segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

As 10 mais

Aqui vai o link das 10 matérias mais lidas em 2012 (até o momento), no blog Imagens do Universo. Feliz Ano Novo a todos que colaboraram, comentaram e acessaram nosso blog. Lawrence e Laís Paiva! É só clicar nas matérias abaixo.


  1. Alinhamento de estrelas e planetas: 11 de Julho - 1253 visualizações;
  2. ISS executa manobra evasiva: 14 de Janeiro - 673 visualizações;
  3. GALEX: a galáxia de Andrômeda: 20 de Maio - 306 visualizações;
  4. Estrelas num céu empoeirado: 29 de Setembro - 254 visualizações;
  5. Sonda Cassini detecta oxigênio em lua de Saturno: 06 de Março - 251 visualizações;
  6. Constelação de Escorpião: 27 de Maio - 247 visualizações;
  7. Constelação de Perseu: 11 de Junho - 239 visualizações;
  8. Constelação de Peixes: 12 de maio - 231 visualizações;
  9. O perigoso nascer do sol em Gliese 876d: 29 de Abril - 223 visualizações;
  10. Asteróide recém descoberto raspa a Terra: 27 de Maio - 202 visualizações

Não acredite em seus olhos

O universo adora enganar nossos olhos, dando a impressão que objetos celestes estão localizados à mesma distância da Terra. Um bom exemplo pode ser visto nessa espetacular imagem reproduzida acima feita pelo Telescópio Espacial Hubble. As galáxias NGC 5011B e a NGC5011C foram imageadas contra um fundo estrelado. Localizada na constelação de Centaurus, a natureza dessas galáxias vem desafiando os astrônomos. A NGC 5011B (à direita) é uma galáxia espiral pertencente ao Aglomerado de Galáxias Centaurus e localiza-se a 156 milhões de anos-luz da Terra. Por muito tempo considerada como parte desse mesmo aglomerado de galáxias distante, a NGC 5011C (a galáxia azulada na parte central da imagem) é um objeto peculiar, com a falta de brilho típica de uma galáxia anã próxima, juntamente com o tamanho de espiral inicial do universo. Os astrônomos eram curiosos sobre a aparência da NGC 5011C. Se as duas galáxias estivessem a aproximadamente a mesma distância da Terra, eles esperariam que o par mostrasse sinais de interação entre as galáxias. Contudo, não existe nenhum sinal visual de interação entre elas. Como isso pode ser possível? Para resolver esse problema, os astrônomos estudaram a velocidade com a qual essas galáxias estão se movimentando com relação à Via Láctea e encontraram que a NGC 5011C está se movendo para longe de nós mais vagarosamente do que a sua vizinha aparente, e seu movimento é mais consistente com o que está acontecendo com o grupo próximo de galáxias Centaurus A, localizado a uma distância de 13 milhões de anos-luz. Assim, a NGC 5011C, com somente dez milhões de vezes a massa do Sol em estrelas, deve ser um galáxia anã próxima, ao invés de pertencer ao distante Aglomerado de Galáxias Centaurus, como se acreditou por muitos anos. Problema resolvido. A imagem acima foi feita com a Advanced Camera for Surveys do Hubble usando os filtros de luz infravermelha e óptica.

Fonte: Space Telescope

Ano Novo: Conheça as estrelas que estarão no céu da virada!

Exatamente à meia-noite dessa terça-feira, após 366 dias o planeta Terra completará mais uma volta em torno do Sol. Foram 939.95 milhões de quilômetros percorridos à incrível velocidade de 107 mil quilômetros por hora. Uma viagem tão suave que nem percebemos. O momento marca o fim desta viagem e o começo de uma nova jornada em torno do astro-rei. Bem vindo 2013! A precisão dessa viagem é tão grande que todos os anos a Terra atinge a mesma posição dentro de sua órbita e as mesmas estrelas que estavam no céu há 366 dias (2012 foi ano bissexto) poderão ser vistas novamente, praticamente no mesmo lugar. Apenas a Lua e os planetas mudaram de posição. Durante a passagem do ano é quase obrigatório olhar para o céu. Ali, milhares de fogos de artifício estarão saudando o ano que chega, com uma infinidade de sons e luzes multicoloridas. Em alguns lugares esse espetáculo dura vários minutos, ao mesmo tempo em que as pessoas, emocionadas, se abraçam e desejam votos sinceros de feliz Ano Novo. Passados os minutos iniciais da comemoração, o brilho dos fogos de artifício vai diminuindo de quantidade e intensidade e nesse momento é normal que as pessoas permaneçam olhando para o céu e falem um pouco sobre as estrelas. Muitas até arriscam os nomes das constelações vistas no firmamento. Se você é uma dessas pessoas, esse artigo foi feito pra você! Ele vai ajudá-lo a reconhecer as diversas constelações e objetos presentes nas primeiras horas de 2013, um momento mágico que deve ser curtido com bastante esperança e sabedoria. O primeiro lugar que as pessoas vão olhar é para o zênite, ou seja, a parte do céu que fica acima da nossa cabeça. É ali que se encontra uma das mais belas constelações do hemisfério sul e que pode ser vista nesta época do ano: a constelação de Órion. Composta principalmente por quatro estrelas formando um quadrado, Órion também tem três estrelas ao centro, que são popularmente conhecidas como as Três Marias - Mintaka, Alnilam e Alnitak. As duas estrelas inferiores do quadrado são Bellatrix, à esquerda e Beteugeuse, à direita. No topo, à esquerda temos Rigel e à direita, Saiph. Se nesta noite você tiver um binóculo ou telescópio, verá que a constelação reserva muitas surpresas. Olhe no quadrante superior, acima das Três Marias. Ali se encontra a nebulosa M42, um dos mais belos objetos do céu. É tão belo que você não vai querer parar de ver! Baixe seus olhos em direção ao Norte e verá a constelação do Cocheiro e ao seu nordeste as estrelas da constelação de Gêmeos onde se destacam Castor e Pollux. Na constelação de Touro, o gigante planeta gasoso Júpiter estará presente. Virando a cabeça para a direita, novas constelações surgirão sobre o quadrante leste, mas quem rouba a cena é a Lua a 10 graus de elevação e a estrela Sírius na constelação do Cão Maior, que estará quase sobre a nossa cabeça. Sírius é facilmente identificável e é a estrela mais brilhante que existe no céu. Sua magnitude é de -1.42 o que a torna uma espécie de farol celestial. Vire-se 90 graus à direita. Você estará olhando para o Sul e o destaque é outra bela constelação que durante muito tempo orientou os grandes navegadores: o Cruzeiro do Sul, que parece sempre abraçado pela constelação do Centauro. Agora que você já conhece um pouco mais o firmamento do primeiro dia do ano, chame os amigos e reúna a família. Após o momento da confraternização leve-os para fora de casa e mostre a eles o céu. É uma boa maneira de começar a curtir o novo ano que bate à nossa porta. Feliz 2013!

A condenada estrela Eta Carinae

Eta Carinae pode estar para explodir. Mas ninguém sabe quando, pode acontecer no próximo ano, como pode também acontecer daqui a um milhão de anos. A massa da estrela Eta Carinae, aproximadamente 100 vezes a massa do Sol, faz dela uma excelente candidata para se transformar numa supernova completa. Registros históricos mostram que a aproximadamente 150 anos atrás, a estrela Eta Carinae, passou por uma explosão nada comum que fez dela uma das estrelas mais brilhantes no céu do hemisfério sul da Terra. A estrela Eta Carinae localizada na Nebulosa Keyhole, é a única estrela atualmente a emitir de forma natural luz LASER. A imagem acima, feita em 1996, trouxe novos detalhes a essa incomum nebulosa que circunda a estrela. Agora, claramente, pode-se ver dois lobos distintos, uma região central quente, e estranhos raios radiais. Os lobos são preenchidos com linhas de gás e poeira que absorvem a luz azul ultravioleta emitida perto do centro. Os raios ainda não têm explicação.

Fonte: APOD

domingo, 30 de dezembro de 2012

Conheça as diferenças entre os corpos celestes

Incontáveis corpos celestes pintam os céus: planetas, meteoros, meteoritos, asteróides, estrelas. Cada termo define um objeto de diferente grandeza e características. Alguns deles chegam a se chocar com a Terra, mas outros estão a anos-luz do planeta e não representam qualquer perigo. A agência espacial norte-americana (Nasa) afirma que todos os anos um asteróide do tamanho de um carro entra na atmosfera terrestre, mas acaba vaporizado pelo calor, antes de tocar a superfície do planeta. Os cientistas calculam que um corpo celeste com menos de 1 km causaria apenas danos locais na área do impacto. Já uma rocha maior do que 2 km poderia provocar consequências globais. Mas é preciso saber o que está lá em cima, para não se perder na geografia dos céus. Conheça as diferenças entre os corpos celestes:

Meteoros e meteoritos
São corpos celestes de pequenas dimensões, chamados de meteoróides, que orbitam o Sol. Geralmente são partículas rochosas resultantes da colisão de asteróides. Quando passam nas proximidades da Terra, esses corpos celestes são atraídos pela força de gravidade do planeta. Os meteoros são vaporizados e se incendeiam ao entrar na atmosfera terrestre, sendo popularmente chamados de estrelas cadentes. As rochas que conseguem sobreviver a essa entrada na atmosfera e atingem a superfície terrestre são os meteoritos.

