terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O último vídeo da Lua feito por uma sonda moribunda

 
Em 17 de dezembro de 2012, as sondas gêmeas Ebb e Flow (“fluxo” e “refluxo”, efeitos de maré), componentes da missão GRAIL com o objetivo de mapear a gravidade superficial lunar, espatifaram-se nas costas de uma montanha no pólo norte lunar. 3 dias antes, em 14 de dezembro, enquanto voavam a 10 km de altitude, as câmeras do projeto MoonKAM fizeram milhares de fotografias, que foram coladas em dois clipes de vídeo. As tomadas foram feitas sobre o hemisfério norte do lado oculto da lua, próximos da cratera de impacto Jason. O primeiro vídeo foi feito pela câmera que aponta para a frente na sonda Ebb, composto de 931 frames individuais. O segundo vídeo foi feito pela câmera que aponta para trás, e tem 1.498 frames individuais. As imagens foram feitas como parte de um programa de verificação final do equipamento antes do impacto. A velocidade de playback é 6 vezes mais rápida que a velocidade orbital verdadeira das sondas. O aspecto vertical das fotos gerou a piada que a Nasa, com todo o seu conhecimento e preparo, ainda não sabe fazer filmagens na posição de paisagem, em vez de retrato. Partindo de uma iniciativa da astronauta Sally Ride, primeira mulher americana no espaço, falecida em 2012, o projeto MoonKAM – Moon Knowledge Acquired by Middle School Students (“Conhecimento sobre a Lua obtido por estudantes de ensino médio”) foi o primeiro da Nasa voltado para a comunidade estudantil de ensino médio. Cada sonda da missão GRAIL levava quatro câmeras fotográficas digitais: o primeiro grupo de três câmeras de 6mm apontando para frente, para baixo e para trás, e a quarta câmera, de 50mm apontando para baixo. Estudantes de ensino médio do mundo inteiro podiam requisitar imagens da Lua, que seriam feitas por estas câmeras e disponibilizadas às escolas. Desta forma, eles podiam estudar crateras, montanhas e vales lunares.

Fonte: Hypescience

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