quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sete trilhões de galáxias anãs

O Telescópio Espacial Herschel da Agência Espacial Européia, tem descoberto galáxias distantes anteriormente invisíveis e que são responsáveis por uma névoa cósmica de radiação infravermelha. As galáxias são alguns dos objetos mais distantes e mais apagados já observados pelo Herschel e abrem uma nova janela sobre o nascimento das estrelas no início do universo. Os astrônomos estimam que existam bilhões e bilhões de galáxias no universo observável, bem como alguns sete trilhões de galáxias anãs. Os astrônomos consideram que no universo visível de seus 14 bilhões de anos-luz, existam: 10 milhões de superaglomerados, 25 milhões de grupos de galáxias, 350 bilhões de grandes galáxias, 7 trilhões de galáxias anãs 30 bilhões de trilhões de estrelas. Os astrônomos se atentaram no último ano que eles podem ter subestimado o número de galáxias em algumas parte do universo em 90%, de acordo com um estudo relatado por Matthew Hayes do observatório da Universidade de Genebra que liderou a investigação usando o mais avançado instrumento óptico do mundo, o Very LArge Telescope (VLT) do ESO no Chile, que é constituído de quatro telescópios com espelhos de 8.2 metros de diâmetro. Eles viraram dois desses gigantes na direção da área bem estudada do espaço profundo conhecida como GOODS-South Field. No caso das galáxias velhas e muito distantes, sua luz pode não atingir a Terra já que ela é bloqueada pelas nuvens interestelares de poeira e gás, e, como um resultado, essas galáxias são perdidas pelo mapeadores do universo. “Os astrônomos sempre souberam que estavam perdendo uma fração das galáxias, mas pela primeira vez eles conseguiram medir. O número dessas galáxias perdidas é substancial”, disse Matthew Hayes. A equipe realizou dois conjuntos de observações na mesma região, caçando pela luz emitida pelas galáxias nascidas a 10 bilhões de anos atrás. A primeira observação foi feita na chamada luz Lyman-alfa, a clássica luz usada para compilar mapas cósmicos e que recebeu esse nome em homenagem ao astrônomo americano que a descobriu, Theodore Lyman. A luz Lyman-alfa é uma energia lançada pelos átomos de hidrogênio excitados. A segunda seção de observação foi feita usando uma câmera especial chamada de HAWK-1 procurando pela assinatura emitida em diferentes comprimentos de onda, também captando o brilho do hidrogênio, que é conhecida como linha hidrogênio-alfa, ou H-alfa. A segunda varrida conseguiu captar algumas fontes de luz que não tinham sido registradas usando a técnica Lyman-alfa. Eles incluíram algumas das galáxias mais apagadas já encontradas no universo quando ele era apenas uma criança. Os astrônomos concluíram que as fontes Lyman-alfa só podem ser registradas num pequeno número da luz total emitida pelas galáxias distantes. De maneira impressionante, 90% dessas galáxias distantes podem se tornar invisíveis nesses exercícios. “Se nós conseguimos ver 10 galáxias nessa região, pode ser que ali existam 100 galáxias”, disse Hayes. A descoberta pode adicionar um conhecimento poderoso sobre o tempo e a sequência pelas quais as estrelas e as galáxias se formaram.

Créditos: The Daily Galaxy

Luas de Plutão podem significar perigo para a New Horizons

Quando a sonda New Horizons chegar a Plutão em Julho de 2015, pode descobrir que a região é mais perigosa do que antecipava. A descoberta de várias luas em torno de Plutão - e o potencial para haver mais - aumenta os riscos durante as passagens rasantes da sonda. O problema principal são os detritos. As pequenas luas estão sob constante bombardeamento de rochas espaciais vizinhas chamadas objetos do Cinturão de Kuiper, mas a pequena gravidade das luas impede-as de segurar bocados de rocha e poeira, que voam para fora quando são atingidas. Os detritos ao ficam presos na órbita de Plutão, onde constituem uma séria ameaça para a New Horizons. "O problema mais provável que vamos encontrar é sermos atingidos por algo grande o suficiente para destruir instantaneamente a sonda," afirma Alan Stern, investigador principal da New Horizons, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em San Antonio, Texas, EUA. Embora as câmeras a bordo da New Horizons comecem a observar o sistema de Plutão meses antes da sua aproximação máxima, não serão capazes de detectar as rápidas partículas com alguns milímetros de tamanho que significam morte imediata para a sonda. A primeira lua conhecida de Plutão, Caronte, foi descoberta em 1978, quase 50 anos após a descoberta do planeta anão. O Telescópio Espacial Hubble descobriu as duas luas seguintes em 2005, apenas dois meses e meio antes do lançamento da New Horizons. Em Julho deste ano, uma quarta lua de Plutão foi descoberta, e há indícios que apontam para a existência de mais duas luas. Com a descoberta de três das quatro luas conhecidas de Plutão nos últimos cinco anos, os cientistas têm o pressentimento que provavelmente existem mais escondidas. Devido a estas novas condições, um grupo de especialistas reuniu-se recentemente para analisar os perigos que a New Horizons enfrenta. Após determinar a gravidade da ameaça, discutiram como melhor a evitar. Um olhar mais cuidadoso sobre o desafio pode fazer uma enorme diferença, afirmam os cientistas. A continuação do estudo do sistema com o Hubble, bem como com vários telescópios terrestres, poderá ajudar a revelar outras luas escondidas e as suas órbitas bem antes da New Horizons chegar a Plutão. Mas a procura não significa necessariamente sucesso. "Se existirem luas demasiado pequenas, ou seja, demasiado ténues, então não as iremos encontrar," afirma Stern. Com isso em mente, o grupo também determinou a necessidade de uma boa e segura trajectória de escape - uma órbita que permite com que a New Horizons fique longe da maioria das zonas perigosas. A melhor rota é através da órbita de Caronte, mas no lado oposto do planeta a partir da lua. O grande corpo limpa constantemente detritos do seu percurso, criando uma trajetória limpa para a New Horizons passar. Esta estratégia funciona melhor se os detritos permanecerem num plano, parecido aos anéis de Saturno. Se, no entanto, orbitar Plutão numa nuvem, o perigo é maior. Se a New Horizons descobrir poeira oriunda das luas, isso poderá significar um fim abrupto para a primeira missão a Plutão. "Aqui não há feridas - apenas vida ou morte," conclui Stern.

Créditos: Astronomia On-line

Supernova mais jovem já registrada

Os astrônomos têm obtido uma imagem da mais jovem supernova já registrada na região do rádio, apenas duas semanas depois da explosão de uma estrela na Galáxia do Redemoinho, a M51, localizada a 23 milhões de anos-luz de distância da Terra. Telescópios coordenados ao redor da Europa conseguiram fazer uma imagem da explosão cósmica que é cem vezes maior em detalhe do que uma imagem obtida pelo telescópio espacial Hubble. Essa técnica chamada de rádio interferometria, tem uma resolução capaz de ver uma bola de golfe na superfície da Lua. A Universidade de Valência e o Instituo de Astrofísica da Andalusia fizeram parte dessa pesquisa. Os telescópios que participaram da pesquisa foram os telescópios da NASA localizados em Robledo de Chavela (Madrid) e os telescópios do Insituto Nacional Geográfico em Yebes (Guadalajara). A partir dessa imagem de alta resolução é possível definir a velocidade de expansão da onda de choque criada na explosão. A equipe internacional de astrônomos já está trabalhando em novas observações. A rede européia VLBI (Very Long Baseline Interferometry) é uma colaboração de institutos de radioastronomia ao redor da Europa, China e África do Sul, e é financiada pelos órgãos científicos nacionais dos respectivos países.