Asteróides
A formação do sistema solar, há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, deixou restos de material pairando pelo universo. Esses corpos rochosos são os asteróides. Milhões deles descrevem uma órbita em torno do Sol, especialmente entre os planetas Marte e Júpiter. Seu tamanho varia entre menos de um quilômetro a até centenas de quilômetros de superfície. Pesquisadores acreditam que já ocorreram colisões entre asteróides e a Terra, o que teria alterado o processo evolutivo do planeta.

Cometas
Embora pequenos, os cometas ganham visibilidade em sua trajetória pelos céus. São corpos celestes relativamente frágeis, com uma superfície irregular e, de certa forma, similares aos meteoros. No entanto, são formados fora do sistema solar e sua superfície gelada é envolvida em poeira cósmica que, ao se aproximar do Sol, ganha volatilidade e é vista em forma de cauda. Alguns têm órbitas que podem levar mais de 30 milhões de anos e outros de algumas centenas, tornando suas aparições no céu um pouco mais previsíveis. Certos teóricos acreditam que foi a colisão de cometas com a Terra que trouxe parte da água e outras moléculas vitais para o surgimento da vida no planeta.

Planetas
A atual definição científica do que é um planeta data de 2006, quando Plutão perdeu seu status dentro do sistema solar, passando a ser considerado um planeta anão. Já a categorização tradicional dos planetas remonta aos antigos gregos, e indicava corpos celestes que se comportavam de forma diferente das estrelas. Recentemente, a NASA estabeleceu critérios que precisam ser atendidos para que um corpo celeste ganhe o status de planeta. Entre outras exigências, ele precisa orbitar o Sol, ter massa suficiente para possuir gravidade própria, adquirir uma forma arredondada e ter eliminado objetos menores de sua órbita. Depois dessa redefinição, o sistema solar ficou com oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Estrelas
As estrelas são as peças fundamentais da formação das galáxias. Elas são as responsáveis pela distribuição de elementos como o carbono, nitrogênio e oxigênio. Cientistas explicam em modelos computadorizados que as estrelas se formam a partir do colapso de nuvens de poeira. O choque aquece as partículas do centro, formando o que virá a ser o núcleo. Estrelas como o Sol, que tem um diâmetro 109 vezes maior do que o da Terra, levam 50 milhões de anos para se formar, desde o primeiro choque até a maturidade. A massa solar é 330 mil vezes maior do que a da Terra, sendo cerca de três quartos hidrogênio, e o restante, principalmente hélio. A NASA calcula que estrelas como o Sol podem brilhar por 9 a 10 bilhões de anos. Cálculos baseados em rochas lunares atribuem cerca de 5 bilhões de anos à estrela em torno da qual a Terra descreve sua órbita.

Fonte: Terra

sábado, 29 de dezembro de 2012

Galáxia anã M32

Descoberta pelo astrônomo francês Guillaume Le Gentil em 1749, a galáxia Messier 32, M32, está localizada dentro da constelação de Andrômeda. Ela é uma galáxia companheira da muito maior Galáxia de Andrômeda, a M31. A M32, localiza-se a aproximadamente 2.5 milhões de anos-luz da Terra. Pelo fato dela aparecer nessa imagem como se estivesse sobreposta aos braços espirais da Galáxia de Andrômeda (na porção superior direita da imagem), ela é provavelmente mais próxima da Terra do que a M31, como também sugerem as observações espectroscópicas. O centro dessa galáxia contém um buraco negro supermassivo. A foto acima foi feita em 10 de Outubro de 2012.

Fonte: EPOD

Cometa C/2012 S1 ISON promete chamar a atenção em 2013

À medida que o cometa C/2012 S1 ISON se aproxima da Terra, as especulações sobre seu tamanho, magnitude e risco potencial começam a crescer. Estima-se que o brilho do objeto poderá chegar a nada menos que 19 magnitudes negativas, o que em termos práticos significa um verdadeiro holofote no céu. Será mesmo? Com o esvaziamento do besteirol mundial sobre a existência do planeta Nibiru e do suposto fim do mundo previsto pelos Maias, a atenção agora se volta para a realidade e um dos objetos que mais atrairá a atenção em 2013 será sem dúvida o cometa C/2012 S1 ISON. Os cálculos mostram que em 26 de dezembro o cometa atingirá o menor ponto de aproximação com a Terra, a 60 milhões de quilômetros de distância, mas sem qualquer risco de colisão contra o nosso planeta. Apesar de não haver risco de impacto, o que chama a atenção deste cometa não é sua aproximação com a Terra e sim a distância mínima que chegará do Sol, prevista em apenas 1.8 milhões de quilômetros do centro da estrela, ou 1.1 milhão de km da sua superfície. Isso acontecerá em 28 de Novembro de 2013. De acordo com alguns modelos de magnitude, o brilho de C/2012 S1 ISON será tão forte que poderá atingir até 19 magnitudes negativas. Isso é cerca de 4.000 vezes o brilho que o cometa C/1965 S1 Ikeya-Seki apresentou em 1965 ou então 40 vezes o brilho da Lua Cheia e poderá ser visto no céu até mesmo durante o dia. O problema é que os cometas são astros temperamentais e muito sujeitos ao calor e forças gravitacionais intensas, que podem atraí-los e parti-los em pedaços. No caso de C/2012 S1 ISON, as dúvidas se concentram em saber como ele vai se comportar ante a ameaça do Sol, que em alguns meses já começará a aquecer o seu núcleo para depois atraí-lo. Se sobreviver à escaldante aproximação estelar, C/2012 S1 ISON poderá se transformar em um dos mais espetaculares cometas de todos os tempos. Se os modelos não se confirmarem, poderá ser o maior fiasco celeste. Seja como for, C/2012 S1 ISON promete chamar muito a atenção em 2013.

Fonte: Apolo 11

China lança serviço de localização rival ao GPS, o Beidou

O governo da China lançou na região Ásia-Pacífico os serviços públicos e comerciais de seu próprio sistema de navegação por satélite, projetado como um concorrente do americano GPS (Sistema de Posicionamento Global). O sistema Beidou ("Ursa Maior" em chinês), que utiliza atualmente uma rede de 16 satélites de navegação e quatro experimentais, começou na quinta-feira (27) a proporcionar serviços a civis em toda a região e, de acordo com a imprensa estatal, deve oferecer cobertura global até 2020. Em uma entrevista ao jornal "China Daily", Ran Chengqi, porta-voz do Escritório Chinês de Navegação por Satélite, o desempenho do sistema é comparável ao do GPS. "Os sinais do Beidou já podem ser recebidos na Austrália", disse. Esta é a mais recente conquista da China no setor de tecnologia espacial. O país pretende construir uma estação espacial até o fim da década e, eventualmente, enviar uma missão tripulada à Lua. Para ampliar a rede de satélites chineses serão lançados mais 40 aparelhos ao espaço até 2024, segundo o porta-voz, o que permitiria possuir uma cobertura mundial a partir de 2020. A China considera o programa bilionário um símbolo de sua crescente estatura global, do conhecimento científico e do êxito do Partido Comunista. O início do serviço comercial do sistema aconteceu um ano depois do Beidou começar a enviar sinais de navegação limitados ao território chinês. O país começou a construir a rede no ano 2000 para não depender do GPS. Segundo o jornal chinês "Global Times", "possuir um sistema de navegação por satélite tem enorme significado estratégico". "A China tem um mercado enorme, onde o Beidou pode beneficiar tanto civis quanto militares", enquanto desenvolve um "sistema de navegação mundial que pode competir com o GPS", completa o jornal, ligado ao Partido Comunista. No entanto, "podem surgir problemas no uso porque o Beidou é um sistema novo. Os consumidores têm que ser tolerantes", acrescenta o diário. Morris Jones, analista do setor que mora em Sydney, considera pouco provável que o Beidou compita realmente com o GPS fora da China. "O GPS está disponível gratuitamente, é de fácil acesso e muito conhecido, além de testado no mundo inteiro", declarou à AFP. Para Jones, a principal razão da China para desenvolver o Beidou é proteger a segurança nacional, pois os Estados Unidos, que controlam o GPS, teriam a possibilidade de cortar o serviço. "A possibilidade de recusa no acesso ao GPS leva outras nações a desenvolver o próprio sistema, livre do controle dos Estados Unidos", explica. "Em tempos de guerra, ninguém quer ter negado o acesso a um sistema deste tipo", conclui Jones.

