quinta-feira, 18 de julho de 2013

Cometa ISON se aproxima e telescópio Hubble registra novas imagens

Durante sua jornada rumo ao Sistema Solar interior, o cometa ISON não encontrou radiação solar suficiente para fazer o gelo em sua estrutura evaporar, já que se encontrava sob as baixíssimas temperaturas do espaço, próximas a 200 graus negativos. Entretanto, à medida que se aproxima do Sol os efeitos da radiação começarão a produzir efeitos. E isso está para acontecer. Neste momento, ISON está a 420 milhões de quilômetros do Sol e os últimos cálculos mostram que no final de julho e começo de agosto o cometa sairá da "zona congelada", uma região que começa a 370 milhões km do Sol e fria o suficiente para que os compostos de hidrogênio como a água, amônia e metano se condensem em grãos sólidos de gelo. Saindo dessa zona, o gelo de ISON vai passar a evaporar muito mais rapidamente, o que fará seu brilho aumentar. O interessante é que a partir desse momento tudo pode acontecer, até mesmo a ruptura do cometa em vários pedaços como já aconteceu com outros objetos semelhantes após atravessarem a linha de congelamento. Em sua rota de aproximação, em 1 de outubro ISON passará a apenas 10 milhões km do planeta Marte e caso se comporte direitinho, em 28 de novembro deverá contornar o Sol com brilho mais forte que o da Lua cheia, embora nenhum pesquisador, profissional ou amador, coloque a mão no fogo por isso. Depois disso, em 27 de dezembro o cometa passará a apenas 63 milhões de km da Terra, mas sem risco de colisão. Até hoje, o cometa mais brilhante já observado e que teve sua magnitude estimada foi C/1965 S1 Ikeya-Seki, que em 1965 foi visto à luz do dia ao brilhar com 10 magnitudes negativas. Depois dele foi a vez de C/2006 P1 McNaught, o segundo cometa mais brilhante já registrado. McNaught atingiu magnitude negativa de 5.5 e se tornou um show no céu de todo o mundo, inclusive no Brasil, onde também pôde ser visto à luz do dia. De acordo com alguns modelos de magnitude, o brilho de C/2012 S1 ISON poderá atingir até 19 magnitudes negativas. Isso é cerca de 4.000 vezes o brilho que do cometa C/1965 S1 Ikeya-Seki apresentou em 1965 ou então 40 vezes o brilho da Lua Cheia. No entanto, em uma projeção feita pelo site Apolo11 usando o modelo SSD (Solar System Dynamics), da Nasa, a menor magnitude (maior brilho) alcançada foi de -11.64 magnitudes, a ser observado no dia 29 de dezembro de 2013. Apesar de ser uma diferença muito grande para outros modelos, ainda assim o brilho de C/2012 S1 ISON será quase três vezes maior que o do cometa Ikeya-Seki ou 25 vezes mais intenso que o do cometa C/2006 P1 McNaught, que chamou muito a atenção em 2007 e pôde ser visto até mesmo durante o dia, inclusive nas grandes capitais.

Fonte: Apolo11.com

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