Créditos: Astronews

A calma depois da tempestade galáctica

O Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA registrou uma imagem, de uma galáxia difusa que provavelmente é a conseqüência de colisão galáctica ocorrida há muito tempo atrás. Duas galáxias espirais, cada uma talvez parecida com a Via Láctea, se entrelaçaram por milhões de anos. Nesse tipo de fusão, as galáxias originais normalmente são estiradas e destruídas à medida que elas giram ao redor de um centro comum de gravidade. Após algumas idas e vindas, essa tempestade estelar se acalma formando um novo objeto arredondado. O novo objeto celeste, catalogado como SDSS J162702.56+432833.9 é conhecido tecnicamente como uma galáxia elíptica. Quando as galáxias colidem, um evento comum no universo, uma nova explosão de formação de estrelas normalmente acontece à medida que nuvens de gás são esmagadas de forma conjunta. Nesse ponto, a galáxia tem uma tonalidade azul, mas a cor não significa que ela é fria, essa cor é o resultado do intenso calor gerado pelas estrelas brancas e azuis recém formadas. Essas estrelas não duram muito, e depois de alguns bilhões de anos, as tonalidades avermelhadas das estrelas velhas menores dominam o espectro de uma galáxia elíptica. O Hubble tem ajudado os astrônomos a aprenderem as conseqüências observando as fusões de galáxias em todos os estágios do processo. Na SDSS J162702.56+432833.9, algumas faixas de poeira notavelmente obscurecem partes da região central, azulada e conglomerada da galáxia. Essas linhas de poeira poderiam ser partes remanescentes dos braços espirais das galáxias recentemente destruídas.

Créditos: Space Telescope

Uma galáxia cheia de surpresas

Essa imagem do Very Large Telescope (VLT) do ESO, mostra uma galáxia realmente impressionante conhecida como NGC 3621. Para começar ela é uma galáxia de disco puro. Como outras espirais, ela tem um disco achatado, permeado por linhas escuras de material e com braços espirais proeminentes onde estrelas jovens estão se formando em aglomerados (os pontos azuis na imagem). Mas enquanto a maioria das galáxias espirais possuem um bulbo central, um grande grupo de estrelas velhas empacotadas em uma região compacta e esferoidal, a NGC 3621 não possui essa característica. Nessa imagem, está claro que existe um simples brilho no centro, mas não um bulbo verdadeiro como pode ser visto em outras galáxias como a NGC 6744. A NGC 3621 é também interessante à medida que acredita-se tenha um buraco negro supermassivo em seu centro que está engolindo matéria e produzindo radiação. Isso é algo pouco comum, pois a maior parte desses chamados núcleos ativos galácticos existem em galáxias com bulbos proeminentes. Nesse caso particular, o buraco negro supermassivo deve ter uma massa relativamente pequena de aproximadamente 20.000 vezes a massa do Sol. Outra feição interessante é que também devem existir dois buracos negros menores, com massas de algumas milhares de vezes a massa do Sol, perto do núcleo da galáxia. Assim a NGC 3621 é um objeto interessante que, apesar de não ter um bulbo central, tem um sistema de três buracos negros em sua região central. A galáxia NGC 3621 está localizada na constelação de Hydra (A Cobra do Mar) e pode ser vista com telescópios de tamanho médio. Essa imagem, foi feita usando os filtros B, V e I com o instrumento FORS1 acoplado ao poderoso VLT, e mostra detalhes surpreendente desse estranho objeto revelando também uma grande quantidade de galáxias em segundo plano. Um grande número de estrelas brilhantes em primeiro, estrelas essas pertencentes à nossa galáxia também podem ser vistas na imagem.

Créditos: ESO

Primeira imagem de sistema extra-solar captada por amador

O astrônomo amador neo-zelandês Rolf Wahl Olsen fotografou um disco protoplanetário de detritos e pó que gira à volta da estrela Beta Pictoris, a 63,4 anos-luz da Terra. Esta é a primeira fotografia de um amador de um sistema extra-solar. Beta Pictoris é um sistema muito jovem que tem apenas 12 milhões de anos. O seu interesse para os astrônomos tem a ver com o fato de este se assemelhar àquilo que o Sistema Solar terá sido há 4.500 milhões de anos. Para um amador, fazer uma fotografia destas envolve uma grande complexidade. A principal dificuldade das imagens deste sistema é o “brilho esmagador” da estrela Beta Pictoris, que “ofusca” completamente o disco de pó que gira muito perto da estrela, explica Olsen, no seu próprio site. O autor seguiu a técnica descrita no artigo "Observation of the central part of the beta Pictoris disk with an anti-blooming CCD", publicado em 1993. Esta consiste em fazer uma imagem da estrela Beta e depois outra de uma ‘estrela de referência’ (cujo brilho aparente e luminosidade não mudam de uma noite para a outra), sob as mesmas condições. Ao subtrair uma imagem da outra é eliminado o brilho estelar e o disco de pó torna-se visível. Na noite de 16 de Novembro, Beta Pictoris elevou-se a uma posição favorável no céu e Rolf Wahl Olsen conseguiu a fotografia. É considerada a primeira imagem de um sistema extra-solar feita por um amador.

Créditos: Ciência Hoje

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Hubble encontra anel de matéria escura em aglomerado de galáxia

Uma equipe internacional de astrônomos usando o Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA descobriram um anel fantasma de matéria escura que se formou há muito tempo atrás durante uma colossal colisão entre dois aglomerados massivos de galáxias. Essa foi a primeira vez que uma distribuição de matéria escura foi descoberta se diferenciando substancialmente da distribuição da matéria ordinária. Essa imagem acima mostra o aglomerado de galáxias CI 0024+17 (ZwCI 0024+1652) como observado pela Advanced Camera for Surveys do Hubble. A imagem mostra galáxias apagadas num segundo plano distante que têm sua luz desviada pelo forte campo gravitacional do aglomerado. Mapeando assim, a luz distorcida e usando isso para deduzir como a matéria escura está distribuída no aglomerado, os astrônomos detectaram o anel de matéria escura. Uma das galáxias de fundo está localizada aproximadamente duas vezes mais longe do que o aglomerado amarelo de galáxias em primeiro plano, e foi imageada múltiplas vezes em cinco arcos separados observados em azul.

Créditos: Space Telescospe

Região Mare Kraken em Titã

A sonda Cassini da NASA olhou na direção do maior satélite de Saturno, Titã, e conseguiu espiar o enorme Mare Kraken em detalhe localizado no hemisfério norte da lua. O Mare Kraken é um grande mar de hidrocarboneto líquido, visível como uma área escura na parte superior da imagem. Essa imagem foi feita com a sonda olhando na direção do lado de Titã que é voltado para Saturno. O satélite Titã possui aproximadamente 5.150 quilômetros de diâmetro. O norte em Titã está para cima na imagem e rotacionado 29 graus para a esquerda. A imagem acima foi feita com a câmera de ângulo restrito da sonda Cassini, no dia 14 de Setembro de 2011, usando um filtro espectral sensível ao comprimento de ondas do infravermelho próximo centrado em 938 nanômetros. A imagem acima foi adquirida a uma distância de aproximadamente 1.9 milhões de quilômetros de Titã, com o conjunto Sol-Titã-Cassini em fase com ângulo de 26 graus. A escala da imagem é de 12 quilômetros por pixel.

Créditos: Cienctec

Além do centro da galáxia Centaurus A

Um fantástico emaranhado de aglomerados de estrelas azuis jovens, gigantescas nuvens brilhantes de gás e linhas escuras de poeira circundam a região central da galáxia ativa conhecida como Centaurus A. A imagem acima foi feita pelo Telescópio Espacial Hubble e foi processada de forma especial para apresentar uma imagem em cor natural desse redemoinho cósmico. Imagens infravermelhas do Hubble também mostram que escondido no centro dessa atividade, estão o que parecem ser discos de matéria que fazem um movimento espiral em direção a um buraco negro com uma massa de um bilhão de vezes a massa do Sol. A Centaurus A por si só é aparentemente o resultado de uma colisão entre duas galáxias e os detritos resultantes dessa colisão estão sendo continuamente sendo consumidos pelo buraco negro. Os astrônomos acreditam que o motor desse buraco negro central gera as radiações de rádio, raios-X, e raios gama irradiadas pela Centaurus A e por outras galáxias ativas. Mas, pelo fato da galáxia Centaurus A ser próxima, localizada a “apenas” 10 milhões de anos-luz de distância, ela é um ótimo laboratório para que possa explorar essas poderosas fontes de energia.