Fonte: G1

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Veja "estranhos" planetas descobertos nos últimos 20 anos

Nos últimos 20 anos, astrônomos de todo mundo catalogaram cerca de 850 planetas fora do nosso Sistema Solar. A busca por mundos que orbitem outras estrelas tem levado à descoberta de alguns planetas estranhos, desde um gigante de gás quente, mais escuro que carvão, até um planeta com quatro sóis. Abaixo, alguns dos exemplos mais estranhos.

Quatro sóis
Em uma cena do filme da saga Star Wars, quando o personagem Luke Skywalker olha para o horizonte, vê dois sóis se pondo no planeta Tatooine. Os astrônomos já descobriram vários sistemas parecidos com o da ficção, nos quais os planetas orbitam estrelas duplas. Mas, em 2012, uma equipe de voluntários e astrônomos profissionais encontrou um planeta iluminado por quatro astros, o primeiro desse tipo. O mundo distante fica na constelação de Cygnus, orbita um par de astros e um segundo par gira em volta deles. Ele fica a 5.000 anos-luz da Terra e seu raio é seis vezes maior do que o do nosso planeta (do tamanho de Netuno). E, apesar de ser puxado por quatro forças gravitacionais diferentes, o planeta PH1 consegue manter uma órbita estável. A descoberta foi feita por voluntários que usavam o site Planet Hunters, junto com uma equipe de institutos científicos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. O nome PH1 veio do site. Na época da descoberta, Chris Lintott, da Universidade de Oxford, disse à BBC que a descoberta "não era, em absoluto, algo que estávamos esperando".

Escuridão
Em 2011, um grupo de astrônomos americanos anunciou que um exoplaneta - mundo localizado fora do nosso Sistema Solar - do tamanho de Júpiter e conhecido como TrES-2b era o mais escuro já descoberto, refletindo apenas 1% da luz que o atingia. O TrES-2b é ainda mais escuro do que tinta acrílica preta e mais preto do que qualquer planeta ou lua do nosso Sistema Solar. Ele fica a 718 anos-luz da Terra e sua massa e raio são quase os mesmos que os do planeta Júpiter. A distância entre o TrES-2b e sua estrela pode ser um dos fatores responsáveis por essa escuridão. Em nosso Sistema Solar, Júpiter é coberto por nuvens brilhantes de amônia que refletem mais de um terço da luz do Sol que o alcança. Mas o TrES-2b orbita a uma distância de apenas 4,83 milhões de quilômetros de seu astro. A energia intensa do Sol esquenta o planeta a mais de 1.000ºC, o que o torna muito quente para a formação de nuvens de amônia. A atmosfera do TrES-2b também tem elementos químicos que absorvem ao invés de refletir a luz. Mas esses fatores não conseguem explicar totalmente a extrema falta de luz no planeta. Um dos autores do estudo sobre o TrES-2b, David Spiegel, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, afirma que o planeta é tão quente que "emite um brilho vermelho fraco, muito parecido a uma brasa ou à espiral de um forno elétrico".

Diamante
Um planeta próximo na constelação de Câncer pode ter uma composição peculiar. O corpo celeste, conhecido como 55 Cancri E (imagem acima), "provavelmente é coberto de grafite e diamante em vez de água e granito", segundo o astrônomo Nikky Madhusudhan, da Universidade de Yale. O 55 Cancri e pertence à classe de mundos conhecida como planetas-diamante e acredita-se que seja rico no elemento carbono, que pode existir em várias formas estruturais, como grafite ou o diamante. Planetas ricos em carbono contrastam muito com a Terra, cujo interior tem, relativamente, pouco deste elemento, mas é rico em oxigênio. Ele fica a 40 anos-luz da Terra e o raio do planeta é duas vezes o tamanho do raio da Terra. Em 2012, Madhusudhan e seus colegas publicaram as primeiras medidas do raio do exoplaneta. Estes novos dados, combinados com as estimativas mais recentes da massa 55 Cancri E, permitiram que os cientistas deduzissem a composição química. Para fazer isto, eles usaram modelos em computadores do interior do planeta e calcularam as possíveis combinações de elementos e compostos que poderiam ter as características observadas. Os resultados sugerem que o 55 Cancri E é, em sua maior parte, composto de carbono (na forma de grafite e diamante), ferro, carboneto de silício e, potencialmente, silicato. Os cientistas estimam que pelo menos um terço da massa do planeta seja de diamante, o equivalente a três vezes a massa da Terra.

Engolido
Localizado na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro), a 600 anos-luz da Terra, o planeta Wasp-12b está sendo devorado lentamente pela sua estrela, a Wasp-12. O planeta gigante orbita tão próximo à estrela semelhante ao Sol que sua temperatura chega a 1.500ºC. Ele está sendo distorcido, chegando à forma de uma bola de rúgbi, devido à gravidade da estrela. A grande proximidade entre o Wasp-12b e a estrela levou a atmosfera do planeta a se expandir a um raio três vezes maior que a de Júpiter. Material proveniente dela está "vazando" para a estrela. "Vemos uma grande nuvem de materiais em volta do planeta, que está escapando e será capturado pela estrela", disse a astrônoma Carole Haswell, da Open University britânica. Haswell e sua equipe usaram o telescópio Hubble para confirmar estimativas anteriores a respeito do planeta e divulgaram a descoberta na publicação científica The Astrophysical Journal Letters. Os pesquisadores dizem que o planeta pode ainda existir por mais 10 milhões de anos antes de se apagar.

Fonte: Jornal Ciência

Rover Curiosity passa natal na "Casa da Avó"

O rover Curiosity da NASA trabalhou durante o Natal em Marte, a estudar uma zona interessante de terreno marciano, uma região que os cientistas apelidaram de "Casa da Avó". O rover Curiosity está atualmente estacionado dentro de Yellowknife Bay, uma depressão rasa de terreno estranho aninhado dentro do vasto local de aterragem do rover, a Cratera Gale. A "Casa da Avó" é um nome informal para o local natalício do Curiosity dentro de Yellowknife Bay. "Este é um momento muito emocionante para a equipe, porque começamos a fazer o que chamamos de planeamento orientado para a descoberta," afirma Colette Lohr, líder da equipe de comunicações do rover, no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "É quando basicamente 'entregamos as chaves do rover' à equipe científica." Os cientistas que conduzem o Curiosity passaram dois dias a pré-carregar o rover com instruções para observações científicas com a duração de mais de 11 dias marcianos (ou sols), o que permitiu aos membros da equipe do rover passar a época natalícia com as suas famílias e amigos. Mas o rover não teve férias. Passou o Natal e a véspera capturando um panorama de 360º de Yellowknife Bay, que dará aos investigadores uma visão ainda mais clara da área, afirma Lohr. Yellowknife Bay é uma bacia com meio metro de profundidade, um local interessante para os cientistas marcianos porque a área contém terreno diferente de qualquer outro já visto pelo rover Curiosity. Os cientistas da missão estão a estudar alvos rochosos na região, a fim de escolher um para o Curiosity perfurar. O Curiosity tem estudado a região usando as suas câmeras montadas no mastro e o seu laser, mas o objetivo final é o primeiro ensaio da broca de percussão do rover. O instrumento está desenhado para perfurar até ao interior de uma rocha e recolher amostras de rocha em pó para que possam ser analisadas por outros instrumentos a bordo - algo nunca antes tentado em Marte. O teste de perfuração está definido para o início de 2013. O rover Curiosity da NASA aterrou em Marte dia 6 de Agosto. A missão principal do rover de 2,5 bilhões de dólares é determinar se o seu local de aterragem, a Cratera Gale, já teve condições para suportar vida microbiana primitiva. O Curiosity está dirigindo-se para um local chamado Glenelg, perto da base do Monte Sharp, uma montanha com 5 km no centro da Cratera Gale.

Fonte: Astronomia On-line

Rover Curiosity sobre Rocknest em Marte

O que está presente no solo suave de Marte? No final do mês de Outubro de 2012, o jipe robô Curiosity, da NASA, parou perto de um lugar chamado de Rocknest, enquanto continuava a sua exploração da Cratera Gale em Marte. Rocknest é um grupo de rochas que pode ser visto perto da parte esquerda superior da imagem acima, um pouco à esquerda do mastro da Curiosity. De interesse particular na imagem acima se pode ver um pedaço do solo incomumente suave denominado de Wind Drift e que pode ser visto à esquerda da Curiosity, solo esse que, provavelmente foi criado pelo vento marciano soprando finas partículas para o Rocknest. A imagem acima mostra parte do Monte Sharp no fundo, na parte superior direita, e logicamente, além disso, quase todo o jipe robô pode ser visto, a partir da reconstrução de 55 frames, que teve o seu braço removido. O jipe Curiosity recolheu algumas amostras de areia de Wind Drift e as distribuiu no seu Chemistry and Mineralogy Experiment (CheMin) e no Sample Analysis at Mars (SAM), ambos são laboratórios que o jipe carrega para realizar análises detalhadas. Dados preliminares do solo indicam uma pequena quantidade de material orgânico de um carbono de origem ainda desconhecida. Embora o sinal orgânico possa ser apenas uma contaminação carregada desde a Terra, a excitante possibilidade de que esse material possa mesmo ser de Marte, mantém o Planeta Vermelho como foco para futuras explorações e pesquisas.

