domingo, 5 de janeiro de 2014

Asteroide 2014 AA queima na atmosfera da Terra horas depois de ter sido descoberto

Essa foi somente a segunda vez na história, que um asteróide que atingiu a Terra foi detectado horas antes do impacto. Mas não entre em pânico. O asteróide não colocou nenhuma cidade na Terra em perigo, ele muito provavelmente se queimou em algum lugar entre a África e a América do Sul sobre o Oceano Atlântico na madrugada dessa quinta feira, dia 2 de Janeiro de 2014. O asteróide 2014 AA, o primeiro asteróide descoberto no ano, foi registrado pelos astrônomos usando o telescópio Monte Lemmon Survey no Arizona. Como apontado pela imprensa especializada o asteróide media poucos metros de comprimento. Porém, não importa o seu tamanho, quando ele entrou na atmosfera da Terra, ele queimou como um meteoro. Ele deve ter apresentado um belo espetáculo visual que aconteceu um dia depois do Ano Novo. O 2014 AA é notável por ser o primeiro asteróide descoberto pré-impacto desde 2008. “O 2014 AA não deve ter sobrevivido à sua entrada na atmosfera da Terra, já que ele tinha um tamanho comparável ao 2008 T3, o único exemplo até então de um objeto que se chocou com a Terra e que foi observado antes de sua entrada”, disse uma circular do Minor Planet. Em 2008, o 2008 TC3 foi descoberto horas antes de se desintegrar sobre o Sudão. Conhecendo o momento preciso do impacto e a localização geográfica aproximada, os caçadores de meteoritos foram capazes de encontrar fragmentos da bola de fogo que explodiu sobre o deserto. Essa foi a primeira vez que um asteróide foi descoberto, o local de impacto previsto e os fragmentos recuperados desse local. Embora seja improvável que fragmentos do 2014 AA serão recuperados do solo (já que muito provavelmente a região de reentrada foi na costa oeste africana), essa é uma impressionante realização para os caçadores de asteróides que foram capazes de detectar um pequeno (e muito apagado) objeto se aproximando da Terra e prever com antecipação o momento o local aproximado de sua queda. Como nós aprendemos com a queda do meteoro de Chelyabinsk na Rússia, a quase um ano atrás, mesmo asteróides consideravelmente menores podem fazer estragos se romperem a atmosfera da Terra sobre áreas populosas, assim sendo, técnicas estão sendo desenvolvidas para detectar as rochas provenientes do espaço de modo que possamos nos preparar, ou até mesmo evacuar uma cidade, caso seja necessário. Afinal de contas, não é uma questão de se nós seremos atingidos novamente, é uma questão de quando, as pesquisas de asteróides próximos à Terra serão nossa primeira linha de defesa.


Créditos: Cienctec

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