Créditos: APOD

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Galáxia anã quadrupla a 12,8 bilhões de anos-luz de distância

A lente gravitacional é uma poderosa ferramenta para os astrônomos permitindo que eles possam explorar galáxias distantes com mais detalhe do que seria possível sem essa ferramenta. Sem essa técnica as galáxias na fronteira do universo visível não são mais do que pequenos pontos de luz, mas quando são aumentadas dezenas de vezes por aglomerados posicionados em primeiro plano, os astrônomos são capazes de explorar propriedades da estrutura interna das mesmas mais diretamente. Recentemente astrônomos da Universidade de Heidelberg descobriram uma galáxia por meio de uma lente gravitacional que está classificada como uma das mais distantes já vistas. Embora ainda existam ainda algumas galáxias que ganham dessa em distância, essa galáxia específica é impressionante por se tratar de um sistema raro de lente quadrupla. As imagens dessa marcante descoberta foram feitas usando o Telescópio Espacial Hubble durante os meses de Agosto e Outubro de 2011, usando um total de 16 diferentes filtros coloridos bem como dados adicionais do Telescópio de Infravermelho Spitzer. O aglomerado de primeiro plano, chamado de MACS J0329.6-0211, está a uma distância aproximada de 4,6 bilhões de anos-luz. Na imagem acima, a galáxia de fundo foi partida em 4 imagens denominadas pela elipse vermelha e marcadas de 1.1 até 1.4. Assumindo que a massa do aglomerado em primeiro plano está concentrada ao redor das galáxias que são visíveis, a equipe tentou se reservar aos efeitos do aglomerado na galáxia distante, o que reverteria as distorções. A imagem restaurada, também corrigida para o desvio para o vermelho é mostrada em uma caixa inferior no canto superior direito da imagem. Após corrigir essas distorções, a equipe estimou que a massa total da distante galáxia era algumas milhões de vezes a massa do Sol. Só para se ter uma medida de comparação, a Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã satélite da Via Láctea possui uma massa dez bilhões de vezes maior que a massa do Sol. O tamanho geral da galáxia também foi estimado como sendo menor. Essas conclusões se ajustam bem com a expectativa de que as galáxias no início do universo que vieram antes das grandes galáxias encontradas no universo de hoje foram geradas a partir da combinação de muitas galáxias menores como essa num passado distante. A galáxia também está de acordo com a expectativa sobre a quantidade de elementos pesados que é significantemente mais baixa do que em estrelas como o Sol. Essa falta de elementos pesados significa que devem ter existido poucos grãos de poeira. Essa poeira tende a ser um forte obstáculo que bloqueia os comprimentos de onda mais curtos da luz como a ultravioleta e a luz azul. Essa ausência ajuda a dar a galáxia uma tonalidade azul. A formação de estrelas é também alta nessa galáxia. A taxa pela qual eles previram que novas estrelas estão nascendo é um pouco maior do que a taxa de nascimento de estrelas identificada em outras galáxias localizadas a distâncias similares, mas a presença de aglomerados brilhantes na imagem restaurada sugere que a galáxia pode estar passando por algumas interações, dirigindo assim a formação de novas estrelas.

Créditos: Universe Today

Lista de planetas com mais chance de ter vida

Cientistas formaram uma lista de luas e planetas com mais tendência a abrigar vida extraterrestre. Entre os mais habitáveis está a lua de Saturno, Titã, e o exoplaneta (que orbita outro sistema, que não o solar) Gliese 581g, que está a 20,5 anos-luz de distância, na constelação de Libra. No estudo, os autores propuseram dois índices diferentes: um de similaridade com a Terra e outro de planeta habitável. “A primeira questão é se existem condições como as da Terra, já que sabemos por experiência que elas podem abrigar vida”, comenta o membro do grupo, Dirk Schulze-Makucj, da Universidade Estadual de Washington. “A segunda é se os planetas têm condições que sugerem a possiblidade de outras formas de vida, conhecidas ou não”. Para a primeira condição, são considerados fatores como tamanho, densidade e distância da estrela pai. A segunda é diferente: se a superfície é rochosa ou gasosa, e se possui um campo atmosférico ou magnético. Também se leva em conta a energia disponível para qualquer organismo, como luz de uma estrela pai ou interações gravitacionais com outros objetos, que podem aquecer um planeta ou lua internamente. E finalmente, o segundo critério também analisa a química – como os compostos orgânicos presentes – e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas. O valor máximo estipulado para a similaridade com a Terra foi de 1. O maior valor atingido fora do nosso sistema solar foi o de Gliese 581g (que tem a existência colocada em dúvida por alguns astrônomos), com 0,89, e outro exoplaneta orbitando a mesma estrela, o Gliese 581d, com 0,74. O sistema Gliese 581 tem sido estudado por astrônomos e contém quatro – possivelmente cinco – planetas orbitando uma estrela vermelha anã. O HD 69830d, um exoplaneta do tamanho de Netuno, que orbita uma estrela diferente na constelação de Puppis, também conseguiu uma boa avaliação (0,6). Pensa-se que ele está na Zona Cachinhos Dourados, uma região ao redor da estrela pai onde as temperaturas superficiais não são nem quentes nem frias para a vida. Em nosso sistema solar, a maior graduação ficou com Marte (0,7) e Mercúrio (0,6). Para a segunda questão, da habitabilidade, os resultados foram diferentes. O melhor por aqui foi a lua de Saturno, Titã, que conseguiu 0,64, seguida de Marte (0,59) e a lua de Júpiter, Europa (0,47), que se imagina conter água abaixo da superfície. No campo dos exoplanetas, os melhores foram novamente Gliese 581g (0,49) e Gliese 581d (0,43). Nos últimos anos, a busca por planetas habitáveis fora do nosso sistema solar tem subido muitos degraus. O telescópio Kepler, da NASA, lançado em 2009, já encontrou mais de 1.000 candidatos. Telescópios futuros talvez consigam detectar os chamados “marcadores de vida” na luz emitida pelos planetas, como a clorofila, o pigmento presente nos vegetais.

Lista “Similaridade com a Terra”
Terra – 1,00
Gliese 581g – 0,89
Gliese 581d – 0,74
Gliese 581c – 0,70
Marte – 0,70
Mercúrio – 0,60
HD 69830 d – 0,60
55 Cnc c – 0,56
Lua – 0,56
Gliese 581e – 0,53

Lista “Habitalidade”
Titã – 0,64
Marte – 0,59
Europa – 0,49
Gliese 581g – 0,45
Gliese 581d – 0,43
Gliese 581c – 0,41
Júpiter – 0,37
Saturno – 0,37
Vênus – 0,37
Enceladus – 0,35

Créditos: Hypescience

Astrônomo amador visualizou o Curiosity

Clique na imagem para visualizar melhor

O astrônomo amador Scott Ferguson, visualizou o Curiosity no seu caminho rumo a Marte.

Créditos: AstroPT

Deslizamento de terra no asteróide Vesta

O asteróide Vesta é o lar de um dos mais impressionantes abismos do Sistema Solar. A imagem acima mostra perto do centro da tomada um abismo muito profundo com um desnível aproximado de 20 km desde o topo até a sua base. A imagem acima foi feita pela sonda robótica Dawn que começou a orbitar o pedaço de rocha espacial de 500 quilômetros de diâmetro no começo de 2011. A topografia da escarpa e das áreas ao redor indicam grandes deslizamentos de terra que podem ocorrer talude abaixo. A origem da escarpa ainda é algo desconhecido, mas partes da face do abismo devem ser muito antigas já que é possível ver que algumas crateras apareceram nela desde que ela foi criada. A sonda Dawn está agora terminando seu mapeamento feito a grande altitude e começará a descer para uma órbita mais baixa em forma de espiral para explorar melhor o campo gravitacional do asteróide. Durante o ano de 2012 está programado para que a sonda Dawn diga adeus ao asteróide Vesta e comece a sua longa jornada para o maior objeto do cinturão de asteróide, o Ceres.

Créditos: APOD

domingo, 27 de novembro de 2011

Comparação de rovers marcianos

Uma comparação entre as 3 gerações de rovers: o minúsculo Soujorner de 1997, o considerável Spirit de 2004, e o enorme Curiosity em 2012.