Fonte: APOD

Makemake, planeta anão a 6,4 bilhões de km do Sol, é completamente sem atmosfera

Cientistas descobriram que Makemake, um planeta anão descoberto em 2005, localizado próximo do extremo do Sistema Solar e cujo nome é uma homenagem a um deus polinésio, é um mundo frio, morto e sem atmosfera. Só agora, sete anos após sua descoberta, os cientistas fizeram o primeiro estudo detalhado do planeta, incluindo seu tamanho, formato e superfície. Ele é um dos cinco mundos distantes conhecidos como planetas anões presentes em nosso sistema – Plutão, reconhecido como planeta até poucos anos atrás, é o mais famoso deles e possui um tamanho 50% maior do que Makemake, além de estar mais próximo do Sol. Makemake fica a 6,4 bilhões de quilômetros do Sol, no Cinturão de Kuiper, uma região repleta de objetos congelados. Sua órbita dura cerca de 310 anos. Seu formato é o de uma esfera oblata, ou seja, uma esfera imperfeita – como a Terra. Ao passar em frente a uma estrela – um evento conhecido como ocultação – o planeta pôde ser mais bem observado por astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), onde a existência de sua atmosfera foi finalmente estudada – e descobriu-se que Makemake simplesmente não tinha uma atmosfera. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores combinaram dados de telescópios do Chile e outros lugares da América do Sul conforme o planeta anão deslizava pelo espaço. Contrariando observações anteriores, que sugeriam a presença de uma atmosfera bem fina como a de Plutão – ou seja, de cerca de um milionésimo da atmosfera da Terra – eles descobriram a total ausência da camada de gases. Dr. Jose Ortiz, do Instituto de Astrofísica de Andaluzia, afirmou: “Quando o Makemake passou em frente à estrela e a bloqueou, ela desapareceu e reapareceu muito repentinamente, ao invés de escurecer e se iluminar gradualmente. Isso significa que o pequeno planeta anão não tem atmosfera considerável. Pensava-se que o Makemake tinha uma boa chance de ter desenvolvido uma atmosfera. Isso mostra o quanto nós ainda temos que aprender sobre esses corpos misteriosos. Descobrir sobre as propriedades de Makemake pela primeira vez é um grande passo à frente no nosso estudo do seleto grupo de planetas anões congelados”. A falta de luas em Makemake e sua distância tornaram-no um objeto bem difícil de ser estudado, mas mesmo assim a equipe do ESO conseguiu determinar com maior precisão o seu tamanho; sua possível atmosfera e sua densidade, caso ela existisse; e o albedo de sua superfície – isto é, quantidade de luz solar que sua superfície reflete. O valor estimado de seu albedo é de 0,77, ou seja, similar a neve suja, mais alto que o de Plutão e menor que o de Eris, outro planeta anão do nosso sistema. Para efeito de comparação, um objeto que reflete 100% da luz incidida sobre ele possui um albedo de 1, enquanto que um valor de 0 representa uma superfície negra que não reflete nada. Ocultações são fenômenos raros, porém muito importantes, pois permitem aos astrônomos descobrir muito sobre as atmosferas desses membros distantes do Sistema Solar. No caso do Makemake, é algo ainda mais difícil, pois ele se move em uma área dos céus com poucas estrelas. Prever e detectar ocultações com precisão é um desafio tão grande que qualquer observação pode ser considerada como uma grande conquista. Segundo o Dr. Jose, “Plutão, Eris e Makemake estão entre os maiores exemplos dos numerosos corpos gelados orbitando bem longe do Sol. Nossas novas observações melhoraram bastante o conhecimento de um dos maiores, Makemake – nós poderemos usar essas informações quando explorarmos mais os objetos intrigantes desta região do espaço”. Makemake foi descoberto em março de 2005. Inicialmente, foi chamado de 2005 FY9 e recebeu o apelido de Coelhinho da Páscoa, devido à época do ano. Seu nome oficial só veio em 2008, em homenagem ao deus da fertilidade e criador da humanidade na mitologia da Ilha de Páscoa. Planetas anões foram reconhecidos oficialmente em 2006 pela União Astronômica Internacional (UAI) após um debate sobre como definir um planeta. Foi nesta ocasião que Plutão deixou de ser um planeta e passou a ser um planeta anão, junto com Ceres, Haumea e Eris.

Fonte: Jornal Ciência

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Pesquisadores encontraram estrela-bebê considerada o “Santo Graal” do Sistema Solar

Uma estrela-bebê foi detectada por astrônomos logo antes de “nascer”. A descoberta é tão importante que foi descrita como um “santo graal” da evolução estelar. As observações, publicadas na Nature, podem responder por que nuvens gigantes de gás podem colidir e formar estrelas. A estrela ainda está na fase de um turbilhão de poeira e gás. Ela é parte do mais jovem sistema planetário em formação já encontrado – por isso, pode ser crucial para entendermos melhor o nascimento do nosso próprio sistema. A jovem estrela tem “apenas” 300 mil anos de idade – um bebê se comparado com os 4,6 bilhões de anos de nosso Sol e seus planetas. No momento, ela tem 1/5 da massa do Sol, mas deve aumentar até o tamanho dele conforme for atraindo material de seus arredores. Calcula-se que haja material o suficiente para fazer sete Júpiters. A estrela, chamada L1527 IRS, fica a mais de 450 anos-luz da Terra, na constelação de Taurus – uma distância pequena para os padrões do Universo. John Tobin, um estudante do Hubble no Observatório Nacional de Rádio Astronomia na Virgínia, afirmou ao Daily Mail que “ela pode ser ainda mais jovem, dependendo de quão rápido ela acumulou massa no passado. Esse objeto muito jovem tem todos os elementos de um sistema solar em criação”. Para encontrar o objeto, os astrônomos utilizaram telescópios de última geração para detectar tanto poeira quanto monóxido de carbono circundante. Eles foram os primeiros a consegui encontrar uma estrela comprovadamente rodeada por um disco giratório de material e os primeiros a medir a massa dela. Da mesma forma que os planetas vizinhos ao nosso que têm velocidades orbitais que variam de acordo com a distância do Sol, a estrela também tem objetos que a rodeiam com velocidades orbitais e distâncias diferentes, conforme ondas de rádio vindas do monóxido de carbono mostraram. Hsin-Fang Chiang, um pós-doutorado da Universidade de Illinois, afirmou que os padrões, chamados de rotação kepleriana, “marcam um dos primeiros passos essenciais na direção da formação dos planetas. O disco é sustentado por sua própria rotação, e irá mediar o fluxo de material para a estrela-bebê e permitir que o processo de formação de planetas comece”. John adicionou que “esta é a estrela-bebê mais jovem já encontrada a mostrar esta característica em um disco à sua volta. De muitas maneiras, o sistema parece muito com o que nós achamos que nosso sistema solar pareceu quando era muito jovem”. A pesquisa, com suas imagens de alta definição, foi motivada por observações anteriores do Observatório Gemini, no Havaí, que já sugeria a presença de um grande disco cercando a estrela-bebê. Os astrônomos fizeram observações de alta precisão da L1527 IRS com o sistema de telescópios ALMA, que está quase completo nos Andes chilenos. Segundo John: “As capacidades avançadas do ALMA nos permitirão estudar mais tais objetos de distâncias maiores. Com o ALMA nós poderemos aprender mais sobre como os discos se formam e quão rapidamente as estrelas jovens crescem até seu tamanho total e conseguir uma compreensão muito melhor sobre como estrelas e seus sistemas começam suas vidas”. O estudo foi revisado por David Clarke, professor de astronomia da Universidade Santa Maria na Nova Escócia, Canadá, que o chamou de “Santo Graal” da evolução estelar: “Que a natureza tenha encontrado um meio de trazer rotineiramente punhados distantes de matéria, condensá-los em 24 ordens de magnitude e formar os motores nucleares responsáveis por iluminar o universo, é ao mesmo tempo incrível e inegável. Precisamente o que o mecanismo é, contudo, só agora está sendo compreendido por astrônomos, e o estudo de John e os outros vem para dar suporte à peça que antes faltava – a primeira detecção e medição de uma estrela realmente embrionária. John e seus colegas podem não ser os primeiros a medir a massa de uma estrela-bebê, mas a estrela-bebê que eles observaram é de longe o melhor exemplo até hoje. A L1527 IRS é o Santo Graal da astronomia infravermelha da evolução estelar? Isso terá que ser determinado pelos historiadores da ciência. Até lá é sem dúvidas uma grande descoberta e estudos futuros sobre isso irão ajudar a aumentar nossa compreensão de como as estrelas se formam”.

