sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Astronautas na Estação Espacial controlam robô no solo

Explorar o espaço com robôs espaciais ou com astronautas é um dilema que divide especialistas há muito tempo. Como levar um astronauta para a superfície de outro planeta, e tirá-lo de lá, é muito mais complicado do que colocar o mesmo astronauta em órbita do mesmo planeta, a NASA está testando uma terceira via. A idéia é enviar os astronautas a outros mundos, sejam planetas ou asteróides, mas deixá-los em órbita, controlando via rádio robôs que desçam à superfície. A abordagem é conhecida como telerrobótica espacial. Os primeiros testes foram realizados durante este mês, inaugurando o "Conceito Telerrobótico de Exploração Superficial" da agência espacial norte-americana. Embora o robô usado nos testes seja bastante simples, o objetivo, no futuro, é permitir que os astronautas em órbita controlem verdadeiros "avatares robóticos" na superfície. O astronauta Chris Cassidy, a bordo da Estação Espacial Internacional operou remotamente o robô planetário K10, que estava no Roverscape, uma área de testes ao ar livre do tamanho de dois campos de futebol, localizado no Centro Espacial Ames. Por mais de três horas, Cassidy usou o robô para realizar um levantamento geológico do terreno, que simula o ambiente lunar. Depois, o astronauta Luca Parmitano assumiu o controle do K10 e usou-o para montar uma antena de rádio flexível. "Esse projeto representa a primeira operação remota totalmente interativa de um rover planetário por um astronauta no espaço," comemorou Terry Fong, chefe do programa "Exploração Humana Telerrobótica". "Embora a prática comum na exploração submarina seja usar um joystick e ter controle direto dos robôs submarinos, os robôs K10 são muito mais inteligentes. Os astronautas interagem com os robôs em um nível mais alto, dizendo-lhes para onde ir e, em seguida, o próprio robô descobre como chegar lá com segurança," continuou Fong. O principal objetivo dos testes de telerrobótica espaço-superfície é coletar dados da estação espacial, do robô K10 e dos links de comunicação de dados. Isto irá permitir que os engenheiros caracterizem e validem o sistema. Os retardos nos links de comunicação são, de longe, o maior problema para controlar com precisão um robô a partir do espaço. A NASA vai realizar uma última sessão de testes em Agosto, quando um astronauta irá inspecionar a antena implantada e estudar melhor a temporização da interação humano-robô.


Fonte: Inovação Tecnológica

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