Créditos: AstroPT

sábado, 26 de novembro de 2011

MSL "Curiosity" a caminho de Marte

A ULA (United Launch Alliance) levou a cabo o lançamento do Mars Science Laboratory, um rover batizado de Curiosity, que irá ajudar a desvendar os segredos de Marte. O lançamento teve lugar às 1502:00,237UTC do dia 26 de Novembro de 2011 e foi levado a cabo pelo foguetão Atlas-V/541 (AV-028) desde o Complexo de Lançamento SLC-41 do Cabo Canaveral, Flórida. A separação entre o Curiosity e o estágio Centaur ocorreu às 1546UTC. O objetivo da missão é o de determinar se a área da cratera Gale tem alguma evidência de ambientes habitáveis passados ou atuais. Estes estudos serão parte de um exame mais alargado dos processos passados e atuais na atmosfera de Marte e na sua superfície. As pesquisas irão utilizar 10 instrumentos transportados pelo rover e que irá suportar a sua utilização ao proporcionar a mobilidade, capacidades de aquisição de amostras, fornecimento de energia e comunicações. A massa total no lançamento foi de 3.893 kg, dos quais 899 kg correspondem ao Curiosity, 2.401 kg correspondem ao sistema de entrada, descida e aterragem (escudo aerodinâmico e estágio de descida abastecido), e 539 kg correspondem ao estágio de cruzeiro abastecido. O Curiosity transporta uma variada carga científica num total de 10 instrumentos (70 kg), sendo o Alpha Particle X-ray Spectrometer, a Chemistry and Camera, a Chemistry and Mineralogy, o Dynamic Albedo of Neutrons, o Mars Descent Imager, o Mars Hand Lens Imager, a Mast Camera, o Radiation Assessment Detector, a Rover Environmental Monitoring Station, e o Sample Analysis at Mars. Para o fornecimento de energia o Curiosity transporta um gerador termonuclear de radio-isótopos e baterias de íons de lítio. Se tudo correr bem, o Curiosity irá atingir o planeta vermelho entre as 0500UTC e as 0530UTC do dia 6 de Agosto de 2012, descendo a 4,5º latitude Sul e 137,4º longitude Este no interior da cratera Gale. A sua missão primária terá uma duração de 98 semanas (um ano marciano).

Créditos: AstroPT

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cratera Praxiteles

Essa imagem, feita com a câmera de grande angular da sonda MESSENGER, mostra a cratera Praxiteles em Mercúrio. Essa cratera recebeu esse nome em homenagem ao escultor ateniense Praxiteles do século quarto a.C., essa cratera mostra um anel de pico mais interno e depressões de forma irregular circundada por material de alta refletância com uma assinatura de cor diferente do material ao redor. Essas cavidades observadas na imagem podem ser locais onde no passado teve uma atividade vulcânica em Mercúrio.


Créditos: MESSENGER

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Capturada pelo brilho

A imagem acima na verdade é uma impressão artística que mostra duas galáxias distantes formadas aproximadamente 2 bilhões de anos depois do Big Bang sendo capturadas pela luz emitida pelo GRB090323, uma explosão de raios gama vista através do universo. Com o seu brilho sobressaindo o brilho da própria galáxia hospedeira e de outra galáxia próxima, o alinhamento da explosão de raios gama e das galáxias foi inferido a partir do espectro do brilho emitido pela explosão e detectado inicialmente pelo Fermi Gamma Ray Space Telescope em Março de 2009. Como observado por um dos VLTs do ESO, o espectro da explosão vai se apagando oferecendo, além disso, outro resultado surpreendente, as galáxias distantes são mais ricas em elementos pesados que o Sol, com uma abundância mais alta já vista no universo. Elementos pesados que enriqueçam as galáxias maduras no universo local, foram gerados em gerações passadas de estrelas. Assim essas galáxias jovens experimentaram uma prodigiosa taxa de formação de estrelas e uma evolução química comparada com a Via Láctea. Na ilustração acima, a luz da explosão passa sucessivamente através das galáxias para a direita. Os espectros ilustrando as linhas escuras de absorção dos elementos das galáxias impressos no brilho da explosão são mostrados em detalhe. Os astrônomos no planeta Terra que estão estudando esse fenômeno localizam-se a aproximadamente 12 bilhões de anos-luz de distância na direção da borda direita dessa imagem.

Créditos: APOD

Material ejetado

O material ejetado pelas crateras de impacto normalmente se distribui de maneira quase que uniforme ao redor da cratera. Material ejetado que ainda não é maduro. Ejetado por crateras recentes, têm um albedo maior do que o material ejetado já maduro na superfície ao redor, além disso, as crateras mais recentes facilmente se colocam em destaque contra as mais maduras em segundo plano. Se isso é mesmo verdade, por que então nas imagens aqui reproduzidas hoje? As crateras menores possuem um albedo menor? Na Lua isso ocorre devido à presença de um chamado criptomare localizado subjacente ao material ejetado brilhante. Se olharmos uma imagem mais aberta da região onde é possível entender o contexto da área, podemos ter uma idéia melhor para interpretar a cena. Essa cratera recente está na verdade localizada dentro de uma cratera muito maior, com 160 km de diâmetro, a Cratera Keeler. A Cratera Keeler está localizada nas terras altas da Lua e ao invés de ter um interior inundado com material de mar, o interior da Cratera Keeler é coberto por material ejetado de impacto e derretido. É possível que as crateras menores estejam expondo material de impacto derretido enterrado sob o material ejetado imaturo. Contudo, é mais provável que as crateras menores exponham o regolito maduro e coberto de maneira fina por um material ejetado brilhante. O resultado final dessa combinação dá à superfície da Lua nessa região, uma aparência de vestido de bolinha.

Créditos: LROC

É possível que alguma coisa escape de um buraco negro?

Os buracos negros são possivelmente os elementos mais obscuros do universo. Graças à enorme gravidade da curvatura espacial, tudo o que vai para dentro deles é imediatamente partido e perdido. Os cientistas nunca viram um buraco negro porque nada, nem mesmo a luz, pode escapar dele. Bem, na verdade, quase nada pode escapar… Os estudantes que estão começando mecânica quântica aprendem que, no mundo subatômico, nenhuma barreira é intransponível. Partículas elementares – como fótons e elétrons – não são como bolas saltitantes que, quando jogadas em uma parede, ricocheteiam. Elas são mais parecidas com fantasmas. Barreiras incentivam essas partículas fantasmagóricas a ficar dentro de uma determinada área, mas ocasionalmente as partículas passam através delas. Esse estranho comportamento é chamado de “efeito túnel”, e nem mesmo os assustadores buracos negros são imunes a esse fenômeno. De acordo com Andew Hamilton, astrofísico da Universidade do Colorado, o horizonte de um buraco negro é de fato uma barreira intransponível para os seres humanos ou qualquer outra coisa maior do que um átomo. Mas, de vez em quando, uma partícula subatômica consegue passar por ele. Acredita-se que todos os buracos negros emitam um lampejo incrivelmente fraco de material, chamado de “radiação Hawking”, efeito descoberto pelo físico inglês Stephen Hawking, em 1970. A teoria diz que a radiação faz com que os buracos negros percam massa. Classicamente, se acredita que não há nenhuma maneira pela qual a radiação escape de um buraco negro. Dentro do horizonte, o espaço está caindo mais rápido do que a luz, por isso nada pode sair dele sem viajar mais rápido do que a luz do outro lado. Mas, de acordo com a mecânica quântica, existe alguma possibilidade de que algo possa sair do tunelamento quântico. Para que isso aconteça, devem existir condições muito especiais. Assim como a mecânica quântica permite o tunelamento quântico, ela também permite que as partículas aleatoriamente rebentem à existência. Na realidade, as “flutuações quânticas” acontecem o tempo todo: pares de partículas e antipartículas surgem espontaneamente do vácuo no espaço (e geralmente aniquilam umas as outras imediatamente). Para que uma partícula possa escapar de um buraco negro, uma flutuação quântica deve ocorrer perto da borda do buraco negro. Quando isso acontece, às vezes uma partícula será colocada para fora antes que o aniquilamento aconteça. Seu parceiro imediatamente fica “espaguetizado” pelo buraco negro – alongado, assim que ele mergulha para o centro. Para que esta separação dramática ocorra, as partículas produzidas na flutuação quântica devem ter comprimentos de onda muito longos. Por mais estranho que possa parecer, a mecânica quântica diz que todas as partículas também são ondas, e assim elas têm comprimentos de onda que descrevem a distância entre seus picos sucessivos. Quanto mais lentamente uma onda ou partícula se movimenta, maior seu comprimento de onda. Partículas que são produzidas por flutuações quânticas e que têm comprimentos de onda que são comparáveis ao tamanho do buraco negro são capazes de sair dele. Usando a analogia anterior, podemos dizer que essas partículas são especialmente fantasmagóricas. Seus enormes comprimentos de onda as tornam livres para vaguear pelos domínios que ultrapassam o limite do buraco negro. A radiação Hawking tem um comprimento de onda característico, que é comparável ao tamanho do horizonte do buraco negro. No caso do buraco negro que está no centro da nossa galáxia, a Via Láctea, as partículas que saem dele têm comprimentos de onda com cerca de 14 vezes o raio do nosso sol. Nos buracos negros supermassivos as partículas devem ter comprimentos de onda longos como o tamanho de bilhões de sóis para saírem dele. Como você deve ter imaginado, não há muitas partículas que se encaixam nos critérios necessários para escapar dos buracos negros. Mesmo os buracos mais brilhantes (que são os menores, porque têm menos gravidade e, portanto, permitem que mais partículas escapem) são muito escuros. A radiação Hawking de um “pequeno” buraco negro do tamanho de 30 sóis é apenas um bilhão de trilhão de trilionésimo tão brilhante quanto uma lâmpada de 100 watts. Esta radiação é completamente inundada pela luz de outros objetos brilhantes no espaço, e por isso os cientistas ainda não conseguiram detectar a radiação Hawking. No entanto, eles afirmam ter certeza de que ela existe.