Fonte: Jornal Ciência

Qual será o destino final da Terra e do Sol? (O verdadeiro fim-do-mundo)

Em bilhões de anos no futuro, quando o nosso Sol se transformar em uma estrela gigante vermelha, crescerá e consumirá a órbita da Terra. Mas, se a Terra viaja na sua órbita, o que vai acontecer ao nosso querido planeta? A Terra será “comida” como os pobres planetas Mercúrio e Vênus? Os astrônomos há décadas se dedicam a tentar responder a esta questão. Quando o Sol se tornar numa gigante vermelha, os simples cálculos põem o seu equador para lá de Marte. Todos os planetas interiores serão consumidos. No entanto, à medida que o Sol alcança este último estágio da sua evolução estelar, perde uma tremenda quantidade de massa através de poderosos ventos solares. Enquanto cresce, perde massa, fazendo com que os planetas espiralem para fora. Por isso a questão é, será que o Sol em expansão alcançará os planetas que espiralam para fora, ou conseguirá a Terra (e talvez até Vênus) escapar às suas garras? K.-P Schroder e Robert Cannon Smith são dois cientistas tentando chegar ao fundo desta questão. Fizeram os cálculos com os mais atuais modelos de evolução estelar, e publicaram um trabalho com o nome: “Revisitando o Futuro Distante do Sol e da Terra”. O artigo foi publicado no boletim mensal da Sociedade Astronômica Real. De acordo com Schroder e Smith, quando o Sol tornar-se uma gigante vermelha daqui a 7,59 bilhões de anos, começará a perder massa rapidamente. Pela altura que alcance o seu maior raio, 256 vezes o seu tamanho atual, terá apenas 67% da sua massa presente. O Sol vai “inchar”, isto acontecerá ‘rapidamente’ quando esgotar o hidrogênio no seu núcleo, durante o período de 5 mihões de anos. Entrará então na sua relativamente breve fase (130 milhões de anos) de queima de hélio. Irá então expandir-se para além da órbita de Mercúrio e depois atingirá a órbita de Vênus. Quando chegar a altura da Terra, terá perdido 4,9×1020 toneladas de massa para cada ano (8% da massa da Terra por ano). Mas a zona habitável desaparecerá muito mais cedo. Os astrônomos estimam que migre para longe da órbita da Terra em apenas 1 bilhão de anos. O quente Sol (seu brilho estará +10% do que vemos hoje) fará evaporar os oceanos da Terra. Com tanto vapor presente na atmosfera, uma parte subirá para a estratosfera e lá a energética radiação solar ultravioleta vai dissociar (separar) o hidrogênio presente na água (a molécula de água H²O será partida em dois componentes: o hidrogênio livre H e a hidroxila OH). O hidrogênio livre, bem mais leve, será perdido no espaço. A Terra nunca mais terá oceanos. Eventualmente tornar-se-á novamente derretida. No entanto, existe uma vantagem para o Sistema Solar. Mesmo que a Terra, a uma mera unidade astronômica e meia, já não se encontre na zona habitável do Sol, muito do Sistema Solar estará. A nova zona habitável esticar-se-á de 49,4 até 71,4 UA, bem dentro do Cinturão de Kuiper. Os mundos gelados conhecidos até então, derreterão, e água líquida estará presente para lá da órbita de Plutão. Talvez Éris seja o nosso novo mundo. De acordo com Schroder e Smith, a resposta é não. Mesmo que a Terra consiga migrar para uma órbita 50% maior que a da atualidade, não terá salvação. O Sol crescerá e “engolirá” a Terra antes que alcance essa região como gigante vermelha. E o Sol ainda teria mais 0,25 UA e 500.000 anos para crescer. Uma vez dentro da atmosfera do Sol, a Terra irá colidir com as partículas de gás. A sua órbita irá decair e espiralará para dentro do Sol. Se a Terra estivesse apenas um pouco mais longe do Sol, a 1,15 UA (1 UA = distância atual da Terra ao Sol), conseguiria “sobreviver” à fase de expansão. Embora seja ficção científica, os autores sugerem que as tecnologias futuras poderiam ser usadas para acelerar a viagem da Terra para longe do Sol de acordo com a necessidade. O pensar neste futuro distante da Terra diz-nos algo sobre a psicologia humana. As pessoas estão genuinamente preocupadas com o futuro a bilhões de anos à frente? Embora saibamos a Terra será incinerada bem mais cedo, os seus oceanos literalmente irão se evaporar e o nosso planeta se tornará numa bola de rocha derretida é esta destruição pelo Sol que parece mais preocupante para todos nós, ou não? O que o leitor acha?

Fonte: 

Veja uma imagem do universo jovem após o Big Bang

Astrônomos acabaram de lançar uma nova foto do universo jovem, baseada em nove anos de dados coletados pela sonda WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, da NASA). A WMAP foi lançada para o espaço em 30 de junho de 2001 de Cabo Canaveral, Flórida (EUA) e vêm mapeando o brilho restante do universo jovem e quente nos céus desde então. Ela foi aposentada há dois anos, e agora a equipe de cientistas da sonda está anunciando seus resultados finais. A principal missão da WMAP era estudar o espaço profundo e medir as diferenças de temperatura que se observam na radiação cósmica de fundo em micro-ondas, um remanescente do Big Bang. Sendo assim, a imagem acima mapeia a temperatura da radiação deixada pelo Big Bang em uma época em que o universo tinha apenas 375.000 anos de idade. Ela mostra uma abrangência de temperatura de mais ou menos 200 microKelvin. As diferenças de cor são flutuações na radiação cósmica de fundo. Esses padrões permitem que os astrônomos prevejam o que poderia ter acontecido no início do universo, e o que vem acontecendo desde então, nos bilhões de anos desde sua infância. Por conta disso, a sonda tem sido fundamental na formação de teorias cosmológicas sobre a natureza e a origem do universo. Entre as principais revelações possíveis graças a WMAP estão uma estimativa muito mais precisa para a idade do universo – 13,7 bilhões de anos – e a confirmação de que cerca de 95% do universo é composto de matéria escura e energia escura, ainda incompreensíveis para os cientistas. Os dados da WMAP também ajudaram os cientistas a determinar que o espaço é curvado e identificar o momento em que o universo “saiu” dos tempos cósmicos escuros (cerca de 400 milhões de anos após o Big Bang). “O universo codificou sua autobiografia nos padrões de micro-ondas que observamos em todo o céu. Quando decodificado, o universo revela sua história e conteúdo. É impressionante ver tudo se encaixar no seu lugar”, disse Charles Bennett, astrofísico da Universidade Johns Hopkins (EUA) que chefiou a equipe da WMAP.

Fonte: Hypescience

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Será que nossas ondas de rádio já alcançaram planetas alienígenas?

Na imagem acima (uma representação artística da Via Láctea feita por Nick Risinger), um pequeno ponto azul que aparece no destaque do canto inferior direito mostra o provável alcance das ondas de rádio que começaram a ser emitidas por nós há cerca de cem anos. Pode não parecer, mas o ponto representa uma área circular de aproximadamente 100 anos-luz de diâmetro. Com o passar do tempo, as ondas de rádio vão perdendo força até que as mensagens que carregavam “se percam” e o som seja praticamente impossível de ser distinguido da radiação emitida por corpos celestes – se algum alienígena captá-las, provavelmente vai achar que é algum ruído de equipamento. Em resposta à angústia do autor da representação (que se sentiu “pequeno” diante da imensidão da nossa galáxia), o usuário johnohara escreveu a seguinte mensagem no fórum Hacker News: “Eu sou grato por viver em uma época em que posso usar uma invenção humana para ver imagens, obtidas com outras invenções humanas, de galáxias a 13,5 bilhões de anos-luz que provavelmente não existem mais, e também por ter conhecimento o suficiente para me sentar e calcular quantas milhas essas partículas de luz viajaram. Aristóteles, César, Da Vinci, Newton, Kepler, Napoleão, Faraday e Einstein nunca viram o que estou vendo em meu computador. Triste? Não: privilegiado”.

