Depois que uma bola de fogo foi vista cruzando o céu da Inglaterra na última sexta-feira, muitos relatos desencontrados sobre observações semelhantes passaram a ser divulgados, entre eles o de uma bola de fogo vista sobre os estados de Alagoas e Pernambuco. Pelos relatos dos observadores e tempo de cruzamento, a bola de fogo vista no Brasil foi aparentemente provocada pela queima de algum fragmento artificial que se incendiou na alta atmosfera da Terra em consequência do atrito provocado pela alta velocidade do impacto. O relato mais preciso desse avistamento foi feito por observadores localizados próximos à Maragogi, em Alagoas. Segundo a descrição, um forte clarão azulado foi visto por volta das 19h38 e alguns segundos depois ouviu-se um forte estrondo, provavelmente provocado pela onda de choque supersônica criada pela alta velocidade de deslocamento. Observadores localizados na Bahia e Pernambuco também confirmam a passagem do objeto, indicando um longo tempo de cruzamento compatível com reentradas de lixo espacial. Entretanto, como não foram fornecidos horários mais precisos do cruzamento não foi possível avaliar o sentido de deslocamento do bólido. Uma foto da suposta bola de fogo foi divulgada nas redes sociais durante o fim de semana, mas não foi possível confirmar sua autenticidade. Da mesma forma que o avistamento no Brasil, a bola de fogo vista na Inglaterra, em 21 de setembro, também indica a possibilidade de reentrada de lixo espacial, com o objeto cruzando diversas cidades em poucos minutos. Diferente do evento ocorrido no Brasil, a fulgurante queima foi fartamente registrada em vídeos e imagens estáticas, que mostram rupturas e desmembramentos de partes da estrutura do bólido. Naturalmente, não se pode descartar a possibilidade das bolas de fogo terem sido criadas por dois meteoros ou até mesmo dois asteróides que penetraram sorrateiramente na atmosfera terrestre, mas dada a pequena diferença de tempo entre as duas observações, é grande a chance de ambos os eventos terem sido provocado pela reentrada de partes de um mesmo objeto artificial, com grande possibilidade de ser um dos inúmeros fragmentos criados durante a colisão entre o satélite americano Iridium 33 e Cosmos 2251, ocorrida em fevereiro de 2009. Durante essa colisão se formaram milhares de fragmentos que lentamente começam a reentrar na atmosfera da Terra. Apesar de grande parte desses fragmentos terem sido catalogados, muitos escaparam a essa contagem e continuam caindo em direção ao nosso planeta.
Créditos: Apolo 11
Créditos: Apolo 11
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