Créditos: Hypescience

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Bolha de gás com 100 bilhões de milhas

Essa imagem do Telescópio Espacial Hubble mostra a nebulosa M1-67 ao redor da estrela WR124 com bolhas de gás brilhantes com 100 bilhões de milhas de largura localizada a 15.000 anos-luz de distância da Terra na direção da constelação de Sagittarius. Cada bolha tem aproximadamente 30 vezes a massa da Terra. A estrela WR124 é envolta por aglomerados quentes de gás que estão sendo ejetados no espaço a velocidades superiores a 100.000 milhas por hora sem uma estrutura de concha geral. A estrela massiva central é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, uma estrela que pertence a uma classe extremamente rara de estrelas muito quentes de vida curta que está passando por uma violenta fase de transição, fase essa caracterizada pela forte emissão de massa. As bolhas podem resultar de ventos estelares furiosos que não fluem de maneira suave no espaço, mas sim fluem com instabilidades que fazem com que ele se aglomere em determinados locais. Estima-se que a nebulosa tenha uma idade não maior que 10.000 anos, o que significa que ela é muito jovem e que ainda não se chocou com os gases em compressão no meio interestelar ao redor. À medida que as bolhas esfriam elas eventualmente dissiparão no espaço e por isso não representam uma ameaça para as estrelas vizinhas.

Créditos: The Daily Galaxy

Vida e morte estelar num aglomerado globular

O aglomerado globular NGC 1846 é uma coleção esférica de centenas de milhares de estrelas no halo exterior da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã vizinha da Via Láctea que pode ser vista a partir do hemisfério sul. As estrelas brilhantes envelhecidas estão no aglomerado em tons intensos de vermelho e azul. A maioria das estrelas de meia-idade, com vários bilhões de anos, são de cor esbranquiçada. Uma miríade de galáxias de fundo muito distante de diversas formas e estrutura estão espalhadas ao redor da imagem. O objeto mais intrigante, no entanto, não parece pertencer ao aglomerado. É uma bolha verde em destaque perto do centro da parte inferior da imagem. Esta chamada "nebulosa planetária" é o rescaldo da morte de uma estrela. A estrela central sucumbida pode ser vista dentro da bolha. É incerto se a nebulosa planetária é um membro da NGC 1846, ou simplesmente se encontra ao longo da linha de visão do aglomerado. Medições do movimento das estrelas no aglomerado e na estrela central da nebulosa planetária sugerem que poderia ser um membro do aglomerado.

Créditos: NASA

Recebido sinal da Fobos-Grunt

Uma estação da ESA recebeu um sinal proveniente da sonda russa Fobos-Grunt. O sinal foi recebido durante uma de quatro tentativas de comunicar com a sonda e aonteceu quando esta esteve iluminada pelo Sol. Os especialistas russos e europeus irão continuar a trabalhar para determinar a melhor forma de estabelecer uma ligação de comunicações fiável com a sonda. Ao contrário do que aconteceu com a situação após o lançamento, a agência espacial russa, Roscosmos, foi extremamente rápida a confirmar este boa notíca. A fobos-Grunt foi lançada no dia 8 de Novembro, mas um problema impediu que fosse propulsionada para Marte a partir da sua órbita inicial.

Créditos: AstroPT

Gigantesca parede de gás é fotografada no Sol

Uma gigantesca parede de gás se ergueu da superfície do Sol e é mostrada na imagem acima, feita em cores falsas pelo observador do Sol Stephen Ramsden. Conhecidas como proeminências, essas feições que surgem no Sol são ancoradas na superfície do Sol, mas podem se estender por muitos milhares de quilômetros dentro do espaço. “Se você assistir os vídeos dessas coisas, pode-se ver que elas estão em constante movimento”, disse Joseph Gurman, astrônomo solar da NASA que trabalha no Centro de Voos Espaciais Goddard em Maryland. “O material, na verdade não se mantém sustentado por muito tempo. Ele está constantemente sendo substituído”. Enquanto que as proeminências comuns, esse outro tipo de feição capturadas em recentes imagens por observadores do Sol em todo o mundo são normalmente altas e parecem estar sendo ejetadas no espaço, completa Gurman. Gurman estima que essa proeminência em particular tem aproximadamente 100.000 quilômetros de altura, algo em torno de oito vezes a largura da Terra. A seção escura que aparece na parte inferior da foto é a superfície do Sol, como o fotógrafo escureceu artificialmente o disco solar, outras feições não podem ser observadas, esse escurecimento foi proposital para realçar esse tipo de proeminência.

Créditos: Cienctec

Lua de Júpiter tem lagos rasos

Cientistas encontraram a melhor evidência até agora para a presença de água embaixo da superfície da gelada lua de Júpiter, a Europa. Análises da superfície lunar sugerem finas camadas de água morna por baixo do gelo. O estudo prevê que lagos pequenos existem a apenas três quilômetros da superfície. Qualquer água líquida pode significar um habitat potencial para vida. De análises anteriores, cientistas já suspeitavam que um oceano gigante, de 160 quilômetros de profundidade, estava entre 10 e 30 quilômetros para dentro da crosta de gelo. Muitos biólogos espaciais sonharam em seguir os passos do personagem ficcional David Bowman, do livro Odisseia Dois de Athur C. Clarke, que descobre formas de vida aquáticas no oceano da lua Europa. Mas cavar buracos no gelo espesso sempre pareceu insustentável. Agora, a descoberta de água líquida torna uma missão espacial para coleta muito mais plausível. A presença de lagos rasos também significa que há mistura entre as porções superiores e as inferiores. O gelo moído poderia transferir nutrientes para as partes mais profundas do oceano. “Isso pode tornar Europa e seu oceano mais habitáveis”, afirma a líder do estudo, da Universidade do Texas, Britney Schmidt. Ela analisou as imagens coletadas pela nave Galileo, lançada em 1989. Especialistas em gelo têm estudado a superfície da lua por muitos anos tentando entender o que causou sua superfície completamente quebrada e arranhada. “Se comparada com a Antártica, onde vemos características similares, podemos determinar algo sobre o processo que acontece na Europa”, afirma o especialista da Universidade de Edimburgo, Martin Siegert. Ele explica que o novo estudo aponta como a água morna que sobe causa o derretimento do gelo superficial, formando rachaduras. “Quando essa água entra nas ranhuras, ela congela, formando novo gelo. A parte inferior então congela novamente, causando o soerguimento da superfície”, afirma. Os Estados Unidos e a Europa estão trabalhando em missões para essa e outras luas de Júpiter. Eles esperam lançá-las no fim dessa década ou no começo da próxima.

