terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Novo telescópio espacial vai estudar o "Universo Negro"

A NASA juntou-se oficialmente à missão Euclid, da ESA (Agência Espacial Européia), um telescópio espacial concebido para investigar a natureza misteriosa da matéria escura e da energia escura. Com lançamento previsto para 2020, o telescópio com 1,2 m de diâmetro e dois instrumentos científicos irá mapear a forma, o brilho e a distribuição tridimensional de dois bilhões de galáxias, cobrindo mais de um terço de todo o céu e olhando para trás no tempo ao longo de três quartos da história do Universo. Os cientistas esperam resolver problemas essenciais para a nossa compreensão da evolução e do destino do nosso cosmos em expansão: os papéis desempenhados pela matéria escura e pela energia escura. A matéria escura é invisível, mas tem gravidade e atua atrasando a expansão do Universo, agindo no mesmo sentido que a gravidade. A energia escura, no entanto, parece estar acelerando a expansão vista à nossa volta atualmente, contrapondo-se à gravidade. Juntas, estas duas componentes contabilizam 95% da massa e da energia do Universo, Mas o que elas são permanece um mistério absoluto - todas as tentativas para detectá-las diretamente até hoje falharam. E já há outro complicador na observação celeste, chamado Fluxo Escuro, que conflita com o modelo de expansão "harmônica" do Universo. O telescópio Euclid está otimizado para tentar responder a uma das mais importantes questões da cosmologia: porque que o Universo está se expandindo a um ritmo acelerado, em vez de estar desacelerando devido à atração gravitacional da matéria de que é composto? A descoberta desta aceleração cósmica, em 1998, recebeu o Prêmio Nobel da Física em 2011. No entanto, a causa dessa aceleração ainda não é conhecida. O termo "energia escura" foi cunhado com o sentido de uma força misteriosa que causa essa aceleração. Usando o Euclid para estudar os seus efeitos em galáxias e aglomerados de galáxias pelo Universo, os astrônomos esperam chegar mais perto do entendimento da sua verdadeira natureza e influência. A agência norte-americana irá fornecer 20 detectores para instrumentos de infravermelho próximo, que irão operar em conjunto com uma câmara no comprimento da luz visível. Os instrumentos, o telescópio e o corpo da sonda serão construídos e operados na Europa. A NASA também nomeou 40 cientistas para se tornarem membros do Consórcio Euclid, que irá acompanhar a construção dos instrumentos e analisar os dados científicos que resultarem da missão. O consórcio já inclui quase mil cientistas de 13 países europeus e dos Estados Unidos.

Fonte: Inovação Tecnológica

Um comentário:

  1. Existe mesmo o fluxo escuro? Vi em reportagens recentes que não foi confirmada sua existência.

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