, da Universidade de Oxford. "Júpiter tem várias grandes luas ricas em água - imagine arrastar um sistema desses para a região confortavelmente quente onde a Terra está. Se esse planeta tiver luas do tamanho da Terra, não veríamos Europa e Calisto, mas mundos com rios, lagos e todos os tipos de habitats - um cenário surpreendente que pode simplesmente ser comum," vislumbra o cientista. O próprio telescópio Kepler tem como um de seus objetivos científicos descobrir luas habitáveis.

Fonte: Inovação Tecnológica

4 comentários:

  1. Bem... lendo a matéria não consegui identificar ao menos um exemplo de algum "planeta" parecido com a Terra, muito menos a distância.
    O fato é que as autoridades espaciais só gastam dinheiro mandando robôs apenas para Marte. Ainda não vi notícia acerca de mandar robô para outro planeta do nosso sistema, muito menos para outros destes comentados chamados exoplanetas. Deveriam apliar mais as pesquisas afim de ampliar descobertas físicas. A não ser que estejam fazendo isso por baixo dos panos.

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    1. Mas nossos telescópiios ainda não têm a capacidade de tirar fotos diretas de um planeta e, como sabemos, ainda não temos naves com tecnologia de chegar a estrela mais próxima, 4,2 anos-luz. Para isso, levaríamos milhares de anos. A nossa nave mais rápida lançada no espaço até o momento (no final da década de 70) a uma velocidade 17km/s, só está a um pouco mais de 16 bilhões de quilômetros de nós. Mas vamos aguardar cenas de um próximo capítulo, creio que teremos surpresas ainda este ano.

      Abraços amigão!

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  2. Também concordo com Renato Fernandes, as autoridades espaciais só gastam tempo e dinheiro com o planeta vermerlho, enquanto as luas Europa, Io e Titâ com certeza tem muito mais a oferecer em pesquisas do que um planeta até onde se sabe inerte, e esssas luas segundo tambem os astofísicos estão em atividade.

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    1. Ambos têm toda razão! E acredito que poderíamos ter mais surpresas nessas luas, do que em Marte, que pelas imagens fornecidas a nós, não há nada de interessante lá
      Abraços!.

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