quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Geóide: o inacreditável formato do planeta Terra

Enquanto muitas vezes nós pensamos na Terra como uma esfera, nosso planeta é, na verdade, muito acidentado e irregular. Dentre os fatores que colaboram para esta impressão está o fato de que grande parte da superfície terrestre está encoberta por água e nós estamos acostumados a acreditar que toda essa mistura resulta em uma esfera quase perfeita. O raio no equador é maior do que nos pólos, devido aos efeitos a longo prazo da rotação da Terra. E, em uma escala menor, há a topografia – montanhas têm mais massa do que um vale e, assim, a força da gravidade é regionalmente mais forte perto das montanhas. Todas estas grandes e pequenas variações no tamanho, forma e distribuição de massa da Terra causam pequenas variações na aceleração da gravidade (ou a “força” da atração da gravidade). Estas variações determinam a forma do meio líquido do planeta. Se fosse para remover as marés e as correntes do oceano, o resultado seria uma forma suavemente ondulada – ascendendo onde a gravidade é alta, decrescendo onde a gravidade é baixa. Esta forma irregular é chamada de “geóide”, uma superfície que define a elevação zero. Usando complexas leituras de matemática e gravidade em terra, topógrafos estendem essa linha imaginária através dos continentes. Este modelo é usado para medir as elevações da superfície com um alto grau de precisão. Tal modelo foi introduzido em 1828 por C. F. Gauss, mas o termo geóide só foi introduzido em 1873 por J. F. Listing. A precisão que encontramos atualmente, no entanto, só foi alcançada nos anos 1990, com a Solução Precisa do Geóide, de Petr Vaníček e sua equipe, que permite que se tenha uma exatidão de centímetros a milímetros na computação geoidal.

Créditos: Hypescience

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