domingo, 14 de julho de 2019

O Japão acabou de pousar uma sonda no asteróide Ryugu, e as fotos são demais

O Japão pousou com sucesso sua sonda Hayabusa-2 no asteróide Ryugu na última quarta-feira (10).
A missão da JAXA (a agência espacial japonesa) começou há muito tempo, em dezembro de 2014. A sonda chegou à Ryugu, um asteróide primitivo a 211 milhões de quilômetros de nós, em junho de 2018. Desde então, coletou algumas amostras superficiais e fez diversas fotos da rocha espacial.
Em uma preparação para o pouso de quarta-feira, os cientistas da JAXA “explodiram” o asteróide em abril, a fim de soltar pedras antes enterradas sob sua superfície. A idéia era coletar material que ainda não havia sofrido com exposição a elementos do espaço.
Se tudo correr bem, a Hayabusa-2 começará sua jornada de 9 milhões de quilômetros de volta à Terra no final deste ano, tornando-se a primeira sonda a trazer para o nosso planeta amostras de um asteróide.
A NASA lançou sua sonda OSIRIS-REx em uma missão semelhante ao asteróide Bennu ano passado, mas ela só deve retornar com materiais coletados para a Terra em 2023.
A Hayabusa-2 fez fotos incríveis enquanto pousava e deixava a superfície do asteróide.
“Estas imagens foram tiradas antes e depois do pouso pela pequena câmera CAM-H. A primeira é 4 segundos antes da aterragem, a segunda é na aterragem e a terceira é 4 segundos após a aterragem. Na terceira imagem, você pode ver a quantidade de rochas que se elevam”, escreveu a JAXA na rede social Twitter.
Alguns asteróides são tão antigos que datam do início do nosso sistema solar, ou seja, 4,5 bilhões de anos atrás, quando materiais residuais da formação de planetas se tornaram pedaços de rocha espacial vagando pelo espaço.
Por esse motivo, asteróides podem servir como “cápsulas do tempo” para a ciência: seus elementos e histórias podem revelar mais sobre a própria história do sistema solar.
O Ryugu é um asteróide do tipo C, o mais comum do sistema solar – cerca de três quartos dos nossos asteróides são deste tipo. Tais rochas são ricas em moléculas orgânicas de carbono, água e possivelmente aminoácidos.
Uma das teorias sobre o desenvolvimento da vida na Terra envolve a possibilidade de asteróides terem trazido aminoácidos para o planeta. Neste sentido, as missões em Bennu e Ryugu poderiam nos ajudar a compreender melhor as origens da vida, dependendo dos materiais orgânicos que as amostras contiverem.

Créditos: Hypescience

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