O robô “Curiosity” que está em missão pela NASA em Marte desde o dia 6 de agosto de 2012, enviou uma imagem panorâmica incrível de uma montanha mais alta que o Monte Everest. Chamada de Aeolis Mons, mas conhecida oficialmente como Monte Sharp, a montanha em Marte possui 5,5 km, a partir do centro da cratera Gale, tornando a sua base para o pico maior do que qualquer montanha da Terra. No Monte Everest a base até o pico possui 4,6 km. Monte Sharp é um enorme monte com camadas de sedimentos erodidos elevados acima da cratera que o Curiosity estava explorando. As encostas inferiores do Monte Sharp permanecem sendo o destino final da missão, apesar do robô Curiosity gastar ainda muitas semanas ao redor da região chamada "Baía Yellowknife”, onde recentemente pesquisadores encontraram evidências de que Marte no passado poderia ter sido um ambiente propício à vida microbiana. As imagens do Monte Sharp foram tiradas por uma lente de telefoto 100 milímetros montado no lado direito do mastro do Curiosioty, em 20 de setembro do ano passado, no dia que a missão completava 45 dias sobre o PlanetaVermelho. A NASA enviou duas versões da imagem em mosaico. Uma versão do mosaico foi balanceada para mostrar o terreno como ele seria visto sob a iluminação da Terra, onde o céu é da cor azul. As imagens balanceadas ajudam cientistas a reconhecerem materiais rochosos com base na experiência terrestre. Para um observador humano em Marte, o céu sobre o planeta seria parecido com uma cor caramelo. Na versão do mosaico com a cor bruta, parece uma cena obtida pela máquina de um celular. Em ambas as versões a cor do céu foi preenchida com informações capturadas de outras imagens do terreno. O projeto Mars Science Laboratory da NASA está usando o Curiosity e mais 10 instrumentos para investigar a história ambiental dentro da cratera Gale. A altura do Monte Sharp é a mesma da maior montanha lunar “Mons Huygens”, mais alto do que o “Mons Hadley” descoberto em 1971 por exploradores a bordo da Apollo 15. Na semana passada, a NASA anunciou que a análise de uma amostra da rocha coletada em Marte poderia ter ingredientes químicos essenciais para o desenvolvimento de vida primitiva. Os cientistas identificaram enxofre, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, fósforo e carbono, onde o robô Curiosioty perfurou de uma rocha sedimentar perto de um leito antigo. Michael Meyer, cientista-chefe do Programa de Exploração de Marte pela NASA, declarou: "A questão fundamental para esta missão é se Marte poderia ter apoiado um ambiente habitável. Pelo que sabemos agora, a resposta é sim". O Curiosity é o robô mais avançado e sofisticado enviado até Marte, com um laboratório integrado e com instrumentos modernos capazes de transmitir análises complexas. Ele tem seis rodas e é equipado com 10 instrumentos científicos e mede 2,2 m de altura. O projeto custou 2,5 bilhões de dólares e alguns dos objetivos da missão está na investigação do clima e a geologia de Marte, avaliar se a Cratera Gale ofereceu condições ambientais favoráveis à vida microbiana, dentre outros estudos.
Fonte: Jornal Ciência
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