O acidente ocorreu há aproximadamente dois bilhões de anos, não muito tempo na escala do universo. Do choque, o segundo aglomerado não sobreviveu por completo, e muitas foram incorporadas ou lançadas para longe.
O estudo, feito por uma equipe internacional de cientistas, foi publicada na revista Nature e liderada pelo doutorando Zhen Wan, e pelo Professor Geraint Lewis, ambos da Universidade de Sydney, da Austrália.
O tipo de grupo onde elas se encontravam é chamado de aglomerado globular, que é um tipo de grupo bastante denso que abriga estrelas antigas. Ele recebe o nome de globular pelo formato, que é circular.
Uma galáxia possui algumas assinaturas específicas, ou mesmo outros grupos dentro da própria galáxia às vezes diferem entre si. Essas assinaturas são, geralmente, notadas no tamanho, tipo e composição das estrelas.
Então por exemplo, uma estrela pode possuir mais hidrogênio ou mais hélio, como é o caso do Sol. Por outro lado, se você encontrar elementos pesados onde não se esperava que ocorresse, é algo para se desconfiar.
Isso ocorre porque em alguns locais existem berçário estelares, então, possivelmente as estrelas ali formadas terão uma idade parecida e estarão em um estágio de evolução semelhante.
Em resumo, uma estrela começa fundindo principalmente o hidrogênio. Ao esgotá-lo, funde o hélio, um produto que forma da fusão do hidrogênio, e assim vai, aumentando o peso desses elementos que reagem na fusão nuclear.
E é desse ponto que os pesquisadores se beneficiaram para realizar a descoberta. Essas estrelas possuíam uma concentração incomum de elementos mais pesados, indicando que elas deviam ser estrangeiras.
“Podemos rastrear a linhagem das estrelas medindo os diferentes tipos de elementos químicos que detectamos nelas, assim como podemos rastrear a conexão de uma pessoa com seus ancestrais através de seu DNA”, diz o Dr. Kyler Kuehn em um comunicado.
Ele explica que “A coisa mais interessante sobre os restos desse aglomerado é que suas estrelas têm abundância muito menor desses elementos do que quaisquer outros que já vimos”.
“É quase como encontrar alguém com DNA que não corresponde a nenhuma outra pessoa, viva ou morta. Isso leva a algumas perguntas muito interessantes sobre a história do cluster que estamos perdendo”, completa.
A estrela se localiza em algo, conhecido dentro da dinâmica estelar traduzida geralmente como corrente estelar. É mais comum citada em materiais em inglês, chama-se ‘stellar stream’.
Essa, mais especificamente, é a corrente estelar de Phoenix. Uma corrente estelar é algo que foi, um dia, um aglomerado globular. Se assemelha a um, mas não é exatamente. Uma corrente estelar pode ter sido também uma galáxia anã.
“Ficamos realmente surpresos ao descobrir que a corrente de Phoenix tem uma metalicidade muito baixa, tornando-o distintamente diferente de todos os outros aglomerados globulares do Galaxy”, diz Wan no comunicado. O estudo foi publicado na revista Nature.
Créditos: SoCientífica
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