Créditos: Hypescience

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Presença de metano pode indicar vida em um planeta

Astrônomos se perguntam, há várias décadas, se pode existir vida em outros planetas. E o “método” para encontrá-la, na verdade, é muito simples: verificar se existe água no planeta em questão. A partir daí, é possível que haja vida. Mas cientistas americanos trabalham com a possibilidade de que a água talvez não seja tão fundamental assim. No caso da Terra, a água está presente no estado líquido. Suas características permitem que haja movimentação de moléculas e elementos químicos necessária para o desenvolvimento da vida, o que sempre fez os astrônomos a considerarem indispensável. Mas pesquisadores da NASA afirmam que outros corpos celestes podem ser substitutos que cumpram o papel da água. A base para essa teoria é Saturno. Pense em um gigantesco planeta, rodeado por anéis e situado a 1,4 bilhões de quilômetros do Sol. Saturno tem uma série de satélites naturais, alguns dos quais são até maiores do que o planeta Mercúrio. Uma destas grandes luas, Titã, chega a ter a sua própria atmosfera, fator que intriga os astrônomos desde 1944. Neste ano, o cientista Gerard Kuiper detectou metano na superfície de Titã. Mas a temperatura dessa superfície é de 179° Celsius negativos, ou seja, menos de cem graus acima do zero absoluto. Diante dessa condição climática, a água presente em Titã é dura como pedra. E o líquido que corre por rios desse satélite nada mais é do que metano líquido. E os cientistas afirmam que há condições perfeitamente razoáveis para que o metano líquido, sob determinadas condições físicas e químicas, faça exatamente as funções que a água desempenha na Terra. O conjunto dessas condições seria o que os astrônomos chamam de “zona habitável de metano”: áreas onde a vida poderia se desenvolver. Embora possa parecer um sonho distante, os cientistas encontraram um corpo celeste que reúne tais condições. De pequeno porte (anã vermelha), situada a 20 anos-luz da Terra, está a estrela Gliese 581. Essa estrela ficou famosa no meio astronômico, há alguns anos, justamente porque ao seu redor há planetas com condições para serem habitados. Conforme as estimativas dos cientistas, nenhum dos quatro planetas que orbitam a estrela Gliese 581 possui exatamente a “zona habitável de metano”, em seu estado ideal, mas estão próximos desse ponto. E já se sabe que corpos celestes que contêm metano podem muito bem coexistir com estrelas, e a lua Titã é uma prova disso. Ainda não há evidências definitivas de que realmente poderia haver vida em um planeta que reunisse essas condições, mas cada vez mais indícios apontam nessa direção.

Créditos: Hypescience

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cientistas criam método para dizer se exoplaneta pode abrigar vida

Um grupo de pesquisadores internacional divulgou nesta segunda-feira (21) o primeiro método de análise de exoplanetas para dizer se eles podem ou não abrigar vida. Detalhes do estudo serão conhecidos na edição de dezembro da revista científica "Astrobiology" (astrobiologia, em inglês). Com cientistas da agência espacial norte-americana (Nasa), do Centro Espacial alemão e do projeto SETI - que busca por sinais de vida inteligente fora da Terra, o artigo defende que a procura deve se basear em duas questões: se as condições encontradas na Terra podem existir em outros planetas e se o ambiente nesses mundos pode abrigar formas de vida diferentes das terrestres. Para isso, eles criaram dois índices, que avaliam as condições de um exoplaneta para abrigar vida extraterrestre. O primeiro deles se chama Índice de Similaridade Terrestre (ESI, na sigla em inglês) e classifica mundos parecidos com o nosso. Já o outro é o Índice de Habitabilidade Planetária (PHI, na sigla em inglês), que avalia parâmetros químicos e físicos que poderiam dar origem a formas "menos" terrestres de vida em exoplanetas. Atualmente, o número de exoplanetas conhecidos está em 600. A missão espacial Kepler, da Nasa, encontrou 1,2 mil candidatos a exoplanetas em 2011 por meio de interferências na luz que vem de estrelas. Estes possíveis mundos fora do Sistema Solar ainda deverão ser confirmados. Como o número de exoplanetas revelados não para de crescer, o interesse dos astrônomos começa a se voltar mais para aqueles que possam reunir conduições parecidas com as da Terra: presença de atmosfera, água líquida na superfície e uma temperatura amena. Normalmente, mundos fora do Sistema Solar com essas condições encontram-se a distâncias convenientes em relação às estrelas que orbitam. Essa distância ideal é conhecida como região de "goldilocks". Mas os cientistas não querem se limitar a pesquisar apenas locais que tenham ambientes parecidos com o da Terra. Eles consideram que esta atitude seria uma "limitação" das possibilidades de estudos sobre exoplanetas e vida fora da Terra. Eles citam o exemplo de Titã, a maior das luas de Saturno, que possui lagos com hidrocarbonetos que poderiam abrigar formas diferentes de vida. Eles também não descartam as chances de vida em exoplanetas sem estrelas ao seu redor.

Créditos: G1

Verão cruel

O pequeno quadrado verde mostrado na imagem acima, de Mercúrio, marca o ponto de zero grau de latitude e de 180º de longitude na superfície do planeta. Esse é um dos dois chamados pólos quentes de Mercúrio. O outro fica nas coordenadas 0º de latitude e de 0º de longitude. Uma relação entre a excentricidade da órbita de Mercúrio e a sua rotação se combinam para que um ou outro desses pólos quentes esteja apontando para o Sol quando Mercúrio passa o mais perto da estrela durante a sua órbita, e o Sol então fica diretamente acima desses pontos por mais tempo do que qualquer outro ponto de Mercúrio. Desse modo, os chamados pólos quentes recebem aproximadamente duas vezes e meia mais radiação solar do que os pontos em 90º e 270º de longitude e por esse motivo, são muito mais quentes. Como o eixo de rotação de Mercúrio não possui essencialmente nenhuma inclinação com relação ao seu plano orbital, como no caso da Terra em que essa inclinação é de aproximadamente 23º, Mercúrio não possui estações verdadeiras. Mas dependendo da localização de sua superfície, experimentam o que pode ser chamado de um verão muito quente.

Créditos: MESSENGER

Lançamento da nova missão a Marte é adiado em um dia

A semana nem começou direito e já temos uma notícia não lá muito boa. A NASA informou que o lançamento do novo veículo que estudará o planeta Marte foi adiado em um dia, esse adiamento, segundo a agência permitirá que os engenheiros possam trocar uma bateria suspeita no veículo Atlas 5 que irá lançar a sonda. A bateria é parte do sistema que seria usado para destruir o foguete se ele sofresse um sério dano durante o lançamento e começasse a desviar ameaçando áreas povoadas ao longo da costa da Flórida. A NASA tem a esperança de que essa nova missão a Marte, chamada de Mars Science Laboratory que estava planejada para começar a sua jornada de 9 meses rumo ao Planeta Vermelho na próxima sexta-feira, dia 25 de Novembro de 2011, possa começar no sábado, dia 26 de Novembro de 2011, às 11:02 da manhã, hora de Brasília. A missão Mars Science Laboratory, leva junto a sonda robótica Curiosity, essa sonda foi desenvolvida para passar um ano marciano em atividade, o que é equivalente a dois anos terrestres, vasculhando uma área na conhecida Cratera Gale, com o objetivo principal de determinar se nesse local existiram em algum momento da história de Marte as condições favoráveis para o surgimento e desenvolvimento da vida. A imagem acima mostra o Mars Science Laboratory sendo içado até o topo do seu foguete Atlas 5 na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral na Flórida no dia 3 de Novembro de 2011 em preparação para o lançamento da missão que deve ocorrer mesmo com esse adiamento ainda no fim de semana.

Créditos: Cienctec

domingo, 20 de novembro de 2011

W5: Pilares de formação de estrelas

Como as estrelas se formam? Um estudo da região de formação de estrelas W5 pelo Telescópio Espacial Spitzer fornece claras pistas através do registro de que as estrelas massivas perto do centro de cavidades vazias são mais velhas do que as estrelas perto da borda. Uma razão provável para isso é que as estrelas mais velhas no centro são na verdade responsáveis por iniciar a formação das estrelas mais jovens nas bordas. O início do processo de formação de estrelas ocorre quanto o gás quente fluindo comprimi o gás frio em nós densos o suficiente para que gravitacionalmente se contraia em estrelas. Pilares espetaculares, evaporando de forma lenta desde o gás quente que está fluindo fornecem pistas visuais para o processo. Na imagem acima que foi colorida usando tonalidades com finalidade científica, a cor vermelha indica a poeira aquecida, enquanto que as cores branca e verde indicam nuvens de gás particularmente densas. A W5 também é conhecida como IC 1848, e juntamente com a IC 1805 formam um grande complexo de formação de estrelas popularmente conhecido como Nebulosas da Alma e do Coração. A imagem acima destaca uma parte da W5 que se espalha por aproximadamente 2.000 anos-luz e que é rica em pilares de formação de estrelas. A W5 se localiza a aproximadamente 6.500 anos-luz de distância da Terra e é encontrada no céu na direção da constelação de Cassiopeia.