Fonte: Hypescience

Valas e canais pouco comuns em Marte

O que poderia ter formado esses canais incomuns? Dentro da Bacia Newton, em Marte, numerosos canais finos correm do topo para o assoalho da feição geológica. A imagem acima cobre uma região que se espalha por 1.500 metros de diâmetro. Esses e outros canais têm sido encontrados em imagens recentes de Marte feitas pela sonda Mars Global Surveyor. Canais similares a esses encontrados na Terra são formados pelo fluxo de água, mas em Marte, a temperatura normalmente é muito fria e a atmosfera muito fina para sustentar a água em estado líquido. Mesmo assim, muitos cientistas têm comentado a hipótese de que o líquido na subsuperfície, algumas vezes pode chegar à superfície de Marte, e através da erosão gerar valas e canais e depositá-los nas bases das feições antes de congelarem e evaporarem. Se isso for mesmo verdade, a vida sustentada pelo gelo e pela água poderia existir até hoje abaixo da superfície de Marte, e essa água poderia de forma potencial, suportar missões humanas no Planeta Vermelho. A pesquisa com certeza nunca irá parar. A imagem acima foi publicada no ano de 2008 no site da NASA, desde então muita coisa mudou, menos a nossa fascinação sobre a possível existência de vida em Marte. Entre um dos fatos mais importantes está a chegada do jipe robô Curiosity no solo marciano, que certamente é um dos principais eventos, não só do mundo astronômico, do ano de 2012. Porém, mesmo com a alta tecnologia do Curiosity, e a capacidade de responder perguntas cruciais sobre o nosso vizinho cósmico, imagens como essa, mostrando feições geológicas parecidas com as existentes na Terra continuarão a nos impressionar.

Fonte: NASA

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Hyades para o feriado

Reconhecida desde a antiguidade e identificada no escudo de Achilles, de acordo com Homer, as estrelas do aglomerado das Hyades formam a cabeça da constelação de Taurus, o Touro. Sua forma geral em V é ancorada pela estrela Aldebaran, o olho do Touro, e de longe a estrela mais brilhante da constelação. Amarelada na sua aparência, a gigante vermelha Aldebaran não é um membro do aglomerado das Hyades. A astronomia moderna coloca o aglomerado das Hyades a 151 anos-luz de distância fazendo dele o aglomerado estelar aberto mais próximo da Terra, enquanto a estrela Aldebaran localiza-se a menos de metade dessa distância na mesma linha de visão. Juntamente com as coloridas estrelas das Hyades, esse belo retrato estelar localiza a Aldebaran um pouco abaixo do centro da imagem, bem como outro aglomerado estelar aberto em Taurus, o NGC 1647, localizado na parte esquerda da imagem, a aproximadamente 2.000 anos-luz ou mais em segundo plano na imagem. As estrelas centrais das Hyades são separadas por mais de 15 anos-luz. Formado a aproximadamente 800 milhões de anos atrás, o aglomerado estelar das Hyades, pode compartilhar uma origem comum com o M44 (Praesepe), um aglomerado estelar aberto que pode ser visto a olho nu em Câncer, com base no movimento do M44 através do espaço e com a impressionante mesma idade.

Fonte: APOD

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

10 tipos de estrela: 10ª Estrelas de Bósons

Existem, basicamente, dois tipos de partículas no universo: os bósons (que carregam forças, como fótons e glúons) e férmions (elementais e compostas, como elétrons, nêutrons e quarks). Em uma analogia bastante simples, férmions são como construções, incapazes de ocupar um mesmo ponto no espaço, e bósons são como fantasmas, capazes de ocupar um mesmo ponto no espaço (embora tenham massa, ao contrário de supostos espíritos). Todas as estrelas que conhecemos são compostas de férmions, mas teoricamente seria possível que existissem estrelas de bósons. Como essas partículas podem ocupar um único ponto, bilhões delas poderiam se unir e, mesmo que cada uma tenha uma massa desprezível, o conjunto teria uma massa considerável e, principalmente, concentrada – gerando um fortíssimo campo gravitacional. Acredita-se que, se esse tipo de estrela existe, será encontrado no centro de galáxias.

Fonte: Hypesacience

10 tipos de estrela: 9ª Quase-estrela

Quando uma estrela hipergigante entra em colapso, ela normalmente se transforma em um buraco negro com uma massa dez vezes maior do que a do Sol. Até aí, sem problemas. Contudo, como explicar os buracos negros encontrados nos centros das galáxias, bilhões de vezes mais massivos? A idéia de que um buraco negro “pequeno” pode absorver matéria e crescer procede, mas não se aplica, pois o processo levaria muito tempo – e, acredita-se, os buracos negros gigantes se formaram durante os primeiros bilhões de anos do universo. Uma teoria sugere que, durante essa fase, havia estrelas ainda maiores do que as hipergigantes, compostas basicamente por hélio e hidrogênio, que entraram em colapso e formaram buracos negros gigantescos (que teriam se fundido e dado origem aos dos centros de galáxias). Outra teoria aposta nas “quase-estrelas”, resultado do colapso de nuvens de hélio e hidrogênio que existiam no começo do universo. Se a nuvem de matéria que deu origem a esses corpos (que teriam um brilho de bilhões de sóis) fosse densa o bastante, seria capaz de suportar a explosão das quase-estrelas, que absorveriam essa imensa quantidade de matéria e dariam origem aos buracos negros extremamente massivos.

Fonte: Hypescience

10 tipos de estrela: 8ª Estrelas de ferro

No interior de estrelas, ocorre um processo de fusão nuclear, em que elementos leves se fundem e formam elementos mais pesados, e assim sucessivamente, liberando energia a cada etapa. O caminho normalmente é o seguinte: hélio para carbono, carbono para oxigênio, oxigênio para neon, neon para silício e, finalmente, silício para ferro – gerar ferro demanda mais energia do que é liberada, por isso é a etapa final. Contudo, a maioria das estrelas morre antes de começar a fundir carbono ou, quando chegam a esse ponto, acabam virando supernovas pouco depois. Uma estrela de ferro, como o próprio nome sugere, seria composta puramente por ferro, mas paradoxalmente ainda continuaria liberando energia, graças ao “efeito túnel” da mecânica quântica, em que uma partícula atravessa barreiras que normalmente seria incapaz de atravessar – é como se você atirasse uma bolinha contra uma parede e, ao invés de quicar, ela passasse através dela. O ferro tem uma espécie de barreira, e é por isso que fundi-lo demanda tanta energia. Com o efeito túnel, porém, seria possível realizar essa fusão praticamente sem gastar energia. Como tanto o efeito túnel quanto o ferro são relativamente raros, estima-se que levará 10¹⁵⁰³ anos até que uma estrela de ferro apareça.

Fonte: Hypescience

10 tipos de estrela: 7ª Estrelas de energia negra

Hipoteticamente, quando uma estrela grande entra em colapso, ela não se transforma em um buraco negro, mas o tempo-espaço se transforma em energia negra – essa estranha teoria, veja só, é uma alternativa à dos buracos negros, que é mais “popular” – mas nem por isso isenta de falhas. Graças a princípios da mecânica quântica, a estrela de energia negra teria uma propriedade especial: fora de seu horizonte de evento (ligação entre tempo-espaço além da qual um evento não pode afetar um observador externo), ela atrairia matéria; dentro, ela repeliria toda a matéria, pois a energia negra tem uma espécie de “gravidade negativa”. Ainda de acordo com essa mesma teoria, se um elétron ultrapassar o horizonte de evento de uma estrela de energia negra, ele será convertido em um pósitron (“anti-elétron”) e ejetado. Se essa partícula colidir com um elétron, as duas serão aniquiladas e irão liberar energia. Acredita-se que esse fenômeno ocorre em larga escala no centro de galáxias, o que explicaria por que tanta radiação é emitida dessas regiões.

Fonte: Hypescience

10 tipos de estrela: 6ª Estrelas de nêutrons

Mais densas que o núcleo de um átomo e com poucas dezenas de quilômetros de diâmetro, as estrelas de nêutrons são resultado de uma supernova (estrela 10 ou mais vezes maior que o Sol e que entrou em colapso e explodiu). Qualquer átomo que se aproxime delas é imediatamente “despedaçado” e suas partículas são reorganizadas sob a forma de nêutrons – processo que libera uma quantidade considerável de energia. Se um asteróide de tamanho médio colidir com uma estrela de nêutrons, o choque vai emitir uma onda de raios gama com muito mais energia do que a que o Sol produzirá durante toda a sua vida. Assim, mesmo a centenas de anos-luz, uma estrela de nêutrons representaria uma ameaça considerável à vida na Terra.

Fonte: Hypescience

10 tipos de estrela: 5ª Estrelas em concha

Devido à força centrífuga gerada por sua rotação, as estrelas são levemente “achatadas”. Dependendo da sua proporção, uma estrela pode gerar uma força centrífuga tão intensa que acaba assumindo uma forma oval, parecida com a de uma bola de futebol americano. Ao redor do seu “equador”, elas emitem grandes volumes de matéria, formando uma espécie de “concha de gás”. Na foto acima, a nuvem branca em torno da estrela Alfa Eridan é a “concha”.

Fonte: Hypescience

10 tipos de estrela: 4ª Anãs negras

Se uma estrela for pequena demais para explodir como uma supernova ou se tornar uma estrela de nêutrons, ela se transforma em uma “anã branca” – uma estrela extremamente densa e quase sem brilho, que já gastou seu combustível e que não tem mais fissão nuclear ocorrendo em seu núcleo. Com o passar do tempo, as anãs brancas começam a se resfriar e, em algum momento, devem parar de emitir luz ou calor – e se tornam “anãs negras”. Contudo, como esse processo é muito demorado, acredita-se que não existam (ainda) anãs negras no universo – o Sol levaria 14,5 bilhões de anos para se tornar uma.

