Observadas a partir da Terra, as estrelas aparentemente piscam – contudo, isso não passa de uma ilusão de óptica, já que, na verdade, a luz que emitem é constante. O que estaria por trás desse fenômeno? Há pelo menos duas explicações possíveis. A primeira estaria na atmosfera terrestre: quando atravessada pela luz das estrelas, provoca interferência, já que é densa e instável e sua temperatura varia conforme a camada. É como observar um objeto no fundo de uma piscina: a luz é desviada pela água antes de chegar aos nossos olhos, fazendo com que o objeto esteja aparentemente em movimento. Se fosse este o caso, por que a lua e planetas do nosso sistema solar também não “piscam”, já que sua luz (refletida do Sol) também atravessa a atmosfera terrestre? De acordo com o astrônomo Phil Plait, do blog Bad Astronomy, esses corpos celestes estão muito mais próximos de nós do que a maioria das estrelas, o que os faz parecer maiores e torna o desvio da luz praticamente imperceptível. A segunda teoria é a de que a chamada “nuvem de Oort” (supostamente localizada a cerca de 1 ano-luz do Sol, nos limites do nosso sistema solar) seja responsável por causar esse desvio na luz das estrelas. Como outros planetas estão dentro dela, a luz que refletem não precisa atravessá-la antes de chegar à Terra. Independentemente da causa, astrônomos precisam driblar o fenômeno, e fazem isso de duas maneiras: usando telescópios equipados com lentes especiais, que compensam os desvios causados pela atmosfera, ou telescópios espaciais que orbitam fora da Terra. Curiosamente, essa questão do “piscar” das estrelas chegou a ser tema de um livro, publicado em 1969 pelo ex-astrônomo Walt Cunningham, com o título “Importance of Observation that Stars Don’t Twinkle Outside the Earth’s Atmosphere” (“Importância da Observação de que Estrelas não Piscam fora da Atmosfera Terrestre”).
Fonte: Hypescience
estou me apaixonando por este blog,,,muito muito bom!!!!!!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário!
ResponderExcluirAbraços