Novas notícias sobre esta surpreendente forma que ainda não foi comprovada, de fato. Especulações teóricas não faltam para definir a matéria escura, no entanto, só agora cientistas obtêm dados relevantes que podem corroborar com mais resultados significativos esclarecendo melhor este fenômeno. Algumas teorias físicas sugerem que a matéria escura é feita de WIMPS – Partículas de Massa de Interação Fraca – um tipo de partícula semelhante à sua própria antimatéria. Quando os pares de matéria e antimatéria se encontram, elas se destroem, o que leva a concluir que se duas partículas WIMPS se colidem; elas são aniquiladas, gerando um rebento, uma partícula filha que é composta de um elétron e sua contraparte de antimatéria, o pósitron. O Espectrômetro Magnético Alfa é a ferramenta capaz de detectar os pósitrons e os elétrons decorrentes da aniquilação da matéria escura na Via Láctea. O aparelho instalado na Estação Espacial Internacional custou 2 bilhões de dólares e já observou até agora 25 bilhões de eventos de partículas, entre eles cerca de 8 bilhões de elétrons e pósitrons. Esta primeira avaliação irá determinar quanto de cada uma dessas partículas foi encontrada e quais os tipos de energia presentes. Se o experimento detectar uma abundância de pósitrons, chegando a uma certa energia, será fator determinante para confirmar a presença de matéria escura, porque quanto mais elétrons no Universo, menores as chances de encontrar pósitrons. Os pósitrons produzidos pela destruição da matéria escura têm uma energia muito específica, segundo Michael Turner, cosmólogo da Universidade de Chicago. Ele disse que: “A principal característica da arma de fumaça é que existe um aumento seguido de uma queda acentuada”, referindo-se a energia encontrada na análise dos pósitrons e elétrons. Uma maneira de diferenciar a classe de pósitrons encontrada é verificar a concentração e como está direcionada, se forem de matéria escura estariam distribuídos uniformemente pelo espaço, já no caso de uma explosão de uma estrela, por exemplo, estes pósitrons estariam se movendo a partir de uma única direção. Segundo o físico teórico Lisa Randall, da Universidade de Harvard: “Existem muitas coisas que podem parecer com matéria escura – a questão é saber distinguir, pois fenômenos astrofísicos podem gerar antimatéria”. Outros projetos existem como o Grande Colisor de Hádrons, na Suíça. Certamente que em mais um par de décadas a ciência terá novas bases de estudo acerca das partículas WIMPS, comprovando ou não a existência da matéria escura.
Fonte: Jornal Ciência
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