Fonte: Hypescience

10 tipos de estrela: 3ª Cefeidas

Essas estrelas normalmente têm massa 5 a 20 vezes maior que a do Sol e, curiosamente, crescem e diminuem em intervalos regulares (como se estivessem pulsando). Por causa da forte pressão exercida por seus núcleos, elas aumentam de tamanho; quando a pressão começa a diminuir, elas se “contraem”. O ciclo continua até a estrela morrer.

Fonte: Hypescience

10 tipos de estrela: 2ª Hipervelozes

Ao se deslocar para perto do centro de uma galáxia, algumas estrelas são ejetadas a altíssimas velocidades (2 ou 3 milhões de quilômetros por hora), percorrendo distâncias inimagináveis até o final de suas vidas.

Fonte: Hypescience

10 tipos de estrela: 1ª Hipergigantes

Estrelas desse tipo fazem o Sol parecer uma bolinha de gude. A maior que conhecemos (NML Cygni) tem um raio 1.650 vezes maior que o dele – ou de 7,67 Unidades Astronômicas (1 UA = 149 597 871 km). Para se ter uma idéia, Júpiter orbita a 5,23 UA do Sol. Por causa de seu tamanho absurdo, as estrelas hipergigantes vivem “apenas” cerca de 24 milhões de anos ou menos. A hipergigante Betelgeuse, que fica na constelação de Órion, deve se tornar uma supernova dentro dos próximos 200 mil anos e, quando isso acontecer, ficará mais brilhante que a lua durante um ano.

Fonte: Hypescience

Um arco esculpido pela gravidade

Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, das Agências Espaciais NASA e ESA, mostra uma impressionante estrutura em um aglomerado de galáxias ao redor de um objeto chamado de LRG-4-606. LRG é a sigla para Luminous Red Galaxy, e é o acrônimo dado para uma grande coleção de galáxias brilhantes e vermelhas encontradas usando o projeto Sloan Digital Sky Survey, ou SDSS. Esses objetos são na sua maioria galáxias massivas elípticas compostas por uma grande quantidade de estrelas velhas. É interessante contemplar o número de estrelas que essa imagem deve conter, algo em torno de centenas de bilhões, mas além disso ela apresenta um dos fenômenos mais estranhos conhecido pelos astrônomos. Essa galáxia vermelha em particular e as suas galáxias companheiras ao redor, parecem estar posicionadas de modo que o campo gravitacional gerado por elas tem um efeito dramático. À esquerda do centro da imagem, galáxias azuis no plano de fundo foram esticadas e dobradas ganhando a forma de um arco azul estreito e apagado. Isso acontece devido a um efeito conhecido como lente gravitacional. O aglomerado de galáxias tem um campo gravitacional tão grande que ele curva a chamada fábrica do espaço e amplifica a luz das estrelas provenientes das galáxias mais distantes. A lente gravitacional normalmente cria arcos alongados e aqui, normalmente, o alinhamento das galáxias fez com que arcos separados se combinassem formando um meio círculo. Essa imagem foi gerada a partir de uma coleção de imagens feitas nos comprimentos de onda do visível e do infravermelho próximo pela Wide Field Camera 3, do Telescópio Espacial Hubble. O campo de visão da imagem acima é de aproximadamente 3 por 3 arcos de minuto.

Fonte: Space Telescope

domingo, 23 de dezembro de 2012

Saturno a noite

Esplendores raramente vistos são revelados nesta imagem gloriosa da sombra de Saturno. Fotografada pela Cassini em 17 de Outubro 2012, durante sua órbita 174, o lado do planeta dos anéis que está na noite é visto de uma perspectiva de 19 graus abaixo do plano do anel, a uma distância de cerca de 800 mil quilômetros com o Sol quase diretamente atrás do planeta. Sessenta imagens feitas através dos filtros infravermelho, vermelho e violeta, foram combinadas para criar essa visão realçada e colorida de maneira falsa do gigante dos anéis, em um único mosaico. Fortemente iluminado por trás, os anéis aparecem brilhantes fora do planeta, mas com sua silhueta escura marcando o gigante gasoso. Acima do centro, eles refletem uma luz tênue e lúgubre sobre o topo das nuvens, enquanto Saturno lança sua própria sombra escura sobre os anéis. Uma imagem semelhante feita pela Cassini em 2006 também mostrou o planeta Terra como um pálido ponto azul à distância. Já a imagem acima em vez de ter a Terra como coadjuvante tem as luas congeladas de Saturno, Encélado (mais perto dos anéis) e Tétis abaixo dos anéis e a esquerda da imagem.

Fonte: APOD

sábado, 22 de dezembro de 2012

Nasa descarta choque de asteróide com a Terra em 2040

Um dia após o fim dos temores sobre uma possível catástrofe mundial, a Nasa informou que um asteróide que poderia se chocar com a Terra em fevereiro de 2040 já não representa uma ameaça, informou a CNN neste sábado. De acordo com a agência espacial americana, o meteoro – conhecido como 2011 AG5 – tem cerca de 140 m de diâmetro e deverá passar a 890 mil km do planeta, ou seja, cerca de duas vezes a distância com a Lua. De acordo com a publicação, uma possível colisão iria liberar cerca de 100 megatons – energia milhares de vezes maior do que as das bombas atômicas que atingiram o Japão durante a Segunda Guerra Mundial. As observações do asteróide foram realizadas por meio de um telescópio localizado no Havaí e à noite, já que com o céu claro não era possível observá-lo.

Fonte: Terra

Paraquedas da Órion

Três paraquedas principais de 300 quilos, gentilmente baixam a maquete da cápsula Órion até o chão durante um teste no U.S. Army Yuma Proving Ground, no Arizona, em 20 de Dezembro de 2012. O teste verificou se o desenho do paraquedas, desenvolvido para a cápsula espacial – que levará os seres humanos mais longe do que eles já estiveram no espaço e devolvê-los para a Terra, com velocidades nunca antes atingidas – vai funcionar no caso de um dos dois paraquedas da cápsula sofrer um mal funcionamento.

Fonte: NASA

Órion sobre El Castillo

Bem vindos ao dia 21 de Dezembro de 2012, o solstício de Dezembro, o dia em que o mundo não acabou, mesmo de acordo com o Calendário Maia. Para celebrar, a continuidade do mundo, vamos considerar essa bela imagem acima que mostra a constelação de Órion nascendo sobre El Castillo, a pirâmide central em Chichén Itzá, um dos grandes centros maias na Península de Yucatán. Também conhecida como Templo de Kukulkan, essa pirâmide tem 30 metros de altura e 55 metros de largura na sua base. Construída como uma série de terraços quadrados pela civilização pré-Colombiana entre os séculos 9 e 12, a estrutura pode ser usada como um calendário além de ser marcante pelos alinhamentos astronômicos. De fato, os Maias eram astrônomos muito bons e matemáticos dedicados, usando de forma precisa o movimento cíclico das estrelas, do Sol, da Lua e dos planetas para medir o tempo e assim construir os calendários. Podendo ser observadas através das nuvens nessa paisagem do céu noturno, as estrelas da constelação de Órion, o Caçador, representam uma tartaruga no céu Maia. Tak sáamal.

Fonte: APOD

ESO instala supercomputador para processar dados de telescópio

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira que concluiu a instalação de um dos mais poderosos supercomputadores do mundo em um local remoto dos Andes, no norte chileno. Segundo o observatório, essa é uma das etapas mais importantes para a conclusão do Atacama Large Millimeter Array (Alma), o telescópio terrestre mais complexo da história. O computador tem mais de 134 milhões de processadores e executa até 17 milhares de bilhões de operações por segundo. A estrutura é um componente essencial do Alma, telescópio astronômico composto por uma rede de 66 antenas parabólicas. Segundo o ESO, os 134 milhões de processadores combinam e comparam continuamente os sinais celestes recebidos pelas antenas, separadas entre si de distâncias que vão até 16 km, permitindo que trabalhem em conjunto. "Este desafio informático único pedia um design inovador, tanto no que respeita aos componentes individuais como relativamente à arquitetura geral", disse Wolfgang Wild, o diretor de projeto do Alma. O telescópio começou as observações científicas em 2011, com uma rede parcial de antenas. Uma parte do computador já era utilizada para combinar os sinais vindos da rede parcial, mas agora o sistema completo encontra-se pronto. Segundo o ESO, o Alma está quase pronto e será inaugurado em março de 2013.