Créditos: APOD

THEMIS registra listras escuras de talude no interior da cratera Cassini em Marte

A Cassini é uma cratera em Marte assim nomeada em honra ao astrônomo italiano Giovanni Cassini. A cratera possui aproximadamente 415 km em diâmetro e pode ser encontrada nas coordenadas 327.9° longitude oeste e 23.8° latitude norte. Essa cratera se situa na região conhecida como Arábia em Marte. Uma pesquisa recente leva os cientistas a acreditarem que algumas crateras em Arábia podem ter abrigado lagos imensos. As crateras Cassini e Tikonravov estiveram provavelmente cheias de água, considerando que suas bordas foram rompidas pela água. Tanto canais de entrada quanto de saída tem sido observados em suas bordas. Cada um desses lagos teria contido mais água do que o lago Baikal na Terra, nosso maior lago de água fresca em volume. A imagem acima feita pelo instrumento THEMIS a bordo da sonda Mars Odyssey não mostra a cratera Cassini de Marte, mas sim mostra listras escuras de talude encontradas no anel de uma cratera menor e sem nome localizada no interior da cratera Cassini.

Créditos: Cienctec

sábado, 19 de novembro de 2011

Sonda orbital da NASA registra movimento de dunas em Marte

Clique na segunda imagem para ver o movimento das dunas

Imagens obtidas pela sonda da NASA Mars Reconnaissance Orbiter, ou MRO, mostra dunas de areia e ondulações se movimentando através da superfície de Marte em dezenas de localizações e derivando por algumas jardas. Essas observações revelam que a superfície arenosa do planeta é mais dinâmica do que se pensava anteriormente. “Marte tem mais rajadas de vento do que nós sabíamos antes ou os ventos são capazes de transportar mais areia do que se pensava”, disse Nathan Bridges, cientista planetário do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel e principal autor de um artigo publicado na revista especializada Geology. “Nós normalmente pensávamos que a areia em Marte era relativamente imóvel, assim sendo, essas novas observações mudam completamente nossa perspectiva sobre o planeta”. Enquanto que sabe-se que a poeira vermelha vaga ao redor de Marte por meio de redemoinhos e as chamadas poeiras fantasmas, os grãos de areia escura de Marte são maiores e mais difíceis de serem movimentados. Há menos de uma década atrás, os cientistas pensavam que as dunas e ondulações em Marte não se movimentavam ou se moviam tão lentamente que seria praticamente impossível detectar seu movimento. A sonda MRO foi lançada em 2005. Imagens iniciais feiras com a câmera de alta resolução da sonda chamada de High Resolution Imaging Science Experiment, ou HiRISE, documentaram somente poucos casos de movimentação de dunas de areia e de ondulações, feições que coletivamente são chamadas de camadas. Agora depois de anos de monitoramento da superfície de Marte, a sonda tem documentado movimentos de alguns metros por ano em dezenas de localizações através do planeta. O ar em Marte é fino, assim rajadas de ventos mais fortes são necessárias para movimentar um grão de areia. Experimentos em túneis de vento têm mostrado que retalhos de areia precisariam de ventos de 130 km/h para se movimentarem em Marte, o que é considerada uma velocidade muito alta se compararmos com a Terra, onde uma velocidade de 16 km/h já é suficiente para mover os grãos de areia. Medidas de experimentos meteorológicos feitos pelas sondas Viking da NASA nos anos de 1970 e começo dos anos de 1980, em adição a modelos climáticos, mostraram que os ventos poderiam ser algo raro em Marte. As primeiras pistas de que as dunas em Marte se moviam vieram da sonda da NASA Mars Global Surveyor que operou no Planeta Vermelho de 1997 até 2006. Porém, as câmeras da sonda não tinham resolução suficiente para detectar de forma definitiva as mudanças. As sondas robôs que vasculham a superfície de Marte também detectaram pistas sobre a movimentação da areia em Marte quando elas tocaram a superfície de Marte em 2004. A equipe responsável pela missão ficou surpresa a ver grãos de areia pontuando os painéis solares das sondas. Eles também testemunharam as marcas deixadas pelas sondas serem cobertas por areia. A areia em Marte se move pulando de lugar para lugar”, disse Matthew Golombek, co-autor de um novo artigo que divulga esse resultados e um membro das equipes da Mars Exploration Rover e da Mars Reconnaissance Orbiter no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena na Califórnia. “Antes das sondas pousarem em Marte , nós não tínhamos nenhuma evidência clara sobre a movimentação de areia no planeta”. Nem todas as areias em Marte são sopradas pelo vento. O estudo também identifica área onde essas feições não se movem. “As dunas de areia onde nós não observamos movimentos hoje podem ser formadas por grãos maiores, ou talvez suas superfícies são compactadas”, disse Bridges, que também é membro da equipe da câmera HiRISE. “Esses estudos mostram o benefício de um monitoramento de longo prazo em alta resolução”. De acordo com os cientistas, as aparentemente estacionárias podem se mover em escalas de tempo muito maiores, movimentos esses que podem ser iniciados por ciclos climáticos em Marte que duram dezenas de milhares de anos. A inclinação do eixo de Marte pode causar mudanças extremas no clima de Marte, mudanças essas muito maiores do que as observadas na Terra. Marte pode ter sido em algum momento de sua história, quente o bastante para que o dióxido de carbono agora congelado nas calotas polares pudesse estar livre para formar uma atmosfera mais espessa, gerando assim ventos mais fortes que foram capazes de movimentar e transportar a areia.

Créditos: Cienctec

Caverna do Lobo

A misteriosa nebulosa de reflexão azul encontradas em catálogos como VdB 152 ou Ced 201 realmente é muito apagada. Ela localiza-se na ponta da longa nebulosa escura conhecida como Barnard 175 em um complexo empoeirado que também tem sido chamado de caverna do lobo. Essas aparições cósmicas estão localizadas relativamente perto, a 1.400 anos-luz de distância ao longo da parte norte da Via Láctea na constelação real de Cepheus. Perto da borda de uma grande nuvem molecular, bolsões de poeira interestelar localizados na região bloqueiam a luz das estrelas localizadas em segundo plano ou espalham a luz da estrela brilhante ali mergulhada dando à nebulosa a cor azul característica. A luz ultravioleta proveniente da estrela é também responsável pela diminuição da luminescência avermelhada na poeira nebular. Apesar de estrelas estarem se formando nas nuvens moleculares, essas estrelas parecem ter vagado por essa área de forma acidental, à medida que a velocidade através do espaço é muito diferente da velocidade da nuvem. Essa imagem telescópica profunda da região da nebulosa se espalha por 7 anos-luz.

Créditos: APOD

A odisséia do Spirit no interior da cratera Gusev

Lembra do Spirit? Aqui neste vídeo, têm a sua jornada de 7,25 km pelo interior da cratera Gusev, até seu aprisionamento nas areias de Troy. O vídeo inclui 3.418 imagens obtidas pela câmera frontal, ao longo dos 5 anos, 3 meses e 27 dias de duração da missão. Tudo a uma velocidade de 24 imagens por segundo.

Shenzhou-8 regressou à Terra

A cápsula espacial não tripulada Shenzhou-8, aterrou no dia 17 de Novembro às 11:32UTC. A aterragem teve lugar no condado de Siziwang Banner localizado na região autónoma da Mongólia Interior. A Shenzhou-8 iniciou o regresso à Terra no dia 16 de Novembro. Depois de levar a cabo a segunda acoplagem com o módulo TG-1 TianGong-1 no dia 15 de Novembro, os dois veículos separaram-se definitivamente às 10:30UTC do dia 16 de Novembro. As acoplagens entre a Shenzhou-8 e o TianGong-1 abriram um novo caminho para o programa espacial da China que espera lançar no próximo ano dois novos veículos Shenzhou. O primeiro lançamento, a Shenzhou-9, deverá ter lugar em Março ou Abril de 2012 e o segundo, a Shenzhou-10, deverá ter lugar em Setembro ou Outubro. Pelo menos uma desta missões será tripulada e poderá transportar a primeira taikonauta chinesa.

