Uma equipe de astrônomos liderada por Jacqueline Radigan (Universidade de Toronto) observou variações extremas no brilho de uma anã marrom próxima que parecem indicar a existência de grandes tempestades na sua atmosfera. A anã castanha em causa, designada por 2MASS J21392676+0220226 (2MASS = Two Micron All-Sky Survey), é antiga e portanto teve tempo para arrefecer substancialmente libertando grande parte do calor acumulado na sua formação. Os modelos teóricos mostram que as atmosferas destas anãs marrons frias deverá ser muito semelhante à dos Júpiteres Quentes. A explicação mais simples para estas variações de brilho consiste na formação de nuvens na atmosfera da anã marrom que aumentam a sua reflectividade (albedo) temporariamente. As nuvens formam-se quando pequenos grãos de poeira formados por silicatos e metais se condensam na atmosfera tórrida destes corpos. Outra explicação possível consiste na formação de zonas transparentes na atmosfera que permitem temporariamente observar as suas camadas mais interiores e quentes. As observações, realizadas no telescópio de 2.5 metros do observatório de Las Campanas, no Chile, mostram que a anã marrom varia de brilho de forma evidente e por vezes muito rapidamente, por exemplo, aumentando o brilho em 30% em pouco menos de 8 horas. As variações são visíveis nos dados obtidos ao longo de semanas e meses pela equipe, sugerindo uma atmosfera muito dinâmica.
Créditos: AstroPT
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