Fonte: Terra

Curiosity mostra o degrau de entrada na Baía Yellowknife em Marte

O jipe robô Curiosity, da NASA, usou sua Navigation Camera para registrar essa bela imagem de sua descida dentro da pequena depressão conhecida como Baía Yellowknife. A imagem acima foi feita durante o seu centésimo vigésimo quinto dia de trabalho em Marte, ou Sol 125, que correspondeu ao dia 12 de Dezembro de 2012, pouco depois do jipe robô ter terminado a sua caminhada do dia. A caminhada desse dia, o 125, fez com que o Curiosity entrasse na Baía Yellowknife, cobrindo uma distância de 26.1 metros. A descida na pequena bacia, fez o Curiosity descer um degrau com meio metro de altura, visível na metade superior da imagem.

Fonte: Cienctec

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Estrelas revelam o segredo da juventude

Os aglomerados globulares são coleções esféricas de estrelas, fortemente ligadas entre si por ação da gravidade. São relíquias dos primórdios do Universo, com idades típicas de 12-13 bilhões de anos (o Big Bang ocorreu há cerca de 13,7 bilhões de anos) e existem cerca de 150 aglomerados globulares na Via Láctea, que contêm muitas das estrelas mais velhas da nossa Galáxia. Mas, embora as estrelas sejam velhas e os aglomerados se tenham formado num passado distante, com o auxílio do telescópio MPG/ESO de 2,2 metros e do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, os astrônomos descobriram que alguns destes aglomerados ainda são jovens de espírito. O trabalho foi publicado na revista Nature em 20 de dezembro de 2012. “Embora estes aglomerados se tenham todos formado há vários bilhões de anos,” diz Francesco Ferraro (Universidade de Bolonha, Itália), líder da equipe que fez a descoberta, “começamos a pensar se alguns estariam envelhecendo mais depressa ou mais devagar que os outros. Ao estudar a distribuição de um tipo de estrela azul que existe nos aglomerados, descobrimos que alguns deles se desenvolveram efetivamente muito mais depressa, e encontramos uma maneira de medir a taxa de envelhecimento.” Os aglomerados estelares formam-se num curto espaço de tempo, o que significa que todas as estrelas no seu interior tendem a ter a mesma idade. No entanto, como as estrelas brilhantes de elevada massa queimam muito depressa o seu combustível, e os aglomerados globulares são muito velhos, deveria haver apenas estrelas de pequena massa ainda a brilhar no seu interior. No entanto, parece que não é isto que se passa: em certas e determinadas circunstâncias, as estrelas podem receber um novo surto de vida, ao receberem uma quantidade extra de matéria que as faz crescer e as torna substancialmente mais brilhantes. Isto pode acontecer se uma estrela suga matéria de uma companheira próxima, ou se as estrelas colidem entre si. Estas estrelas revigoradas chamam-se retardatárias azuis e tanto a sua massa elevada como o seu brilho são o cerne deste estudo. As estrelas mais pesadas deslocam-se para o interior do aglomerado, à medida que o aglomerado envelhece, num processo semelhante à sedimentação. Como as retardatárias azuis têm massas elevadas, estas estrelas são muito afetadas por este processo, enquanto o seu brilho intenso torna-as relativamente fáceis de observar. Para compreender melhor o processo de envelhecimento dos aglomerados, a equipe mapeou a localização das estrelas retardatárias azuis em 21 aglomerados globulares, a partir de imagens do telescópio MPG/ESO de 2,2 metros e do Telescópio Espacial Hubble, entre outros. O Hubble forneceu imagens de alta resolução dos centros compactos de 20 dos aglomerados, enquanto as imagens obtidos no solo forneceram uma visão mais geral das regiões exteriores menos compactas. Ao analisar os dados observacionais, a equipe descobriu que alguns aglomerados parecem jovens, com as estrelas retardatárias azuis distribuídas por todo o aglomerado, enquanto que um maior grupo de aglomerados se apresenta mais velho, com todas as estrelas retardatárias azuis localizadas no centro. Um terceiro grupo parece estar no processo de envelhecer, com as estrelas mais próximas do núcleo a migrar primeiro para o interior, e depois as estrelas cada vez mais exteriores a deslocarem-se progressivamente na direção do centro. “Uma vez que estes aglomerados se formaram mais ou menos todos ao mesmo tempo, este estudo revela enormes diferenças na taxa de evolução dos aglomerados,” disse Barbara Lanzoni (Universidade de Bolonha, Itália), co-autora do estudo. “No caso dos aglomerados que evoluem depressa, pensamos que o processo de sedimentação fique completo em algumas centenas de milhões de anos, enquanto que os que evoluem mais lentamente levariam várias vezes a idade atual do Universo para completar este processo.” À medida que as estrelas mais pesadas do aglomerado se deslocam em direção ao centro, o aglomerado sofre eventualmente um fenômeno chamado colapso do núcleo, onde o centro do aglomerado se compacta de modo extremamente denso. Os processos que levam ao colapso do núcleo são bem compreendidos, e estão diretamente relacionados com o número, a densidade e a velocidade a que se deslocam as estrelas. No entanto, a taxa à qual isto acontece não era conhecida até agora. Este estudo fornece a primeira prova empírica sobre a que velocidade envelhecem os diferentes aglomerados globulares.

Fonte: ESO

Dr. Neil deGrasse Tyson fala sobre o que (NÃO) vai acontecer em 2012

O mundo não vai terminar em 2012…
Dr. Neil deGrasse Tyson, astrofísico americano (Ph.D. pela Universidade de Colúmbia em 1991), um dos maiores divulgadores científicos da atualidade, fala sobre 2012 nessa entrevista. Mas se você ainda tem dúvidas sobre 2012, essa é uma voz conhecida que irá dizer sobre as entidades que estão aí fora propagando o medo e desinformação e ainda por cima ganhando dinheiro ao longo do caminho, vendendo livros e outras bugingangas. Dr.Neil fala sobre tudo que poderia (mas NÃO irá) acontecer em 2012 e explica sobre o alinhamento galáctico tão comentado pelos profetas do apocalipse.

A entrevista, na íntegra:
Para facilitar o acompanhamento da entrevista nós fizemos uma transcrição do que Dr. Neil DeGrasse Tyson falou em FORA.TV – The World is Thinking, ao responder uma pergunta da platéia sobre o planeta X (Planet X).
Dr. Neil DeGrasse:
OK! Atualmente o Planeta X é um maravilhoso trabalho de ficção. Ah sim! Sim. Não existe tal objeto como o planeta Nimburu (Nibiru) ou qualquer objeto similar a isto. Isto é apenas uma ficção. E eles (sites sobre 2012) citam fontes as quais citam fontes ‘fornecidas’ pela NASA. Eles (as páginas na rede sobre 2012) nunca citam a NASA (diretamente). Verifique os sites na rede e você verá. Tudo isto está relacionado as previsões do "Fim do Mundo" do ano 2012. Sim, é isto que você está querendo. Isto está por trás de sua pergunta, não é? Sim… Sim… SIM! Vocês querem saber se o mundo vai acabar em 21 de dezembro de 2012? Porque o mesmo site na rede que informa a você sobre o Planeta X, hum, o planeta secreto que tem uma órbita fortemente elíptica que irá aparecer na nossa zona em 2012 e criar uma crise financeira, (fala também) combinado que em 21 de dezembro de 2012 o centro da galáxia, o Sol e a Terra irão ficar perfeitamente alinhados e o excesso de gravidade também irão criar crises financeiras e será o fim do mundo que conhecemos. É isto que as páginas na Internet irão dizer a você. Hã, acontece que se você fixar a data de 21 de dezembro e olhar nos mapas celestes: é verdade! O centro da galáxia, o Sol e a Terra irão ficar perfeitamente alinhados. Isto acontecerá. É verdade. É verdade. Bem, o que a página na Internet não informa a você é que isto (o alinhamento galáctico) ocorre todos os anos, em 21 de dezembro! Eles omitem essa informação, deixando-a fora da equação! Então isto é um belo trabalho de ficção, ah, a Terra estará aqui depois de 21 de dezembro de 2012. Eu vou tratar sobre o filme de 2012 que está sendo anunciado agora. Ele virá em 2012. E eles (os divulgadores do filme) querem que você faça todo o dever de casa deles em relação ao filme e dizem: apenas consultem o Google… Se você consultar "2012" no Google, (você irá ver que) ele está repleto com milhares de páginas sobre o dia do "Fim do Mundo" escritas por pessoas que não aprenderam sobre ciências na escola. Hã, eles ah, se você consultar o Google… Eu vi um pouco sobre a prévia (do filme) e fiquei muito preocupado se todos nós, (especialistas) nesse negócio (astronomia), iremos ser inundados (por uma torrente de dúvidas) e ter que atuar corrigindo esses mal-entendidos. E assim eu vi o que eles mostram de fato no filme e o roteiro é algo parecido como "os alienígenas estão vindo" e "eles tomaram conta da capital (do Estado)". Tcham, tcham. É tudo parecido com o filme "Independence Day", e está tudo bem. Isto é apenas Hollywood…

Fonte: AstroPT