Créditos: AstroPT

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dados de sonda da NASA mostram evidências de água líquida em Europa

Dados de uma sonda planetária da NASA providenciaram aos cientistas evidências do que parece ser um corpo de água líquida, igual em volume aos grandes lagos da América do Norte, por baixo da superfície gelada da lua de Júpiter, Europa. Os dados sugerem que existe uma troca importante entre a concha gelada de Europa e o oceano por baixo. Esta informação pode alargar os argumentos de que o oceano global subsuperficial de Europa representa um potencial habitat para a vida noutro local do Sistema Solar. As descobertas foram publicadas na revista Nature. "Os dados abrem novas possibilidades," afirma Mary Voytek, diretor do Programa de Astrobiologia da NASA na sede da agência em Washington, EUA. "No entanto, cientistas pelo mundo inteiro vão querer estudar com mais atenção esta análise e rever os dados antes de podermos apreciar a implicação destes resultados." A sonda Galileu da NASA, lançada pelo Atlantis em 1989 com destino Júpiter, produziu inúmeras descobertas e providenciou aos cientistas décadas de dados para analisar. A Galileu estudou Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, e algumas das suas luas. Uma das suas descobertas mais importantes foi a inferência de um oceano global de água salgada por baixo da superfície de Europa. Este oceano é profundo o suficiente para cobrir toda a superfície de Europa e contém mais água líquida do que a soma de todos os oceanos da Terra. No entanto, à distância do Sol, a superfície do oceano está completamente gelada. A maioria dos cientistas pensa que esta crosta gelada mede dezenas de quilômetros de espessura. "Tem havido discussão na comunidade científica acerca da espessura da concha gelada: se for muito espessa, isso é mau para a biologia. Isto significa que a superfície não está a comunicar com o oceano por baixo," afirma Britney Schmidt, autora principal do artigo e pós-doutorada do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas, em Austin, EUA. "Agora, vemos evidências de que é uma espessa concha gelada e que pode ter grandes lagos superficiais. Isto pode significar que o oceano de Europa é mais habitável." Schmidt e a sua equipe focaram-se em imagens, obtidas pela Galileu, de duas características irregulares aproximadamente circulares na superfície de Europa denominadas terrenos caóticos. Com base em processos similares vistos na Terra - em plataformas de gelo e por baixo de glaciares sobre vulcões - desenvolveram um modelo com quatro passos para explicar a formação das características. O modelo resolve várias observações contraditórias. Algumas parecem sugerir que a concha gelada é espessa. Outras sugerem que é fina. Esta recente análise mostra que as características caóticas da superfície de Europa podem ser formadas por mecanismos que envolvem trocas importantes entre a concha gelada e o lago gelado por baixo. Isto providencia um mecanismo ou modelo para a transferência de nutrientes e energia entre a superfície e o vasto oceano global já inferido por baixo da concha gelada. Pensa-se que isto aumente o potencial para a vida na lua. Os autores do estudo têm boas razões para acreditar que o seu modelo está correto, com base em observações de Europa obtidas pela Galileu e cá na Terra. Mesmo assim, dado que os lagos inferidos estão vários quilômetros por baixo da superfície, a única confirmação da sua presença terá que vir de uma futura sonda desenhada para estudar a concha gelada. Tal missão foi considerada como a segunda mais importante pelo Conselho de Pesquisa dos EUA e está sendo estudada pela NASA. "Estes novos conhecimentos acerca dos processos em Europa não teriam sido possíveis sem as observações, ao longo dos últimos 20 anos, de camadas geladas e glaciares da Terra," afirma Don Blankenship, co-autor e cientista do Instituto de Geofísica dos EUA, onde lidera estudos das camadas geladas do planeta.

Créditos: Astronomia On-line

Chuva de meteoros Leônidas é vista da Terra

Conforme a Terra se move ao redor do Sol em sua órbita anual, passa através de detritos espaciais deixados para trás por cometas e asteróides. Caminhando por estas nuvens de poeira e areia do tamanho de partículas, a Terra as “varre”, e elas são aquecidas até a incandescência pelo atrito com a atmosfera do planeta, causando riscos de luz brilhantes no céu noturno, conhecidos pelos cientistas como meteoros – e por nós como estrelas cadentes. Quando a Terra passa através de uma nuvem de escombros, às vezes produz exibições conhecidas como chuvas de meteoros. Uma chuva de meteoro anual famosa conhecida como Leônidas atingiu seu pico na noite do dia 17. Ao contrário de pancadas de chuva, chuvas de meteoros não são concentradas. Normalmente, significam ver 10 ou 20 meteoros por hora. Na maioria das vezes, Leônidas são chuvas bastante calmas, mas a cada 33 anos, são conhecidas como tempestades de meteoros. A última ocorreu em 1999, quando mais de mil meteoros por hora foram observados. A maioria das chuvas são bastante fracas, já que a poluição de luz, seja artificial (luzes da cidade) ou natural (da Lua) pode seriamente diminuir o número de meteoros vistos. A nuvem de partículas que causa a chuva de meteoros Leônidas é tipicamente irregular, por isso às vezes a Terra pode passar incólume através da nuvem, com muito poucos meteoros sendo observados, e outras vezes temos sorte e vemos uma maior concentração de meteoróides. Esse ano não deve ser uma grande exibição, mas vale sempre a pena assistir. Teremos que lidar com uma Lua brilhante, cuja luz pode obscurecer alguns dos meteoros. Também temos tempo ruim. O pico da chuva está previsto para meia noite entre 17 e 18 de novembro. O ponto de que os meteoros parecem fluir é um pouco acima de Marte. Curiosamente, esta não é a melhor direção para se observar meteoros. A chuva não é uma queima de fogos. A maioria dos meteoros se move rápido e de forma nebulosa. Chuvas de meteoros são coisas sutis. Os meteoros que você vê são todos eventos únicos. Eles são restos do cometa Tempel-Tuttle, visto pela primeira vez há 645 anos atrás, no ano de 1366.

Créditos: Hypescience

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Amontoado de rochas

A imagem acima mostra em detalhe um monte extremamente rico em pedaços de rochas localizado a aproximadamente 100m a leste do anel da cratera Dawes. A cratera Dawes é uma cratera de 18 km de diâmetro e está localizada na fronteira entre o Mare Serenitatis e o Mare Tranquilitatis. O diâmetro desse monte na Lua é de aproximadamente 150 metros. Fragmentos de aparência relativamente nova se aglomeram dentro de uma área circular, significando que provavelmente um grande pedaço de rocha se chocou com o solo e se fragmentou criando esse monte. Porém esse pedaço de rocha não se chocou com força suficiente para criar uma cratera, assim, podemos inferir que a velocidade de impacto foi baixa. Então a questão aqui, é, de onde veio esse gigantesco pedaço de rocha. Como esse amontoado de rochas está localizado além da cratera de 18 km de diâmetro, grandes pedaços de rochas poderiam ter sido expelidos como parte do processo de ejeção. Mas no caso desse monte, a aterrisagem deve ter ocorrido no final do material ejetado, caso contrário ele teria sido enterrado. Por que esse pedaço de rocha aterrissou posteriormente à sequência do material ejetado? Outra cratera fonte pode ter sido a geradora desse grande pedaço de rocha. Se sim, essa segunda cratera precisaria estar próxima para manter a velocidade de impacto baixa.

Créditos: LROC

Diferença despercebida

Sirsalis é uma cratera relativamente nova na Lua que empresta o seu nome para o maior canal reto existente no nosso satélite. Ela fornece para nós muito mais do que isso, ela também é responsável pelo material ejetado que cobre o canal, e mesmo a cratera mais nova, a Sirsalis F se afunda no canal e adiciona a ele mais detritos. A Sirsalis, por si só, é considerada uma cratera dupla. No lado do canal a parede foi colapsada com escorregamentos que quase formaram terraço. À oeste da parede está o anel para o interior escarpado. Mas por que existe essa diferença? Por esse ponto de vista, a cratera é muito velha para ter preservado raios que possam nos dizer se ela se formou com um impacto oblíquo, o que poderia nesse caso ser responsável pelas diferenças observadas na morfologia do anel. Mas essa visão em direção ao limbo obtida pela sonda Kaguya mostra algo que obviamente não pode ser visto em imagens verticais, ou seja, o anel oeste é aparentemente mais baixo do que o anel do lado oposto. Ele pode ser mais baixo, pois quando um bólido se chocou na cratera Sirsalis A, pré-existente, existia um buraco onde o anel se expandiu mais do que na rocha sólida. Agora a questão é o que fez com que o anel oeste fosse tão suave? Vamos esperar novas imagens e novas pesquisas que podem então ajudar a esclarecer mais essa questão sobre a Lua.

Créditos: LPOD